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    A MENTIRA DO LIVRE ARBÍTRIO

    Sou repetitivo? Sim, sou!
    Estou enchendo o saco com isso? Sim, estou!
    Parece falta de assunto? Sim, não vejo assunto mais interessante no momento.

    Volto a fazer o mesmo desafio de outras oportunidades para quem crê em Deus, o Deus da Bíblia, o Pai de Jesus, ou na Trindade; para quem crê no Seu amor, para quem diz que ele é maravilhoso, para quem fica agradecendo por ter recebido bençãos, para quem canta Seus grandes feitos: peçam ao seu Deus que acabe com a pedofilia!

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    Houvesse oportunidade quem não usaria de seu livre arbítrio para por fim à vida de um pedófilo?
    Duas razões me remetem a chover no molhado: a pedofilia é agressão de adulto contra criança; e, quero ver algo que realmente mostra esse Deus tão incrível que dizem existir.

    Contra esse meu desvairado grito aparece sempre o mesmo argumento: DEUS DEU O LIVRE ARBÍTRIO. Então vamos pensar sobre isso. Se Deus não age porque deu o livre arbítrio ao ser humano criou para si mesmo uma barreira, em sendo assim, não pode invadir o desejo de um adulto querer usufruir sexualmente de uma criança. Muito bem, não provoco isso para que Deus incorra em tão brutal desrespeito à vontade humana. Longe de mim. Como poderia querer que um agressor tenha seu direito violado? Não posso e nem quero. Em nenhum momento fiz qualquer menção de Deus contrariar esse bem dado aos homens. Deus sabe o que faz.

    Mas devemos lembrar de algumas passagens na Bíblia para vermos se Deus respeita mesmo o indivíduo. Vamos começar por Faraó do Egito que não queria libertar o povo hebreu. Mandou várias pragas e por fim matou os primogênitos de cada família egípcia. Matou gente que nem sabia direito o que estava ocorrendo. Se hoje temos gente desinformada, imagine naquele tempo sem imprensa. Matou bebês de colo sendo amamentados. Matou o próprio filho do Faraó. O poder de Deus não seria manifestado de forma inconteste se, por exemplo, os Hebreus fossem teletransportados daquela terra para outra? Ou fossem levitados diante dos olhos de Faraó? Ou mesmo tivessem qualquer grilhão aberto e caminhassem diante do exército egípcio, e este, preso ao chão, não conseguisse se mover? Quantas formas Deus mostraria quem manda sem a morte de gente absolutamente inocente? Mas sobretudo, Deus deveria respeitar a vontade, o livre arbítrio de Faraó!

    Mais um exemplo. A instituição da circuncisão, corte do prepúcio, aquela pele que sobra no pênis quando flácido, conforme está escrito: "E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio" (Levítico 12.3); e "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado." (Gênesis 17.10) Ora, que livre arbítrio tem um bebê de oito dias? Que grande respeito o Deus da Bíblia teria pela vontade humana, pela sua liberdade de escolha? Tem ainda o que seria absurdo para nossos dias e que contou com a bênção de Jeová: a escravidão! "...o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência" (Gênesis 17.12) também era circuncidado sem direito de escolha (nem de escolher ser livre). O cara era escravo e teria o prepúcio cortado sem direito de escolha. Além disso, os cristãos romperam com este pacto.

    Num caso ainda mais dramático, segundo o apóstolo Pedro, Deus "condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente" (II Pedro 2.6). O povo dessas cidades vivia tranquilamente com sua homossexualidade ou bissexualidade. Ele queria viver assim. Estavam usufruindo do seu livre arbítrio quando "disse mais o SENHOR: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito..." (Gênesis 18.20) e "o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra" (Gênesis 19.24), destruindo-as totalmente. Para complicar ainda mais qualquer análise do que seja esse respeito de Deus pelo livre arbítrio humano, Jesus disse aos seus discípulos: "em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade" (Mateus 10.15). Isso para cidades que não recebesse a mensagem de seus apóstolos. Ou seja, dois pesos e duas medidas. Mais rigor no julgamento de um do que de outro. De qualquer forma Deus nem deu bola para o livre arbítrio dos sodomitas.

