BREVE ANÁLISE DO LIVRO DOS ESPÍRITOS
Ao ler o Livro dos Espíritos, de Alan Kardec, vejo-me diante
de algo tão banal, de explicações tão toscas, que me atrevo, um reles mortal,
fazer alguns contrapontos óbvios.
Antes, porém, devo dizer que se digo que é banal ou tosco
porque um livro levaria atrás de si multidões ao longo de mais de 150 anos? A
razão me parece igualmente óbvia: querem que seja verdade, aceitam que
determinados ‘fenômenos’ tenha aquela explicação dada. A necessidade de
respostas é de tal monta que não somente o espiritismo, mas toda e qualquer
crença é resultado da fé e não de fatos. Os fatos doem, os fatos machucam, os
fatos encerram nossa vida em limites que não aceitamos. Daí a facilidade de
surgirem caminhos, os mais diversos e incríveis que aliviam a vida. Sejam lá
quais forem sempre haverá quem devote credibilidade como fruto de uma convicção
poderosa que só existe dentro de si – isso é a fé.
Nesse contexto como aceitar que a Bíblia seja a ‘palavra de
Deus’ quando dá orientações claríssimas quanto à venda de pessoas como se
fossem objetos? Mas esse é outro assunto.
DAS FONTES
Em qualquer informação veiculada na imprensa a fonte é coisa
básica. Nesse livro as fontes são ‘espíritos superiores’. As informações são
direcionadas a um grupo de privilegiados que, obviamente, é superior aos
demais. As verdades vêm para os médiuns, não são distribuídas individualmente a
todos os seres humanos. Ou seja, como não sou médium não recebo dado algum, não
tenho como conferir a veracidade das fontes, não posso dizer que são falsas. Do
mesmo modo se dissesse que o que escrevo aqui foi dado por um ser superior
ninguém teria como provar o contrário. Enfim, é o clássico “dito pelo não
dito”.
Por outro lado, ele mesmo não tem qualquer garantia que o
que recebeu é de fato vindo dos superiores. Pode ter sido enganado, afinal não
é porque os tais espíritos se comportam dessa ou daquela forma, que dizem
coisas agradáveis e que passam um ar de sabedoria, serão verdadeiros. É
plausível que um dos ‘brincalhões’ poderia ter dito coisas aparentemente sábias
e depois, numa roda de espíritos, dizer às gargalhadas: “Sacaneei!” Essa
aparência de algo elevado é o melhor caminho para enganar. É como receber um
visitante de terras e cultura que não conheço: o que ele disser será verdade.
Não posso testar essas fontes. Se eu dissesse: “Espírito que
falou com o Alan, venha conversar comigo”, e o tal viesse, nem assim teria como
atestar que é o mesmo espírito. Pode ser outro brincalhão a me sacanear.
Acima de tudo isso está a fonte absoluta da Verdade. Por que
Deus precisaria de intermediários para nos ensinar sua verdade? Nada,
explicação alguma, estaria à altura do ridículo de Deus precisar que alguém, ou
alguma coisa, que fale por ele. Muito menos através de um livro, seja o tratado
aqui, seja a Bíblia, seja o Alcorão. Qualquer um que fale em nome de Deus
mente!
DICOTOMIA
Logo de início Kardec divide em dois grupos os tais
espíritos: evoluídos e inferiores. Os do bem e os do mau. Os íntimos de Deus,
elevados e sábios que resolveram esclarecer as coisas para o autor; e os
“eivados de nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc.
Comprazem-se do mal. (...) A malícia e as inconsequencias parecem ser o que
neles predomina”.
Nossa existência, em relação direta com nossa parte
imaterial, se é que ela existe, não é posta em dois grupos. Caso nossas ações
nesta vida estivessem dissociadas do mundo vindouro minhas análises perderiam o
sentido, tanto quando às dos espíritas. E por esta mesma relação estou
autorizado a ver os espíritos sob a ótica das nossas humanidades, como o
próprio Kardec deixa claro. Se os espíritos têm características humanas é como
humanos que serão divididos.
