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    O SUICÍDIO E A FAMÍLIA

    Destilaram muitas imbecilidades numa única postagem sobre o assunto esta semana nos meus perfis e página de Facebook, dentre outros. Uma delas foi limitar à "falta de Deus na vida". Contudo, é de penalizar a família ou os mais próximos por não perceberem os sintomas que trato nesta postagem.
    Então vou dar a real sobre isso!

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    A multidão nos absorve, nos distrai até de tem que está ao lado
    Primeiro, temos nossas próprias vidas, nossos problemas íntimos, e com os tais temos que lidar sozinhos, muitas vezes. Se lidamos sozinhos o outro também deve lidar. Família não deve carregar no colo nenhum dos seus membros, senão em clara fraqueza, como na velhice. Assim, uma pessoa fisicamente saudável não expressará "fraqueza". E, como parte das nossas histórias, há casos em que uma boa surra deu jeito. Portanto, tudo se mistura no dia-a-dia e a falta de conhecimento, que gera a falta de percepção, impede que os sintomas sejam percebidos e, se percebidos, podem esbarrar nos afazeres da sobrevivência, ficando em segundo ou terceiro plano.
    Segundo, se a pessoa está em tratamento é porque está recebendo atenção. Como conseguem não ver o óbvio? Sim, li que a faltava amor etc etc etc no caso em que o paciente estava recebendo atenção profissional. E esta atenção é, invariavelmente, melhor que o amadorismo da família. Um dos exemplos é de que a depressão pode estar ligada a não produção de enzimas pelo organismo e medicamentos poderão controlar o problema.
    Terceiro, não confunda depressão com tristeza, desilusão e frustração, que temos naturalmente, para opinar sobre isso. Apesar que a linha divisória é tênue aos olhos dos familiares.
    Quarto, para entender os sintomas é preciso entender do que seja a doença e isso poucas pessoas são capazes. Eis a razão pela qual deve haver o exame profissional.
    Quinto, sejamos honestos e francos: pessoas em depressão são péssimas companhias. O isolamento é espontâneo. Qual a dificuldade de entender que não queremos pesos em nossas vidas? Ora, nos ajuntamos por afinidades e alguém em depressão certamente romperá com traços de afinidades com os demais.
    Enfim, o sujeito quis morrer e a família não pode ser responsabilizada por algo que ocorre na cabeça de um de seus membros, exceto se vítima de crime dentro de seu lar. O texto parece ser duro demais, mas é preciso falar disso com franqueza e, se possível, dar o amparo necessário, mesmo que insuficiente.
    É o que vejo desse aspecto!

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