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    MOISÉS, VAMPIRO, ALIADOS E O "RECADO"

    Segundo Adelor Lessa o governador Carlos Moisés (PSL) e o deputado Vampiro (MDB) fecharam acordo institucional (imagem da coluna ao final deste texto). Assim, o governador tem aprovada a reforma administrativa e os prefeitos do partido terão livre acesso ao governo. Sem atrelamento (sic).

    O que Daniela, Lucas e Moisés, poderão fazer por Santa Catarina?
    De tudo que li na coluna do Lessa ficaram quicando algumas coisas: o discurso de campanha e a postura de Ana Campagnolo e Jessé Lopes, os "ideólogos da nova política" catarinenses dentro do PSL e que, se coerentes, não aceitariam isso; os prefeitos dos demais partidos terão dificuldades?; o texto do colunista não cita o presidente do PSL, coisa que seria natural num acordo dessa amplitude, já que atinge diretamente o discurso de campanha pela "nova política"; e, por fim, o MDB vai, com o tempo se contentar em "apenas" ter seus prefeitos tratados como diferentes?

    O deputado Jessé Lopes disse a este blog que não foi consultado. Tampouco tratou disso com seus colegas de partido na Assembléia. O presidente do partido, Lucas Esmeraldino, silenciou em responder sobre este assunto. Restando claro que o governador ignorou seus pares, dialogando exclusivamente com Luiz Fernando Vampiro, líder do MDB da Alesc. A mensagem foi clara: "Na ausência de um, melhor com o MDB sem PSL, do que com PSL sem MDB".

    Como ficam os prefeitos de partidos de oposição? Eis, aqui, o grande mistério. Ora, se o governador da NOVA POLÍTICA fosse tratar a todos por igual este acordo não teria sentido. Igualmente claro é que Carlos Moisés não tem nada de novo, mantendo sua relação visceral com o partido de seu passado. Do contrário não se limitaria aos do Movimento.

    Por sua vez o PSL demonstra que não tem força. Esperava-se, com o apoio do voto que teve, ser uma força, uma voz de peso. Mas vê-mo-lo franzino. Lopes deixou isso claro ao definir-se como um andarilho no legislativo catarinense. A este blog declarou: "Eu participo pouco da bancada. Sou independente, não me preocupo muito. Não gosto de me comprometer com a bancada".

    O quadro geral dessa situação é a máxima da governabilidade em detrimento do razoável para o Estado. O governador curvou-se, já que não precisaria de acordo algum se sua reforma administrativa espelhasse a ânsia dos catarinenses, posicionando-se como liderança por exaurir os velhos "hábitos".

    De igual modo, sem que a maioria tenha percebido, a vice-governadora, Daniela Reinehr, é uma ilustre desconhecida e, segundo alguns pesselistas, uma inabilitada para o cargo. Diante deste RECADO não vejo no que será diferente de seus antecessores...



    O presidente do PSL, Lucas Esmeraldino, enviou resposta (também enviada à imprensa de um modo geral), às 17h07, às minhas mensagens pelo WhatsApp:

    "Em reposta aos questionamentos quanto a base de apoio ao governo Carlos Moisés da Silva na Assembleia Legislativa, o Partido Social Liberal (PSL) de Santa Catarina, apresenta os seguintes esclarecimentos:

    1) O governador Carlos Moisés da Silva foi eleito com mais de 71% dos votos válidos, situação que demonstra claramente o apoio de nossa população às suas propostas de mudanças;

    2) Para efetivar boa parte de suas propostas, o governo necessita do apoio do parlamento estadual e, por isso, as conversações com deputados de todos os partidos se mostra mais que natural, sendo  mais um indicativo de que Carlos Moisés fará uma gestão totalmente diferenciada: transparente e democrática.

    3) Com este pensamento, todas as propostas do Poder Executivo, aqui incluídos o projeto da reforma administrativa e todos os demais que enxugarão a máquina pública e resultarão em considerável economia ao erário, são discutidas pelo governo com os deputados estaduais que comungam da visão de que vivemos um momento novo na política e na administração pública e, por isso, precisamos seguir e respeitar os anseios da população catarinense.

    4) Assim, a base que o governo Moisés busca na Assembleia Legislativa nada mais é que um grupo de mulheres e homens públicos que desejam uma mudança por completo na forma de se fazer gestão, mais eficiente, econômica e transparente, e isso independentemente de bandeiras políticas.

    5) Por tudo isso, na condição de filiado e presidente do PSL-SC, ratifico meu total e irrestrito apoio ao nosso governador."

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