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    MAMÃE, ACHO QUE NÃO VOU PARA O CÉU

    Há quem me critique negativamente diante do que falo sobre religião. Chegam a misturar as bolas achando que sou contrário a Deus, quando, repito, falo daquilo que dizem sobre Ele, a religião. Os protestos vêm de toda ordem, dos que pedem respeito à fé alheia (como se a minha não necessitasse de respeito) aos que me mandam procurar um psiquiatra. Tudo normal se vindo de religiosos, dada a historicidade da prática da fé que se vê ao longo do tempo. Aliás, muito pior se fez e se faz do que apenas mandar uma mensagem, tal como recebo.

    Muito bem, essa semana uma amiga me relatou um dos mais significativos exemplos do porquê faz sentido minhas indagações e até minhas assertivas no tocante à fé. Sua filha de cinco anos voltou da escola, uma dessas religiosas de Criciúma, e, com um ar de lamento e introspecção, afirmou: "MAMÃE, ACHO QUE NÃO VOU PARA O CÉU".

    Obviamente a mãe sabia do risco ao colocar a filha numa instituição de ensino cuja origem e manutenção pedagógica tem como base o catolicismo. Contudo, a coisa chegar ao ponto de uma criança, nessa idade, arrazoar dessa forma é de se parar e perguntar o que está acontecendo.

    Disse-me a mãe que ensinou sua filha a não se preocupar com essas coisas, pois são uma espécie de invenção humana, que nenhuma religião levava a coisa alguma, tampouco que havia um Salvador e muito menos céu ou inferno. Suas convicções, desenvolvidas ao longo dos seus 40 anos de vida, a levaram a este tipo de interação com seu bebezinho. O outro filho, um adolescente, decidiu por desprezar a fé religiosa tão logo fez a crisma, feita por insistência do pai, haja vista a incapacidade dos professores de saberem qualquer coisa além do catecismo.

    O fato é que me parece um peso demasiado grande para um serzinho, de tão pouca idade, pensar que, em não seguindo aquele rito, estaria fadado ao inferno.

    2 comentários:

    1. Saltou-me aos olhos neste texto o fato de q esta criança foi duplamente catequizada. Pela mãe e pelo colégio.
      Liberdade de pensar, qdo é q este "serzinho" vai ter?
      Aprender a mostrar crenças e experiências pessoais aos nossos filhos numa dialética q permita-lhes formar opinião sobre elas e depois sim fazerem sua escolha me parece o caminho mais sensato.
      Tbem tenho um filho q estudou em colégios religiosos(2) e não sofreu deste "pesado" dilema....crescendo, escolheu o questionamento como eu, mas nunca lhe impus minha descrença. Ensinei-o a pensar.
      Ensinar a desprezar crenças é o outro lado da mesma moeda.
      Não seria mais humano ensinar a respeitá-las?
      O mundo seria bem melhor.

      Obs. A mãe por não crer, não teme o inferno, mas na cabeça de uma criança de 5 aninhos, o inferno em q todos os coleguinhas e mestres dela acreditam existir deve ser um bicho sem pé e nem cabeça..assustador. Abç

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      Respostas
      1. Educar sempre será uma forma de catecismo. Só em eu dizer, como pai, o que penso, mesmo não impondo, meu filho levará isso em conta e pode optar por me seguir. Catequizei-o pelo exemplo.

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