DAS BURRICES DO POVO
Há anos ouço as mesmas coisas sobre políticos em ano de eleição, e fora dele também:
Então vamos pensar sobre estes três itens, pra começar a tirar o limo das ideias.
DAS IDEOLOGIAS
Primeiro, o que nosso povo sabe sobre ideologias? Porra nenhuma. Não sabe e não quer saber. Aliás, não quer saber de nada que dê algum trabalho em pesquisa e meditação. Somos um amontoado de pais e mães que não tem a menor noção do que seus filhos ouvem em sala de aula, incapazes de entender textos simples. Enfim, uma Nação de analfabetos funcionais cheios de opinião sobre tudo. As exceções explicam a regra.
Além disso, o que de fato tem numa ideologia? Tem segregação e exclusão de opções. Ajuntamo-nos em grupelhos com vistas ao poder por estarmos convencidos de que tais e tais ideias, concepções, são o caminho. Ora, e qual o problema e de eu não ter um caminho com um pensamento formatado ou decidir pelo caminho diferente do teu? É a maneira de um grupo sentir-se superior ao outro e traçar um futuro de céu azul, sem trovoadas. Não vai muito além disso.
Enfim, ideologias são as muletas dos fracos que, na ausência de pensarem por si só buscam acolhimento nalguma coisa. Muitíssimo parecido, senão igual, com religiões.
DAS COLIGAÇÕES
O poder será exercido não importando se com ou sem coligações. Dispomos desse arranjo eleitoral e pronto. Fosse outro tipo mudaria em quê? Em nada em se tratando da postura do político a exercer esse poder. A gêneses da sujeira na qual nossos políticos se enlameiam está no próprio brasileiro. Político não é um "alien", é gente, cujas raízes são as mesmas de todos nós.
DO DINHEIRO PÚBLICO
Qual, afinal de contas, é a diferença entre o dinheiro público e a calçada se ambas são públicas. Sem delongas: um povo que não dá a menor bola para a calçada em frente à sua casa, se boa para o pedestre, entende de respeito ao público?
O fato é que, desde o berço, o umbiguismo é tal, que mal conseguimos dividir em paz o mesmo frasco de creme dental.
DO SALÁRIO
Bem, neste momento minha azia está quase em úlcera. Um povo, cujo trabalho voluntário é ridículo diante de uma nação como os EUA, sabe o que é trabalhar sem salário? Mas o outro deve fazer isso. O outro que se dane porque o ''bem público'' está acima do individual: o bolso. Não é mais uma questão de ''pimenta no cu dos outros é refresco''. É uma questão de pensamento básico, simples, elementar e com dose razoável de bom senso.
Afinal de contas, queremos um país com uma moral minimamente decente? Não. Quiséssemos, já teríamos.
Bem, este texto não busca soluções. Deveria, mas não busca. Trata apenas to quão a capacidade de pensar é de poucos e do quanto a massa pensa a partir de chavões curtos e superficiais. Não havendo a percepção de que encaramos as coisas de forma errada, não haverá qualquer mudança para melhor. Pelo contrário, o pouco que nos moveremos será para o mesmo.
Ou a visão muda, ou toda a reclamação será em vão.
Que não têm ideologias e se coligam com qualquer um para ter poder;
Que não respeitam o dinheiro público;
Que deveriam trabalhar sem salário; e por aí vai.
Então vamos pensar sobre estes três itens, pra começar a tirar o limo das ideias.
DAS IDEOLOGIAS
Primeiro, o que nosso povo sabe sobre ideologias? Porra nenhuma. Não sabe e não quer saber. Aliás, não quer saber de nada que dê algum trabalho em pesquisa e meditação. Somos um amontoado de pais e mães que não tem a menor noção do que seus filhos ouvem em sala de aula, incapazes de entender textos simples. Enfim, uma Nação de analfabetos funcionais cheios de opinião sobre tudo. As exceções explicam a regra.
Além disso, o que de fato tem numa ideologia? Tem segregação e exclusão de opções. Ajuntamo-nos em grupelhos com vistas ao poder por estarmos convencidos de que tais e tais ideias, concepções, são o caminho. Ora, e qual o problema e de eu não ter um caminho com um pensamento formatado ou decidir pelo caminho diferente do teu? É a maneira de um grupo sentir-se superior ao outro e traçar um futuro de céu azul, sem trovoadas. Não vai muito além disso.
Enfim, ideologias são as muletas dos fracos que, na ausência de pensarem por si só buscam acolhimento nalguma coisa. Muitíssimo parecido, senão igual, com religiões.
DAS COLIGAÇÕES
O poder será exercido não importando se com ou sem coligações. Dispomos desse arranjo eleitoral e pronto. Fosse outro tipo mudaria em quê? Em nada em se tratando da postura do político a exercer esse poder. A gêneses da sujeira na qual nossos políticos se enlameiam está no próprio brasileiro. Político não é um "alien", é gente, cujas raízes são as mesmas de todos nós.
DO DINHEIRO PÚBLICO
Qual, afinal de contas, é a diferença entre o dinheiro público e a calçada se ambas são públicas. Sem delongas: um povo que não dá a menor bola para a calçada em frente à sua casa, se boa para o pedestre, entende de respeito ao público?
O fato é que, desde o berço, o umbiguismo é tal, que mal conseguimos dividir em paz o mesmo frasco de creme dental.
DO SALÁRIO
Bem, neste momento minha azia está quase em úlcera. Um povo, cujo trabalho voluntário é ridículo diante de uma nação como os EUA, sabe o que é trabalhar sem salário? Mas o outro deve fazer isso. O outro que se dane porque o ''bem público'' está acima do individual: o bolso. Não é mais uma questão de ''pimenta no cu dos outros é refresco''. É uma questão de pensamento básico, simples, elementar e com dose razoável de bom senso.
Afinal de contas, queremos um país com uma moral minimamente decente? Não. Quiséssemos, já teríamos.
Bem, este texto não busca soluções. Deveria, mas não busca. Trata apenas to quão a capacidade de pensar é de poucos e do quanto a massa pensa a partir de chavões curtos e superficiais. Não havendo a percepção de que encaramos as coisas de forma errada, não haverá qualquer mudança para melhor. Pelo contrário, o pouco que nos moveremos será para o mesmo.
Ou a visão muda, ou toda a reclamação será em vão.
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