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    TENS MORAL PRA QUÊ?

    Notem que o certo e o errado é uma construção social na relação tempo/espaço. Ou seja, a ética e sua moral (prática da ética) difere em época e local onde é definida como regra geral. Além disso, as regras advém da formação de grupo. Quem precisa de regras vivendo sozinho? Assim, é preciso observar o modo de vida, as necessidades e desafios, para entender o porque das restrições que povos impuseram a si e às pessoas que o compõem.

    Kody Brown e suas esposas Robin, Meri, Cristine e Janelle (Las Vegas/EUA)
    Sem tais observações não entendemos costumes antigos, ou de outras culturas. São aberrações se vistas sob o ângulo do nosso atual modo de vida. Exemplos são o casamento, o dote, educação de filhos, as privações sociais de mulheres etc.

    Vejo, também, que as próprias pessoas não percebem a origem, o porquê, de como vivem e se limitam a um "sempre foi assim!". Eis aqui a resistência à mudança, a qual gera insegurança. Da mesma forma modos de vida que distanciaram-se do porquê de terem surgido ficam num limbo cultural, submetido apenas ao desejo de que o vive. Um exemplo estranho é da noiva ainda vestir-se de branco como manifestação de sua pureza sexual.

    A pergunta que fica: Quais padrões estamos desenvolvendo que poderão geram conflitos futuros por perderem a razão de sua existência? Um dos que acabaram para o alívio de todos é a tradição religiosa, na qual se morria na religião em que nascesse. Até os anos de 1980, por exemplo, famílias eram capazes de expulsar quem deixasse o catolicismo pra seguir uma Assembléia de Deus.

    A história nos pressiona contra aquilo que julgamos certo ou errado. Essa dinâmica nasceu conosco e se manterá enquanto estivermos por aqui.

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