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    CERTIDÃO DE CASAMENTO - A BURRICE NO PAPEL

    Leio na revista Carta Capital, um veículo esquerdista ao extremo, o seguinte texto de Pedro Serrano:

    O verdadeiro avanço civilizatório não seria o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas a própria extinção do casamento civil. O Estado deveria se limitar a criar regras nas relações patrimoniais entre as pessoas, sem interferir nas opções amorosas ou sexuais de cada um. A extinção da figura do casamento civil é o verdadeiro debate para se atingir uma forma de convivência social mais civilizada e para se preservar a verdadeira liberdade individual de opção afetiva e erótica.
    A aparência de compromisso pode esconder sua ausência.
    Gostei e digo que quaisquer religiosos, defensores mais afoitos de modelos, deveriam aprovar, a priori, por crer muito além da matéria. Se faltam razões, apresento algumas:

    • As relações afetivas não se estabelecem a partir de um documento, mas antes. Tampouco as relações se mantém por causa de um documento. Exceto quando uma das partes precisa manter seus direitos a bens ou sua subsistência. Nesse caso o amor pelo outro já morreu faz tempo;
    • Justamente os religiosos deveriam aderir a isto porque, suponho, suas vidas estejam sob a bênção de Deus e não sob a do Estado;
    • A família não está ameaçada porque ela existe muitíssimo antes de qualquer regulamentação civil;
    • A educação de nossos filhos não tem qualquer ingerência de registro em cartório. Pelo contrário, infinitos casos à margem dessa normativa e com o sucesso advindo do bom senso e determinação dos envolvidos;
    • A Justiça já reconhece relacionamento não registrados oficialmente como o direito da amante, ou do filho fora do casamento etc.


    O fim do casamento civil apenas, e tão somente, é uma volta ao que deu sua maior força: ser melhor que viver só. Eis aquilo em que devem estar todos os esforços. O casamento sendo bom para ambos, sejam heteros ou homossexuais, não terão seus adeptos do que temerem.

    Mas o que mais me espanta nisso é a briga pela legalização das relações homo-afetivas como se dependessem de um papel para existirem ou da aprovação do Estado. Ora, ao que me parece, com exceção dos regimes islâmicos, foro íntimo continua sendo foro íntimo. Esses tais querem um modelo do qual são contra. Além disso, porque imporem a si todo o desgaste de desfazer na Justiça algo que depende apenas de suas vontades? Esse movimento gaysista pelo casamento é de uma burrice abissal.

    Por fim, os religiosos não podem ter receio ou anuir a qualquer dessas normatizações do poder público. Afinal, não é maior o que está neles do que o que está no mundo? Que bom se vivessem conforme a fé que possuem. #SQN 

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