A MORTE DO SANTA VITA SAÚDE CENTER - PARTE 2
Obra avaliada inicialmente em 250 milhões, com prazo de entrega em junho de 2023, hoje estaria próximo do dobro, o Santa Vita Saúde Center (que você lê a PARTE 1 AQUI) não fez um estrago maior porque as vendas foram poucas, mesmo com o alarde midiático digno de Las Vegas (EUA). O caso não tomou conta da mídia local porque, obviamente, ninguém depõe contra anunciante na terrinha. Lembram da derrocada da Criciúma Construções? Pois é, fui o primeiro a anunciar que a coisa andava muito mal, como podes ver AQUI (23/01/2014), AQUI (05/05/2014) e AQUI (20/08/2014). Novamente os leitores deste blog são os primeiros a terem detalhes do mais recente engodo imobiliário de Criciúma.
RESSALVA
A engenharia Castanhel não faz parte do processo citado na Parte 1 (AQUI), mas em outro, no qual a européia Tedesco, com escritório em Porto Alegre, contratada pelo HSJ para construção de um bloco de oito andares que futuramente se conectaria com o Santa Vita, moveu contra vários sócios e que, ao fim, não atingiu a empresa criciumense. Duas fontes consultadas ligam a obra da Tedesco, dentre outros detalhes, à demissão do diretor administrativo da Fundação Hospitalar, Laércio Regis Ferrari. Aliás, em 19 de janeiro de 2022, por mais incrível que pareça, as irmãs ainda acreditavam no Santa Vita, conforme postagem no site do hospital.
CAIU FORA
Nessa sexta-feira, 12, estive na Engenharia Castanhel, sócia do empreendimento até a construção do tapume, em conversa com o diretor Edinho Castanhel. A empresa detectou os sinais de derrocada em janeiro de 2020, saindo da sociedade em 19 de maio daquele ano, após muitas negociações. Menos de um ano após o lançamento. Nesse período Edilando de Moraes já distribuía o projeto para orçamentos em diversas empresas, mesmo com o contrato impedindo tal ação. Afinal, o custo de elaboração de algo desse porte é alto. Por fim, teve que buscar a devolução de capital aportado e o custo desse tapume, totalizando R$ 150 mil, pagos pela Compacta em três parcelas.
DAS COTAS
A participação de uma empresa de engenharia (construtora) era uma das exigências da direção do Hospital São José para ceder o terreno. Assim, a Castanhel iniciou sua participação em 2017, com outro grupo de sócios, no projeto que era de 87 mil metros quadrados, passando, depois, para 132 mil. O peso de uma história de 40 anos, como idônea na construção civil, fez diferença para as irmãs. A cota da EC era de 5% do patrimônio e 5,95% do custo porque Moraes (com 16%) não entrou com um centavo sequer. Nesta terça-feira, 16, me reúno com o advogado Paulo Góes, como representante legal do São José, para a terceira parte dessa história.
ULTIMATO
Ricardo Guidi (PL) bateu martelo para que Acélio Casagrande seja seu vice, numa chapa pura, com o alinhavado apoio do Republicanos. Paulo Ferrarezi (MDB), que cobiçava a posição, atendendo ao apelo do filho do Altair, mostrou seu peso, como podes ver AQUI, mas não foi suficiente. Neste domingo, em reunião com sua equipe e pré-candidatos a vereador, deve decidir seu destino nesta eleição. Vale o registro de que Casagrande tem sua filiação ao PL sob judice, tal a lambança que fez ao se filiar a dois partidos no mesmo dia. Pelo que apurei, mantendo sua candidatura, seu vice deve ser Ivo Carminatti, sem deméritos para o bom nome do médico Anibal Dário. No atual cenário, será uma baita disputa pelo segundo lugar com Vaguinho.
NA PERIFERIA DA COERÊNCIA
Os petistas, que vendem a ideia de representantes da periferia, deveriam apoiar Paulo Ferrarezi que, no quadro atual é o único candidato realmente "periférico", que ainda mora na Vila Manaus. Obviamente não farão. Afinal, se tem uma característica forte desse partido é ter um discurso muito diferente da prática.
Nenhum comentário
Comentários com conteúdo agressivo não serão publicados.