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    A LUTA CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM DE ÔNIBUS

    Postagem do psicólogo e terapeuta Eduardo Búrigo a seguir e depois eu comento:

    "Depois de passar toda a semana lendo o que amigos (as) postaram aqui sobre as manifestações que estão ocorrendo em alguma cidades do Brasil, vou dizer o que eu penso que vai mudar e acontecer depois de tudo isso: NADA.
    Não que eu sou contra as manifestações, descrente, desanimado, acomodado ou satisfeito 100% com os rumos do país; quem me conhece sabe que não...
    Apenas minha visão de profissional e estudioso do comportamento individual e coletivo...
    Aos amigos que estão protestando e/ou se manifestando, continuem e não se sintam criticados ou desestimulados por estas palavras minhas, mas sigo com a minha impressão sobre o que vai acontecer após todos estes protestos: NADA.
    E esse NADA, ao final das contas, apenas vai confirmar a sensação de impotência e auto estima de inferioridade do povo brasileiro em sua maioria, com algumas raras exceções...
    Se estou certo? Não sei... Apenas também exercendo o direito de compartilhar aqui a minha visão...
    Abraços e um ótimo fim de semana..."

    Muito bem. Concordo com o Búrigo porque ao meu ver há um erro absurdo de estratégia nessas manifestações. Primeira questão é: por que nas ruas? Que necessidade é essa de ser nas ruas? Segunda questão é: qual o perfil dessas lideranças? Terceiro, qual é o nível de informação dos manifestantes?

    Tenho insistido com um jovem que me acompanha pelo Facebook para que seja líder. Eis a diferença. O que se vê não são líderes, mas pessoas tomam a frente. O líder pensa acima, adiante, além do senso comum. Tem a coragem de se opor à maioria e poder de convencimento. O líder pensa com estratégia. Há alguns anos uma comunidade me chamou para saber o que tinha que fazer para ter o trevo do bairro reformado. Disse que se fizessem como eu orientava levaria dois anos. Primeiro brigar pelo projeto, depois pelo memorial descritivo e por fim pela execução. Fizeram e deu certo. O costume é brigar pela obra pronta e desanimar pela demora. Quando se segue o passo-a-passo não há desânimo porque vê acontecer.

    Quanto à essas manifestações em relação à passagem de ônibus. Bem, há vários ingredientes. Um deles e o maior responsável pelo alto valor são os descontos para estudantes, alguns servidores públicos e a gratuidade para aposentados. Ora, o trabalhador vai pagar por tudo isso! Em Criciúma temos o problema das renovações absurdas da concessão. Discordo frontalmente de qualquer briga pelo valor da passagem agora. De minha parte é preciso que uma nova licitação seja feita com vistas a abrir uma concorrência. Entretanto, com um prefeito que entra com liminar para evitar a licitação e atos escusos numa licitação armada para definir agências de propaganda (leia AQUI) o que se pode esperar? Não há legitimidade no sistema e não será um protesto que vai mudar isso porque este mesmo poder quer a manutenção do status quo. Não sei qual o perfil dos líderes desses movimentos, mas não tenho dúvidas da pouca ou nenhuma informação dos manifestantes.

    Enfim, sugiro que, se há uma luta a ser travada deva ser no Paço, com pressão ininterrupta, por dias, semanas ou meses, até que seja feita a licitação e esta seja absolutamente clara. Do contrário será o NADA de que falou o Eduardo Búrigo.

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