ABORTO, PERDÃO, DEUS E A IGREJA
Provocado pelo irmão querido, jornalista Aderbal Machado, venho fazer algumas considerações sobre ABORTO e perdão:
Ô inveterado André Roldão, o que achas disso? Quer dizer que eu posso matar quantos quiser, friamente e sem motivo, pedir perdão todas as vezes e posso ser "perdoado"? É assim ou entendi errado?
Mano, tudo isso seria verdade se não fosse mentira. Mas, tratemos da mentira como se fosse verdade e dela tentemos tirar algum sentido moral.
Antes algumas perguntas:
- Preciso ser perdoado pelos homens?
- Que ligação há entre o perdão humano e o divino?
- Deus perdoa a partir do pedido de perdão ou ele é capaz de entender a relação causa/efeito/arrependimento?
- Se agi sob os mandos da cultura preciso de perdão?
- Deus pode ser ofendido para que tenhamos que pedir perdão? Se sim, ele não é Deus - um Ser que se basta a si mesmo.
Uma mulher que faz aborto precisa que a Igreja saiba? Acho que não.
Um Deus que não é capaz de evitar a morte de um ser inocente não é Deus.
A concepção foi permitida por ele, mas não a sobrevida...
Houvesse controle divino sobre quem nasce somente bons nasceriam. É o que imagino.
Não seria a mão divina, a mesma que outrora mandou matar (VT), a força para que uma mãe livre-se de um bebe? Conhece instinto mais forte que a maternidade?
Volto para dizer que a moral dessa história toda é que com esse Deus cristão fazemos trocas: me abençoa porque fui um bom menino. Além disso, aqui na Terra em nada nos resolve o tal perdão divino porque vamos exigir justiça aos nossos olhos. Em relação ao aborto que diferença fará ao abortado? Nenhuma. Mas à mãe, em pesando sua consciência, a religião virá com seu papo de perdoar-se a si mesmo e que seu Deus vai perdoar. Tudo balela que ajuda muito aos corações aflitos. Interessante é esse Deus sempre precisar de interlocutores...
Ô inveterado André Roldão, o que achas disso? Quer dizer que eu posso matar quantos quiser, friamente e sem motivo, pedir perdão todas as vezes e posso ser "perdoado"? É assim ou entendi errado?
Mano, tudo isso seria verdade se não fosse mentira. Mas, tratemos da mentira como se fosse verdade e dela tentemos tirar algum sentido moral.
Antes algumas perguntas:
- Preciso ser perdoado pelos homens?
- Que ligação há entre o perdão humano e o divino?
- Deus perdoa a partir do pedido de perdão ou ele é capaz de entender a relação causa/efeito/arrependimento?
- Se agi sob os mandos da cultura preciso de perdão?
- Deus pode ser ofendido para que tenhamos que pedir perdão? Se sim, ele não é Deus - um Ser que se basta a si mesmo.
Uma mulher que faz aborto precisa que a Igreja saiba? Acho que não.
Um Deus que não é capaz de evitar a morte de um ser inocente não é Deus.
A concepção foi permitida por ele, mas não a sobrevida...
Houvesse controle divino sobre quem nasce somente bons nasceriam. É o que imagino.
Não seria a mão divina, a mesma que outrora mandou matar (VT), a força para que uma mãe livre-se de um bebe? Conhece instinto mais forte que a maternidade?
Abaixo a postagem do Machadão no Facebook sobre o tema:
Voltando ao perdão do aborto, pregado pelo Papa: invocaram 70 x 7. Vamos lá (aBiblia.org):
O evangelista Mateus narra o fato do pecador incorrigível, caso extremo, que leva o afastamento de Deus. Mateus quer mostrar um fato contrário dos que normalmente são comuns: Existência do perdão e reconciliação entre os membros da comunidade. A situação da narrativa nesta passagem bíblica: "Se teu irmão tiver pecado...", O que fazer? O evangelho mostra a parte ofendida falando com o pecador, testemunhas e a comunidade também. A chamada questão da correção fraterna. Outra questão aparece. Até quantas vezes uma pessoa deve ser perdoada? Pedro, tomando a iniciativa dá uma resposta generosa: "Até sete vezes?" Entretanto Jesus corrige Pedro e surpreende a todos quando responde: setenta vezes sete.
Como entender setenta vezes sete?
Não se deve interpretar ao pé da letra este número 7, devemos entender a partir do simbolismo, que ele traz em si e nos dará uma explicação. O número 7 na Bíblia, tem significado de totalidade, plenitude, complementação. Lembro ainda os setenários do Apocalipse: sete taças, sete Igrejas, sete selos, sete trombetas, etc ... Se entende o número sete também a partir da trindade (Pai, Filho e Espírito Santo como sendo o número 3 e o 4 seria os pontos cardeais: norte, sul, oeste, leste totalizando 7. Número perfeito, une o divino com o terreno.
No Antigo Testamento encontramos no livro do Gênesis (Gn 4,24b), o número sete multiplicado por ele mesmo, como no caso de Lamec, vingado por setenta vezes sete, aqui os número não significa excesso, mas na totalidade das ações.
O Novo Testamento também confirma para o número sete a ideia de totalidade como plenitude. No evangelho de Mateus (Mt 15,34.37). são sete os pães e alguns peixes que são multiplicados por Jesus e sete os cestos de pedaços que sobraram O que deve ser apreendido deste trecho é que ao cristão não cabe colocar limites ao perdão.
Concluindo:
O evangelho nos adverte (quando fala em setenta vezes 7) de que o perdão de Deus, e inesgotável, mas está condicionado a nossa disposição interior de saber perdoar os outros. Mostra-nos também que até o perdão concedido por Deus pode ser revogado, se não soubermos, como Ele, perdoar a quem nos ofende. Jesus quer nos ensinar que a misericórdia divina, receberão somente para aqueles que souberem ser misericordiosos com os outros.
Nenhum comentário
Comentários com conteúdo agressivo não serão publicados.