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    UM RECADO AO SENADOR EDUARDO SUPLICY

    Senador por 24 anos, Eduardo Suplicy (PT-SP) disse, em entrevista que você pode conferir AQUI, a jovens infratores, detidos por crimes, os mais diversos: “Eu tenho a convicção de que, se houvesse a renda básica de cidadania para vocês e todos os de sua família, vocês não teriam cometido os delitos que os fazem estar aqui presos”. Este senhor entende por "renda básica de cidadania" uma ajuda do governo, semelhante a que aposentados recebem. A despeito de isso ser uma aberração do ponto de vista econômico e social, onde trabalhadores pagariam uma conta absurda para outros não precisarem trabalhar, sim, porque um país que não é capaz de gerar riqueza a ponto de eles não terem emprego, é um país ruim de se viver, quero fazer algumas considerações.

    O argumento do petista significa que esses menores infratores estão no crime por causa da pobreza em que viviam. Isso por si só significa dizer que os ricos não cometem crimes e que os criminosos são fruto da pobreza, como se não houvesse pobre correto.

    A este imbecil, que ocupa um cargo deveras importante na República, quero contar um pouco de mim.

    Tive três filhos e por muitos anos minha renda não foi suficiente para dar a eles o básico. Recebi ajuda em roupas de minha família, por exemplo. Ocupei um puxadinho dado por meu pai, de três peças, sem portas internas, no qual meus filhos dormiam apertados num quarto de menos de 7m². Por alguns finais de ano, quando boa parte do nosso povo fazia, ao menos, um churrasco de passagem de ano, nós comemos arroz, feijão e tomate. Minha esposa à época costurava qualquer rasgadinho nas roupas. Nossos filhos jamais usaram fraldas descartáveis e dividi com ela a lavação dos panos mijados e cagados com minhas próprias mãos. Foram muitas as semanas cuja folga foram apenas nos domingos pela manhã para poder trabalhar o máximo possível. E mesmo assim não fui um pai ausente. Pelo contrário, ou estava no trabalho, ou estava dentro da pequena casa com meus filhos.

    Digo essas coisas, desprezado Senador, para que o senhor vislumbre a possibilidade de repensar essa sua estúpida forma de ver os pobres deste país, pois meus filhos não se tornaram bandidos. Ao contrário, são cidadãos de bem que, com suas próprias mãos, sem depender de ajuda de governo algum, estão construindo suas vidas em respeito aos demais cidadãos e às Leis.

    Pobre e bandido não são, necessariamente, a mesma pessoa!

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