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    PALMADA NA LEI

    A tal da Lei da Palmada é coisa de gente muito sem noção ou de gente que acha que sabe o que é melhor para as demais pessoas. Ora, é evidente que a criança, ainda bebê, quando a educação começa, só sabe de seus limites através da linguagem física, da dor, da repreensão firme, do tom de autoridade, não das palavras em si. Os significados são apreendidos com o tempo e ainda dependendo da capacidade cognitiva da mesma. Até que entenda a linguagem falada é assim. Contudo, é bom que se diga, pra respeitar a linguagem falada terá que, antes, respeitar a linguagem da dor física, da privação pelo castigo etc. É evidente que algumas crianças, por sua docilidade, não precisarão de muita repreensão. Os pais mais experientes, e tive três filhos, sabem muito bem que é impossível ter um padrão de disciplina. O filho, por sua natureza, exigirá ser tratado individualmente. Portanto, pode ser que um filho necessite de disciplina física e outro não.

    Ao impedirem, pela força da Lei, que a educação passe pelo estágio da dor física estarão comprometendo os demais estágios. O que se vê, e se vê com facilidade, são filhos absolutamente indisciplinados pela omissão dos pais, falta de sensibilidade e desinformação. Uma criança que ergue a voz para a mãe deve receber punição física, porque a falada, percebe-se, não surte efeito. Evidente que pais que não agem com sabedoria numa forma, não agirão de outra. Ou, terão que receber a Super Nanny em casa!!!

    O problema vai além, já que o próprio texto da Lei deixa margem para muitas interpretações. O que é, por exemplo, humilhar ou envergonhar uma criança? O medo é um educador. Se uma criança começa a gritar no supermercado porque quer um iogurte eu não teria dúvidas em disciplina-la ali mesmo, como fiz. Ela precisa saber que em público nosso comportamento é diferente do de casa, sendo que gritar com os pais JAMAIS! Além disso, vergonha pública faz parte do processo de vida em sociedade. As crianças que se deixam abater pelo bullying são fracas e serão fracas pela vida. Eu sofri, como qualquer outro, perseguição e humilhação na escola e não me abati. Pelo contrário, encontrei meios de me impor. Assim ensinei aos meus filhos.

    Eis que nossos legisladores, influenciados por organizações de pseudo-educadores e suas psicologias de consultório, fizeram por surgir mais demandas para o Judiciário. Como disse Reinado Azevedo em Veja, "Essa lei tem a idade mental do “Xou da Xuxa” e a idade moral do stalinismo e do fascismo".

    Assista o comentário do filósofo Luiz Felipe Pondé, na TV Cultura, sobre o assunto AQUI.

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