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    CONSIDERAÇÕES SOBRE O MENSALÃO

    Esse caso do Mensalão é muito interessante. Exige uma visão por vários ângulos. E a primeira observação a ser feita é que é um erro absurdo jogar todo o problema nas costas do ministro Celso de Mello, mesmo que ele tenha sido companheiro de quarto de José Dirceu, quando estudantes. Ora, eu morei em república pra fazer a faculdade em São Paulo, mas isso não me torna cúmplice daqueles rapazes, caso tenham se metido em alguma encrenca.

    Mas vamos às considerações.

    A origem
    Tudo isso começou quando o PT foi feito poder neste país, na primeira prefeitura que conquistou. Mais adiante com Lula na presidência. Isso se olharmos apenas para este caso, pois supomos que compra de apoio político seja muitíssimo anterior, com as concessões de rádio do Sarney. Se bem que o Sarney passou a ser um caso de criança, se comparado. Poderíamos retroceder no tempo com o alerta feito no impeachment de Collor. Sim, quando vimos o malabarismo político para tirá-lo do poder estava claro o que nos esperava. O Brasil cegou-se a si mesmo. Enfim, no voto de cada um dos eleitores do PT está a origem. Contudo, não havia como saber dessa possibilidade na primeira eleição. Sendo absurdamente clara na segunda e na eleição de Dilma. O Brasil cegou-se a si mesmo por mais duas vezes.

    O voto de Mello
    Absurdo achar que o problema está no ministro durante a votação dos embargos infringentes. Ora, houve apenas um voto técnico baseado no regimento interno. Pessoalmente, achei correta a votação dele e não dos que foram contra os embargos. O problema esteve nos votos que os inocentaram no julgamento. Precisávamos que se limitassem a três. Levando em consideração que o relator do Mensalão, Joaquim Barbosa, fora indicado por Lula e manteve veemente condenação aos réus, é de se supor que os demais também foram independentes. Há em nossa cultura a teima em fazer relação entre decisões pessoais com as ligações que a pessoa tem em sua vida. Tipo, ''o cara é irmão do fulano por isso...'', mesmo que saibamos que isso não garante coisa alguma. O que posso dizer em relação ao julgamento é que nunca foi, em caso algum da Justiça, uma questão de justiça, mas de provas. E, sejamos honestos, um mero testemunho não me parece suficiente. Afinal, os acusadores também podem ser ''comprados''. Para que tenhamos certeza da compra de apoio nas votações do Congresso é preciso provar em tribunal para que acha um julgamento.

    O outros partidos
    Lula, ao falar de caixa 2, disse que todos fazem. Suponho que tenha sido a única verdade saída de sua boca. E isso vale para a cooptação nas casas legislativas pelo Brasil a fora, ou a dentro. Mas isso em nada muda um julgamento. Ou você não vai levar ao tribunal o assassino de seu filho porque matar é normal? Em nada muda o caso do Mensalão porque há um mensalão do PSDB em Minas Gerais. Essa tem sido mais uma artimanha dos asseclas luláticos, dizer que os outros também fazem. E tem dado certo, justamente porque somos um povo leniente, que aceita a falcatrua, que dá de ombros a esse tipo de coisa. É uma forma bem interessante de assumir que houve o Mensalão!!! Se TODOS fazem, o PT também faz.

    O PT
    Está claríssimo, como nunca na história desse país, um projeto de poder desmedido. Caso tenham dúvidas basta lerem... Mas que bobagem, quem vai se dar ao trabalho de ler. Ainda mais que se trata de atas do Foro de São Paulo. Não serei ingênuo em pedir tal sacrifício a um povo leniente como o nosso. Este partido precisava de grana para seu projeto e assim o viabiliza. Sim, como ter seguidores, mais que militantes, tornar um partido alvo da mesma cegueira dos religiosos, sem dinheiro? Quando a religião esteve dissociada do poder econômico? O processo de cooptação transcende qualquer possibilidade de entendimento das massas. Os petistas seguem com um discurso nojento, sem constrangimento. Amealharam uma rede tão poderosa que me sinto um Anderson contra Matrix, mas sem os poderes do personagem.

    O futuro
    Sem considerações sobre o futuro! Exceto que duvido que um ministro possa mudar seu voto porque farão um novo julgamento. Exceto se surgirem provas novas o que duvido muito. Mais fácil sumirem com as poucas que têm.

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