BOEIRA X IDELI X VIGNATTI X MESCOLOTTO
Em recente manifestação do deputado federal do PT, Jorge Boeira, no meu Facebook, ficou claro o que todos sabemos: captação de recursos para campanhas eleitorais através do cargo de presidente da Eletrosul. Disse Boeira: “não aceitei o cargo de presidente da Eletrosul porque tinha a clara convicção que iria servir de arrecadador de campanha em função do cargo, coisa que não me presto e fere meus princípios.”
O petista fez essa afirmação em meio ao meu questionamento sobre se sabia de maracutaias no Dnit, do Ministério dos Transportes. Ele negou que soubesse, mas disse o que reproduzi.
Entrevistado pelo jornalista Adelor Lessa na rádio Som Maior, Boeira foi além ao mencionar que havia divergências com a ex-senadora e atual ministra da Integração Nacional, Ideli Salvati, sem dizer quais. Divergências ainda mais profundas dela com Cláudio Vignatti, que concorreu ao senado nas eleições de 2010. Nesse mesmo pleito Ideli amargou a terceira posição na corrida para o governo do Estado de Santa Catarina.
Suas manifestações após a fragorosa derrota mostraram uma mulher movida pela paixão, mais que pela razão em função dos fatos. E sua rixa com Vignatti mostra seu lado vingativa.
Retroagindo no tempo, quando deputada estadual foi por mim alcunhada de ‘madame CPI’, tal sua fúria incontida por achar culpados de toda ordem. Um dos exemplos, que não sei no que deu, foi seu pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito por conta de viaturas da Polícia Civil, cujas placas estavam com as iniciais MDB. Sim, o governo de Pedro Ivo Campos havia comprado vários veículos e todos daquela leva vieram com essa placa. É evidente que o partido agiu para ‘marcar’ seus carros, mas instaurar uma CPI para isso me pareceu um exagero. Ora, se ficasse quietinha quem iria notar essa bobagem. Bem mais recente foi sua postura de ardorosa defensora do governo Lula, que hoje, mesmo com sua sucessora, vemos o quanto foi conivente com toda a sorte de desvios. E quentinha ainda a denúncia da revista IstoÉ sobre armações dela para manter um ‘suspeitável’ diretor do Dnit em Santa Catarina, o engenheiro João José dos Santos.
Boeira, de forma clara, mostra do que é feito o cargo de presidente da Eletrosul, ora ocupado pelo ex-marido da ministra, Eurides Mescolotto.
Há duas considerações sobre tudo isso. Primeiro, Ideli dá sinais claros de ter rasgado qualquer código de ética, principalmente do seu próprio partido e de seus contundentes discursos contra a ‘direita’ impiedosa. Segundo, o que o Partido dos Trabalhadores fará com isso? Abrirá mão de suas lutas apenas para jogar o jogo do poder?
Por mais distantes que possamos estar desses assuntos, eles atingem toda a sociedade. E você e eu fazemos parte dos efeitos, queiramos ou não.
Com relação as placas da polícia civil com iniciais MDB, significavam "Militares Detendo Bandidos" oras...
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