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    "EMPODERAMENTO" POLÍTICO DAS MULHERES EM NÚMEROS

    Há alguns anos, de uns 10 para cá, imagino, começou essa conversa de "empoderamento da mulher" fomentado pela militância de Esquerda. Eles adoram neologismos e mutações etimológicas. Parecem ter orgasmos múltiplos com isso. Eis que, naturalmente, essa expressão passou a ser discutida com muita intensidade já que a turma está de mãos dadas com parte da imprensa nacional desde a década de 1960.

    Para provocar ainda mais os neurônios o jornalista Aderbal Machado, de Balneário Camboriú, publicou em seu BLOG análise relacionando o tal empoderamento com as eleições: "mulher não vota em mulher", disse.

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    Geovânia de Sá foi a recordista eleitoral de Criciúma com 5.676 Votos em 2012
    Por conta disso fiz um levantamento da última eleição proporcional, em Criciúma, para termos algum dado concreto, na qual concorreram 131 candidatos à Câmara de Vereadores. Em 2016 duas candidatas foram eleitas, dentre as 41 (31%) que registraram-se para o pleito: Camila do Nascimento (2.042 votos) e Geovana Zanette (1.978 votos). Foram 90 homens (69%). Camila e Geovana receberam 4.020 votos dentre os eleitos, representando 9,6% dos votos dos vencedores. Os homens chegaram a 41.564 sufrágios.

    De imediato verifica-se que, não fosse o coeficiente eleitoral, apenas uma ocuparia a cadeira no legislativo, já que Carlos de Cordes superou a ambas, obtendo 2.073 votos. Agora, com a renúncia de Daniel Freitas assume outra mulher, Ângela Mello, que teve 1.814 votos. Para constar, Solange Barp, terceira mais bem votada, convenceu 1.843 eleitores.

    Dos 141.667 eleitores aptos naquela eleição, 119.318 votaram. A abstenção foi de 15,78% (22.349 leitores). Somando os votos em legenda, brancos e nulos temos mais 17.162 eleitores que não se decidiram por quaisquer candidatos à Câmara Municipal, grupo que ganhou das mulheres, as quais amealharam 14.827 votos, 12,4% dos válidos. Do total dos eleitores de Criciúma elas representam apenas 10,4% da vontade de eleger alguém, mesmo sendo 31% das candidaturas e quase 53% do eleitorado. Segundo o TSE 74.481 mulheres estavam aptas a votarem naquele pleito. Assim, restou claro que 80% das mulheres não votaram em mulher em Criciúma na eleição de 2016, por se absterem, anularem, votar em branco ou pelo voto na legenda.

    Há vários comparativos possíveis. Contudo, os que fiz até aqui são mais que suficientes. Aderbal Machado está correto: mulher não vota em mulher. Da mesma forma que cai por terra todo o discurso esquerdopata de que as mulheres não tem espaço por conta do machismo, pois podem ocupar 70% de uma nominata. São maioria do eleitorado e, portanto, nada as impede se serem, ao menos, a metade dos assentos na Câmara de Vereadores de Criciúma e essa proporção vale para os demais municípios da federação. Têm votos suficientes, inclusive, para eleger o prefeito da maior cidade do Sul catarinense, já que superam os votos obtidos por Décio Góes e Clésio Salvaro (em sua primeira eleição), por exemplo.


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