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    A ENCRENCA DO HMISC

    Vamos relembrar algumas coisas sobre o Hospital Materno Infantil Santa Catarina.

    No último ano do governo Paulo Meller (1997-2000) as empresas Guglielmi fecharam o Santa Catarina, bem como descredenciaram do SUS o Hospital São João Batista, de sua propriedade. Muita coisa foi dita à época, como favorecimento da holding, já que Eduardo Moreira, comandante do PMDB de Meller, tinha relação íntima com o HSJB, com a compra do prédio pela prefeitura. O presente mostrou que as insinuações tendem a ser mais fofocas que fatos, haja visto que a manutenção do hospital sempre foi um peso insuportável para a prefeitura e chegamos ao fundo do poço 16 anos após a aquisição.

    Naquele mesmo ano o governo do Estado, sob o comando de Esperidião Amin, entregou vários equipamentos ao hospital.

    Veio o governo Décio Góes que fez um projeto cabana, mas como do perfil daquele prefeito a coisa não passou de projeto. Pior foi que, cometido erros estruturais, não sendo revertido pelos governos que o seguiram, emperrou de vez. Esses erros tornarem-se impeditivo para o recebimento de recursos do Ministério da Saúde. O "esse resolve" não resolveu à época e, espera-se, pare de fazer de conta que administra a prefeitura.

    Para contribuir ainda mais com o combalido sistema de Gestão Plena, onde o município recebe recursos para a administração da Saúde, vindos dos governos Federal e estadual, tanto os governos Clésio Salvaro (1999-2012), quanto de Márcio Búrigo (2013-2016), não honraram com os acordos de pagamentos, tanto para com as irmãs do São José, quanto para com o ISEV, atual gestor do materno-infantil.

    Outro agravante é que os atendimentos são, em sua vasta maioria, casos para postos de saúde. Os pais não querem esperar pelos pediatras da prefeitura, tampouco querem se deslocar para outros postos além de seu bairro, mas vão para o Santa Catarina, emperrando o atendimento. Até casos de mães que precisam de atestados médicos para justificarem faltas ao trabalho, forjando um filho doente, caem onde deveriam ser apenas casos de urgência/emergência.

    Pra completar o quadro as prefeituras à volta, que se valem muito bem da estrutura desse hospital, em nada contribuem financeiramente.

    A salvação financeira do HMISC está em cada secretaria de saúde, de onde vêm os pacientes, pagarem sua parte e os pais procurarem os postos de saúde, mesmo que de outros bairros que não os de onde moram. Para citar duas ações fundamentais ao caso.

    Agora a pergunta: os pais farão isso? Não. As prefeituras à volta ajudarão? Não.

    Então, em nome do bom senso, não culpem a prefeitura de Criciúma por não dar conta dessa responsabilidade.

    A saída seria o Ministério Público agir com um mínimo de decência e colocar as coisas nos trilhos conforme relatei. O povo precisa ser disciplinado, a despeito de berrar demais com os clichês de sempre, e a conta deve ser dividida. E não vejo no que melhoraria se o governo do Estado assumisse. Vide regional de Araranguá.


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