    O profeta Jonas poderia ter sido um caso diferente. Teria dito Jeová a ele: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis." (Jonas 1:2-3) Essa história todos sabem. Note que não bastou Jonas não querer, seguir sua vida e Deus buscar outro mensageiro. Ele foi levado a passar experiência inimaginável e ser coagido a entregar a mensagem. Não seria de Deus respeitar a vontade desse rapaz e deixá-lo com sua vida? Quem se recusaria em servir de mensageiro passando pelo estômago de um peixe?

    Por fim o caso do apóstolo Paulo. Em Atos dos Apóstolos capítulo 9 é contada a história de Saulo que se tornou Paulo, o apóstolo, quando foi vítima de uma luz tão forte e veio a ficar cego. Por conta disso se converteu de perseguidor a pregador. Se Deus respeitasse o desejo dele de perseguir os cristãos não haveria de criar tal situação. E imagine Deus fazendo isso com cada um que resolvesse atacar uma criança, ou estuprar uma mulher? Teríamos um mundo cristianizado e andando na maior retidão.

    Se estes exemplos não te fizeram, pelo menos, balançar nesse papo de livre arbítrio, trago outra questão. Se Deus não interfere na vontade humana quanto à pedofilia ou qualquer crime cometido por humanos porque nós deveríamos? Ao vermos uma pessoa agredindo outra chamamos a polícia, denunciamos etc. O que estamos fazendo senão interferindo no livre arbítrio de um quebrar os dentes do outro? Por que, afinal de contas, clamamos por Deus quando somos vítimas de injustiça? Ora, não estamos pedindo a Deus que haja contra ou por causa do livre arbítrio de quem nos causou dano?

    Se você crê que Deus realmente tem a capacidade e o desejo de interferir na vida humana, inclusive de dar um carro a alguém (note adesivos em carros: "Presente de Deus"), é de se supor que ele possa ir em defesa de uma criança, ícone do ser indefeso. Mesmo que não seja para contrariar o livre arbítrio do adulto tarado, mas para promover a defesa de alguém totalmente desprotegido, inocente, cuja vida não fez por merecer tal experiência.

    Vamos lá. Peça a Deus pelo fim da pedofilia!

    3 comentários:

    1. Como esperar q este deus tão cantado em prosa, verso e oração seja assim perfeito se quem o criou - o homem, é capaz de tamanha atrocidade Roldão?

      Desiste amigo. Deus tá nem aí prá pedofilia e seus adoradores estão mais interessados em comprar os bens terrenos pela graça da fé.
      Éh ...fé dimais.

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    2. Bem mais fácil colocar a culpa dos problemas da sociedade em Deus, afinal ele não existe mesmo!agora o homem sim! é um ser perfeito, não comete corrupção, não mata,atrocidades? nunca! isso tudo é culpa de Deus, afinal os robôs chamados seres humanos espera todos os dias que Deus dê uma revisão básica em seus sistemas operacionais; mas como Deus anda um pouco ocupado esqueceu-se de suas obrigações e pronto! o homem cometeu a pedofilia, matou seu semelhante, roubou...etc e etc!
      livre arbítrio é quando se põe na mesa bife acebolado e peixe frito e você escolhe qual deles vai comer!

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    3. Mais uma vez seu texto bem articulado não deixa margem a discussão outra que não seja a absoluta vontade de acreditar num deus. Deus este limitado também temporalmente e geograficamente se imaginarmos que a Ásia, Oceania, Américas, maior parte da África e outras partes do mundo só foram conhecer o tal deus cristão com o advento dos grandes descobrimentos marítimos de Portugal e Espanha. E em nome deste mesmo deus os espanhóis e portugueses dizimaram alguns povos e escravizaram outros, sempre sob a chancela da igreja.

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