Sugiro ao leitor entender nossa humanidade com todos os tons
de cinzas entre o branco e o preto, que seriam o absoluto nos extremos: o mal
total e o bem total. E quem é um ou outro? Quem é totalmente branco ou
totalmente preto? Ninguém! Não estamos divididos em maus e bons. Evidente que
há quem esteja mais para um que para outro. Essa divisão é míope. Caso só
consigam ver sob exemplos bem específicos: um traficante é capaz de constituir
família e dar aos seus filhos muita atenção, carinho e fazer avaliações sábias
sobre a vida. Ao passo que os exemplos estão aí de caridosos religiosos que se
enveredam pela pedofilia, líderes que arrastam multidões em lágrimas, delas
retiram o dinheiro e dão esperança, vazia, mas esperança. É natural que eu
entenda que espíritos, mesmo motivados pelas mais belas das intenções, digam
inverdades e deem esperança.
Há nos seres humanos o bem e o mal. Assim como um analfabeto
pode ser eticamente irrepreensível e um intelectual desprovido de
princípios de moralidade pública. Da mesma forma um espírito pode destilar
todas as verdades do mundo e sem, contudo, ser evoluído. Se sua superioridade
está na relação direta com o conhecimento que tem, o mesmo deve servir para
avaliarmos os seres humanos: superiores são os com diversas faculdades,
doutorados, mestrados etc.
DOS ESPÍRITOS MAUS
Mas, em havendo essa divisão, a existência dos tais
espíritos maus ou ‘não evoluídos’ mostra algo muito interessante. Como se
poderia supor que nesse outro mundo haveria ignorância? Ora, é plausível que,
na condição de espírito, toda a verdade esteja acessível em sua plenitude. Daí
um espírito fazer chacota, mentir e desdenhar com tudo torna a verdade
irrelevante. É o ápice da liberdade. O que é a ética senão o cerceamento da
liberdade em prol das relações, de conceitos coletivos? Ora, que aprisionamentos
poderia haver no mundo espiritual que não impusessem medo em todos?
Os tais espíritos maus sabem que ser mau não tem qualquer
problema e que a suposta verdade é uma enorme bobagem. Não há regras e sem
regras não há condenação. Portanto, devem ser mais divertidos, mais alegres e
livres das tensões de consciência. Não há o que matar e, assim, que mal
poderiam cometer senão fazer chacota dos chatos metidos a sabichões?
Se vêm até os humanos e se apossam de suas mentes e corpos é
porque isso lhes foi permitido. O próprio Kardec fala que aos humanos
determinadas coisas não é permitido saber. Ora, se há limites à consciência humana
que permissão é essa para espíritos a manipularem? Há uma grave incoerência
nisso. E, em havendo essa possessão, os tais espíritos maus, sabedores do que
há nesse outro mundo, veem que não há problemas. Isso não seria um caso de não
evolução, mas de burrice.
É possível imaginar que os espíritos têm níveis de
inteligência? Em havendo tais níveis é razoável pensar que ao desprovido de capacidade
para entender um fato as consequências não poderiam ser a ele imputadas. É
impossível imaginarmos a condição de certo e errado quando há um bloqueio
natural à verdade.
Em havendo um mundo espiritual não é possível que haja essa
distinção humana e, por havê-la feito, Kardec se mostra fantasioso, delirante ou
extremamente mal intencionado.
DAS NOSSAS
HUMANIDADES
Além da divisão entre bons e maus, ao mencionar ódio, ciúmes
etc, como lado negativo, o autor mostra-se alguém limitado. Ora, esses mesmos
sentimentos são a força para se opor ao mal, ou buscar o bem. Incontáveis povos
se livraram de seus algozes graças aos que, movidos pelo ódio, lançaram mão de
lutas. Buscamos reparação através do Poder Judiciário por amor a quem nos
maltratou? O ciúme é mola propulsora para a conquista desse ou daquele conforto
que, não raro, acaba por ser dividido com outros, como uma TV ou um
ar-condicionado. O orgulho nos faz agir em nossa própria defesa, faz parte da
auto-estima e nos protege de diversos agressores, que por sua vez também agem
por estes mesmos sentimentos. Ora, isso é da humanidade e é bom e ruim ao mesmo
tempo, conforme o meio, a cultura e o momento em que estamos. É simplesmente
impossível que tais sentimentos sejam abstraídos porque nos tornaríamos
bonecos, sem vontade própria e sem iniciativas. E, se é mesmo que os espíritos
seguem as ações dos encarnados, suponho que sejam como nós.
Os bonzinhos, os crédulos, são pisados e manipulados com
facilidade. Somente olhos atentos e treinados pela maldade são capazes de
propiciar proteção. Logo nos nossos primeiros anos de vida, quando começamos a
interagir, dá-se início esse aprendizado. Na escola o passo é ainda maior e nos
vemos forçados a, lançando mão dessas coisas que Kardec acha negativas, nos
protegemos, juntamo-nos em grupos, traçamos estratégias e assim seguir a vida.
