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    O SOL DA MEIA NOITE E A LEI DE MOISÉS

    O Sábado judaico, também seguido pelos Adventistas do 7º Dia, tem algo muito interessante se relacionado com o "Sol da meia-noite" que comento em seguida. Primeiro a instituição pela lei mosaica:

    "Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado." (Deuteronômio 5:12-15)

    O dia judaico era de ocaso a ocaso. Do anoitecer de sexta-feira até o anoitecer de sábado o Sabath era, ou é, guardado. Portanto, em se tratando do "Sol da meia-noite", que é um fenômeno natural observável nos círculos polares conforme a rotação da Terra, temos um impasse muitíssimo interessante se relacionado com a tal Lei.

    Nesses locais o Sol é visível por 24 horas do dia por alguns dias durante solstício de verão. Para entenderes, quando temos dias maiores no Brasil temos o fenômeno na Antártica e quando temos as noites maiores ele ocorre no Ártico, por conta do eixo inclinado da Terra em relação ao Sol. Se o eixo da Terra estivesse perpendicular ao Sol isso não ocorreria e teríamos noites eternas nos polos e na linha do Equador a mesma insolação atmosférica o ano todo.

    Diante disso fica impossível guardar o Sabath, em cumprimento ao que seria uma Lei Divina simplesmente porque o Sol não se põe para quem estiver num desses extremos da Terra. Mesmo que argumentes que seriam pouquíssimas as pessoas nessa situação o que importa é que uma única pessoa estaria impossibilitada de cumprir uma "ordem divina". De qualquer forma temos cerca de 2 mil pessoas na cidade de Longyearbyen, a cidade mais setentrional do planeta e que vivem esse fenômeno anualmente.

    Ora, que Deus determinaria uma Lei sujeita a fenômenos naturais? Naturais, criados por ele mesmo, digamos. De fato não há Lei Divina alguma em se tratando de religião. E no caso citado revela apenas que os homens refletiram o que conheciam à época, dentro dos imites territoriais em que viviam, divinizando seus próprios conceitos para dar-lhes autoridade.

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