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    CASO STOPASSOLI - OS EXAMES DO CORONA

    O caso do empresário Evaldo Stopassoli, falecido esta semana, teve duas versões antes da oficial da secretaria da Saúde, autoridade para falar do assunto sobre a causa mortis. O episódio suscitou algumas questões que encaminhei ao secretário Acélio Casagrande:
    - Se uma prova de Corona dá negativo e a contra-prova da Positivo, qual a possibilidade da contra-prova estar errada?
    - Qual a diferença de uma e outra para que deem resultados diferentes?
    - Se há diferença qual a dificuldade para que seja feita a "contra-prova" logo no início?

    A NOTA OFICIAL da secretaria a mim enviada diz o seguinte:

    Primeiramente, o segundo resultado não caracteriza-se como conta-prova, visto que se trataram de amostras distintas: a primeira de secreção nasofaringea e a segunda de secreção traqueal.
    Estudos apontam que dependendo do tempo decorrido entre o início dos sintomas e a coleta do material, ocorre oscilação da carga viral nas vias respiratórias, superiores e inferiores. Isso determina a capacidade do exame para identificar um resultado positivo em um paciente que é portador da infecção. A literatura recente nos diz que no material das vias aéreas inferiores (secreção traqueal) há maior chance de encontrar o vírus mesmo após um tempo maior desde o início dos sintomas.
    A realização da coleta de secreção traqueal somente é possível em pacientes intubados (o que ocorre em UTI), por isso não foi coletado anteriormente.
    A contra-prova é uma segunda análise da mesma amostra.

    No caso da covid-19 foi realizada contra-prova pelo Lacen dos primeiros resultados positivos de cada um dos laboratórios privados. Por isso hoje já temos laboratórios privados considerados aptos pelo Lacen para realizar o exame para Covid.

    Ofício nº 005/2006

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