São essas coisa que estão implícitas nas palavras da mãe: “Não provoca os
outros na escola!” Evidente que há distorções de todo o tipo assim como vemos
pessoas que exalam sexo, tornam isso o centro de suas vidas, enquanto há quem
seja celibatário. Os bons costumes sempre serão diferentes de povo para povo,
de época para época.
CONCLUSÃO
Se Alan Kardec erra ou não dá segurança nesses aspectos
básicos porque eu haveria de dar importância tal que seus escritos serviriam
para conduzir minha vida? O Livro dos Espíritos pode ser a verdade, mas que
espíritos superiores seriam de fato superiores ao negarem a verdade aos seres
humanos que viveram antes de 1857? Ora, a verdade divina não poderia ser negada
aos demais em hipótese alguma e quando uma informação vem tão tarde na
existência humana é evidente que não se trata de uma verdade, senão de mais um
devaneio. Maturidade da consciência coletiva? Desde quanto se espera a criança entender sobre o remédio para fazermos com que tome?
Diriam alguns que os ensinamentos se mostram verdadeiros
pelas comprovações que são vistas ao longo dos tempos, mesmo antes do livro ser
escrito. Muito bem, quem procura acha, quem deixa conduzir seu olhar ‘verá’ o
que quiser ver. A verdade não poderá, jamais, ser submetida a pontos de vista e
o mais cético dos homens a experimentaria, seja lá a época que tenha vivido. É
extremamente confortável dizer que estou com a verdade e você não a vê porque o
problema está em não teres fé ou não teres atingido um tal grau espiritual. São
coisas intangíveis, impossíveis de serem averiguadas. Como minha experiência é
toda em contrário devo usar isso para atestar a falibilidade de Kardec? Claro
que não. Em momento algum minha experiência, assim como a dos demais espíritas,
será o comprovador. A razão é muito simples: nossa mente é pródiga em inventar
coisas nessa área da espiritualidade. E ficará o nobre e eloquente “dito pelo
não dito”.
Eis que, interessado muito mais em entender os fatos do que
arranjar explicações que emocionam e inebriam as mentes, não vou fazer curvas.
Não há Verdade a ser buscada e continuaremos cogitando sobre ela em vão.
Abraço roldânico!
"Eu vos digo: mesmo que os homens permaneçam
ResponderExcluircalados, as pedras um dia falarão"
(LUCAS, Cap. 19, Vs. 40)
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João 4.1-6 - Testem os espíritos
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro"
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As pedras estão falando e os Espíritos estão comunicando e trazendo a verdade:
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará"
Betinho
Amém
ExcluirE justo no primeiro post que vou comentar você falando sobre minhas crenças...rsrs
ResponderExcluirBom, o espiritismo assim como muitas outras religiões deixa sim várias lacunas. Apesar de nem ser uma religião.
Sigo a doutrina espirita desde muito nova, e o que mais me encantou foi a forme leve de nos mostrar como ter uma vida mais tranquila, tudo baseado no amor. Sem regras ou sensacionalismos.
Nos faz entender que pra tudo tudo existe um proposito.
Muito boa a sua analise ;)
Ariane
ExcluirO Espiritismo (de Kardec) é Filosofia, Ciência e Religão. Porém religião na sua verdadeira acepção, que vem de RELIGARE, ou seja religar o homem a Deus, voltar a se comunicar como em tempos passados, com os "anjos", que eram espíritos de luz, altamente evoluídos e que podiam se materializar (plasmar)perante PROFETAS, no Espiritismo nomeados como MÉDIUNS. A transfiguração bíblica é um exemplo disso. Hoje, com ajuda de espíritos que já desencarnaram, estamos desenvolvendo a comunicação por instrumentos, já tivemos no brasil o Segundo Congresso Internacional de Transcomunicação Instrumental, que vem a ser o lado Ciência do Espiritismo, em paralelo com a mediunidade, não a substituindo, mas confirmando por comunicação direta por instrumentos. Se pesquisar no Google, tem extenso material sobre Transcomunicação Instrumental. Os pilares das Igrejas tradicionais ruirão caso não tragam a seus fiéis a verdade escondida a séculos.
