O SWING DERRUBA A TRAIÇÃO (Vídeo)
Numa das entrevistas de Chico Anísio, um dos homens mais cultos dentre nosso povo, ao Jô Soares, ouvi o seguinte: “Casei cinco vezes. Eu é que entendo de casamento. Se a Maria ficou só com o João por 40 anos, ela entende de João e ele de Maria, não de casamento”. Uma pérola! Absolutamente verdadeiro. Na mesma linha, quem entende de sexo é quem teve relações com várias pessoas e procura observar as diferenças, os detalhes etc. Nesse contexto está a traição e, de outro lado, o swing (a troca de casais) e o ''menage'' (um terceiro no sexo do casal). Traição, como se tem visto, trata-se exclusivamente de sexo em si.
Quem trai quem? Somos traídos por nós mesmos quando achamos que o outro “não faria uma coisa dessas” – endotraição. Vale lembrar que, em alguns casos, o modo de vida do sujeito já dizia como ele se comportaria numa relação. Veja que nem sempre, ou raramente, houve um acordo de não fazer isso ou aquilo. Há a presunção de que namoro e casamento implica em exclusividade do ato sexual. Mas mesmo assim, uma das partes tem a convicção que o outro não poderia fazer algo que prejudicasse (do seu ponto de vista) a relação.
A confiança é, geralmente, um acordo tácito e unilateral. Um exemplo um tanto absurdo ocorreu, e deve ocorrer, no BBB. Acompanhei o primeiro episódio do tal Big Brother Brasil. Chamou-me a atenção as acusações de traição entre pessoas que não se conheciam antes do programa, estavam num jogo, uma teria que retirar a outra do páreo e por aí vai. Acordo unilateral!
No ato conjugal a coisa se complica porque os amantes se acham donos uns dos outros. Há um ingrediente que deveria ser regra nas conversas durante o namoro ou mesmo durante o casamento: a satisfação sexual. Como responsabilizar um dos cônjuges por ter tido uma relação extraconjugal quando o casamento não lhe satisfazia plenamente? Não houve antes a traição por parte do traído? Foi acordado algo como: você terá que realizar todos os meus desejos, fetiches etc? Ora, se houve um acordo de não relação sexual com outros e outras, há aí algo a ser respeitado.
Vi documentários com praticantes do swing. Os cônjuges acertam detalhes entre si para esta prática, como dividir a cama sempre juntos, por exemplo. Ou seja, o ato sexual com outra pessoa, no swing ou menage, não caracteriza traição. Então não é o sexo em si, mas o tipo de relação estabelecida. Os praticantes do swing podem ser plenamente fiéis. Movidos pelo prazer sexual não há concorrência com a fidelidade conjugal e é praticado conforme acordo entre partes.
Fidelidade ou traição é uma questão de acordo objetivo, não tácito, inclusive podendo ser refeito com o tempo. Pois com a idade desejos surgem e se vão. Quando da traição o que deveria ser discutido não é o ato sexual em si, mas as motivações e implicações disso. No casamento o traído nem quer saber de explicação: sexo com outro é traição e pronto! E, por conta disso, a coisa rola às escondidas.
Para fechar com muito humor assista um vídeo do Porta dos Fundos.
Quem trai quem? Somos traídos por nós mesmos quando achamos que o outro “não faria uma coisa dessas” – endotraição. Vale lembrar que, em alguns casos, o modo de vida do sujeito já dizia como ele se comportaria numa relação. Veja que nem sempre, ou raramente, houve um acordo de não fazer isso ou aquilo. Há a presunção de que namoro e casamento implica em exclusividade do ato sexual. Mas mesmo assim, uma das partes tem a convicção que o outro não poderia fazer algo que prejudicasse (do seu ponto de vista) a relação.
A confiança é, geralmente, um acordo tácito e unilateral. Um exemplo um tanto absurdo ocorreu, e deve ocorrer, no BBB. Acompanhei o primeiro episódio do tal Big Brother Brasil. Chamou-me a atenção as acusações de traição entre pessoas que não se conheciam antes do programa, estavam num jogo, uma teria que retirar a outra do páreo e por aí vai. Acordo unilateral!
No ato conjugal a coisa se complica porque os amantes se acham donos uns dos outros. Há um ingrediente que deveria ser regra nas conversas durante o namoro ou mesmo durante o casamento: a satisfação sexual. Como responsabilizar um dos cônjuges por ter tido uma relação extraconjugal quando o casamento não lhe satisfazia plenamente? Não houve antes a traição por parte do traído? Foi acordado algo como: você terá que realizar todos os meus desejos, fetiches etc? Ora, se houve um acordo de não relação sexual com outros e outras, há aí algo a ser respeitado.
Vi documentários com praticantes do swing. Os cônjuges acertam detalhes entre si para esta prática, como dividir a cama sempre juntos, por exemplo. Ou seja, o ato sexual com outra pessoa, no swing ou menage, não caracteriza traição. Então não é o sexo em si, mas o tipo de relação estabelecida. Os praticantes do swing podem ser plenamente fiéis. Movidos pelo prazer sexual não há concorrência com a fidelidade conjugal e é praticado conforme acordo entre partes.
Fidelidade ou traição é uma questão de acordo objetivo, não tácito, inclusive podendo ser refeito com o tempo. Pois com a idade desejos surgem e se vão. Quando da traição o que deveria ser discutido não é o ato sexual em si, mas as motivações e implicações disso. No casamento o traído nem quer saber de explicação: sexo com outro é traição e pronto! E, por conta disso, a coisa rola às escondidas.
Para fechar com muito humor assista um vídeo do Porta dos Fundos.
Excelente, André Roldão. Gostei.
ResponderExcluirO problema da traição é o ato de apunhalar* o outro, de quebrar o contrato afetivo e sexual estabelecido.
Quando não há a ruptura do contrato - não há traição.
Ótimo.
Quem só conheceu João e Maria. .Sinto muito não sabe o que perdeu de bomkkkkkkk
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