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    CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTE

    No mundo do vale tudo, o nada passa a ser alguma coisa mesmo não sendo, não tendo, não produzindo.

    Uma música só será arte se for um ajuntamento lógico e harmônico de sons. O mesmo para um poema, conto ou peça de teatro. O ajuntamento de palavras precisa fazer sentido. Daí me ocorre transitar sobre as demais expressões. Quando uma pintura é arte? Quando a audiência entende sua relação com aspectos de sua vida, quando a imagem faz sentido, representa e enseja uma mensagem. Assim deve ser com a arquitetura e escultura. Portanto, a mensagem não deve ser o que a audiência entende, mas o quê seu autor quer "dizer".

    Michelangelo esculpiu Pietá em 1499 e será sempre uma referência
    A tal arte contemporânea, como no cubismo da arte moderna, perdeu a mensagem para ser apenas um exercício do uso de materiais. Nesta lógica uma arte não pode ser remontada de forma diferente a cada exposição. É estática, imutável ou não será arte, será uma outra coisa ou uma nova arte.

    A Persistência da Memória, de Salvador Dali, 1931, alusão magnífica do tempo
    Nada disso vale se o "artista" entende que deva romper com paradigmas e criar sua própria regra. Bem, em sendo assim, deve aceitar que outros não o veem como artista, tampouco seu trabalho como arte, por ter rompido com as referências. Já algo só pode ser alguma coisa quando submetido a um conceito. Do contrário, já que qualquer coisa virou arte, por óbvio, em sendo "qualquer coisa", passou a ser nada. Só há existência no que é conceituado, regrado, definido, limitado. Não confunda com técnicas...

    O maior dos ignorantes respeitará e se encantará com Da Vinci porque há forma definida. Um Salvador Dali, com suas "deformidades" traz formas e nessas formas um conceito, um argumento, uma ideia.

    A arte não deixa dúvidas de ser arte.

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