Uma rememorada. Fala-se muito nas igrejas, dos FARISEUS. Quem eram os fariseus? Eram os mais "devotados" e fanáticos religiosos do Sinédrio, do Templo, onde Jesus expulsou os "vendilhões do templo". Mas jesus tambném falou que não veio para revogar a lei, mas para reformá-la, que algumas bíblias escrevem "reafirmá-la", donde a interpretação muda bastante, pois se ela continuasse como trazida pelos profetas, não teria havido necessidade de expulsar os vendilhões, que na verdade eram os sacerdotes e seus apaniguados. Faz tempo que os Fariseus voltaram para o seio das igrejas.
ExcluirHá, IGREJA vem de IGREGIA, que significa REUNIÃO, UNIÃO, CONFRATERNIZAÇÃO, que é o que Jesus Cristo fazia, nunca construiu ou orientou para que se construíssem materialmente, principalmente com o luxo e fausto de algumas na atualidade.
Outra questão apropriada maliciosamente pelas igrejas é o dízimo, que naquela época era o imposto a ser pago aos governantes. Tanto é que Cristo, questionado falou: "A Cézar o que é de Cézar, ao Pai o que é do Pai" e "Dai de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede"...esse devia ser nosso dízimo.
O termo grego para igreja é "eklesia", que pode também ter o sentido do que entendemos por clube. Quanto ao reafirmar a Lei, é o caso de mais de um sentido para a mesma palavra. O fato é que Jesus, pelo contexto, não mudou a Lei de Moisés, tampouco a contrariou. Mas não sei no que isso se refere ao exposto.
ExcluirA transcomunicação, ou qualquer coisa nova em relação a Deus ou o que seriam suas verdades, reforça meus argumentos.
ExcluirAndré
ExcluirEu não disse que Jesus mudou a Lei Mosáica, ele expurgou enxertos e desvirtuamentos: "esqueçam o velho proveta"(se referindo não a Moisés, mas a outras profecias que se misturaram) e "separai o joio do trigo", ou seja, enxertos.
Sobre reencarnação Jesus foi muito claro em duas ocasiões. Na de João Batista, que era Elias (reencarnado) e que não foi reconhecido, e no questionamento do médico Nicodemos, quando Jesus falou que "ninguem sairá daqui sem pagar ceitil por ceitil", tendo que "renascer (reencarnar) do espírito e da água (útero)".
Betinho
Vou relatar uma verdade que vem sendo escondida a séculos, voces podem pesquisar que encontrarão.
ResponderExcluirAté a vinda de Jesus Cristo, com exceção dos romanos, quase toda a população, indus, gregos, africanos, judeus e outros, tinha como crença a reencarnação. No século 4, Constantino, Imperador de Roma, numa jogada de marketing, contou aquela "estória" de ter visto uma cruz no céu, deu liberdade de culto aos cristãos e num segundo momento tornou o cristianismo religião oficial. Acontece que os romanos eram pagãos, tinham diversos "deuses". Para que se convertessem foram criados diversos sincretismos, donde o início da deturpação da mensagem de Cristo. Em Roma, eram chamados "patrícios" os lá nascidos, e plebeus os nascidos fora, mesmo tendo o mesmo sangue. Era uma descriminação da aristocracia romana. É onde entra a questão da reencarnação, que Cristo também apregoou. A esposa de um Senador romano ficou possessa, não aceitou que como uma aristocrata pudesse reencarnar fora de Roma, como uma plebéia, não mais uma patrícia (dai que vem o termo patricinha), e aprontou uma confusão juntamente com seu marido, no Senado romano, Muito bem, o que fez Constantino? "Extinguiu" por decreto a reencarnação, em seu lugar criando a "estória" da ressurreição, e assim é até hoje nas religiões cristas. As religiões evangélicas tiveram o mérito de não absorver da Igreja Catôlica os altares, a idolatria de imagens e os paramentos sacerdotais entre outras cerimonias que foram "contrabandeadas" do paganismo. Mas ao se voltarem à origem do cristianismo pecaram em não "ressucitarem" a reencarnação.
Betinho
No mínimo estranhas suas considerações, pois no Antigo Testamento não há qualquer indicação de reencarnação como os kardecistas entendem hoje. Além disso, na Torá, sequer há menção de vida além desta vida. Nos 5 primeiros livros da Bíblia a relação com Deus é absolutamente temporal, sem o conceito de inferno ou céu. Não há a palavra espírito para os homens. Posteriormente a ideia de vida após esta vida surgiu na teologia hebraica.
ExcluirReencarnação:
ResponderExcluirOs indus, druídas, celtas, teutões,egípcios, essênios, gregos e hebreus eram reencarnacionistas:
"O sacerdote sebenita Manethon afirmava que a reencarnação era também dogma fundamental da religião egípcia. O Papiro Anana [1320 a.c.) diz o seguinte:
"O homem retorna à vida várias vezes, mas não se recorda de suas prévias existências, exceto algumas vezes em um sonho, ou como um pensamento ligado a algum acontecimento de uma vida precedente. Ele não consegue precisar a data ou o lugar desse acontecimento, apenas nota serem-lhe algo familiares. No fim. todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas .. "."
"Ferecides de Siros (Pherekydes) e seu discípulo Pitágoras (Pythagoras) - contemporâneos de Buddha - foram os principais veículos das idéias reencarnatórias que fluíram do Egito para a Grécia.
De acordo com Cícero, Ferecides foi o primeiro filósofo grego a ensinar a imortalidade da alma. Pitágoras seu discípulo"
"Brahmanismo, o Jainismo, o Budismo, na Pérsia - hoje Irã; Zoroastrismo, ou Mazdeísmo, fundado por Zoroastro (500 a.C.), cujo livro sagrado é o ZendAvest, ensinavam a reencarnação."
"Na França, os Cátharos (Século XI e XII d.C.) aceitavam a crença na reencarnação.
Na Africa, os Bagongos e Bassongos, bem como outras tribos localizadas próximo do Rio Congo, não só crêem na reencarnação, como fazem referência às marcas-de-nascença reencarnatórias ("birthmarks").
No Alasca, os índios Tlingit e os Esquimós são reencarnacionistas, O mesmo se dá com os Peles-Vermelhas Winnibagos e os índios Chippeway. Outros países como a Turquia e o Líbano possuem grande número de Drusos, os quais aceitam a reencarnação como crença religiosa."
Os antigos judeus admitiam o renascimento. A Cabala ensina a reencarnação.
Flavius ]osephus [37 a 95 a.D.). intelectual e historiador judeu, em sua famosa obra De Bello Judaico, faz a seguinte advertência aos soldados judeus que preferiam desertar, suicidando-se:
"Não vos recordais de que todos os espíritos puros que se encontram em conformidade com a Vontade divina vivem nos mais humildes dos lugares celestiais, e que no decorrer do tempo eles serão novamente enviados de volta paro habitar corpos inocentes? Mas que as almas daqueles que cometem suicidio serão atiradas às regiões trevosas do mundo inferior" (Josephus, 1910).
No velho e novo Testamentos há várias passagens em que se notam alusões à crença na reencarnação, cultivada pelos primitivos adeptos do Judaísmo e do Cristianismo, Ei-las: Velho Testamento: Job, 1:21: Jeremias, 1:5; Malachias; 1:2-3, Novo Testamento: Matheus, X1:7-15; XVI:13-14, XVII:10-13: Marcos. VIII:27-28, IX:11-13: Lucas, 1:17, VII:24-28, 1X:18-19: João:1-13, VII:56-58. IX:1-3: Efésios, 1:3-5,
Betinho
Duas coisas: não se pode tratar um tema dessa magnitude com 'alusões', se fosse uma doutrina hebraica ou cristã teria sido tratada ostensivamente; e, essas crenças antigas também tinham seus mitos, algumas com o zooantropomorfismo e politeísmo, nem por isso são seguidas por vocês. Beira a idiotice achar que um pensamento desses é validado por ser antigo. Uma 'verdade' que não posso comprovar, como é o caso, não é verdadeira. Seria repugnante impedir-me de fazê-lo. Minhas considerações foram sobre o Livro dos Espíritos e continuam irrefutadas pelas postagens que fizeram.
ExcluirMe desculpe André, mas o que você fez foi mais sofismar que analisar.
ExcluirTambém o Imperador Justiniano, por édito "suprimiu" a reencarnação dos textos. Teodora, sua concubina havia sido prostituta que ao ascender socialmente enchia suas ex-companheiras de orgulho, o que porém denunciava a origem de Teodora, que em razão disso exigiu a morte das ex amigas prostitutas. Teriam sido assassinadas 500 delas. O povo, reencarnacionista, dizia que Teodora teria que renascer e ser assassinada 500 vezes para pagar seu crime. Em razão disso o édito de Justiniano, no V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553)
ResponderExcluirEsse tipo de discussão nunca teve e nunca terá fim... "Per omnia secula, seculorum, amém!". Podem ficar sossegados, meus amigos; nada disso acontecerá.
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