REGIME X DITADURA
Há uma confusão de conceitos. Ditadura tivemos uma, a de Vargas. Esta forma de governo é personalista, baseada numa pessoa, como Fidel Castro em Cuba ou na Líbia de Kadhafi. Não há partidos e nem divisão de poderes. Tudo gira em torno das vontades de uma pessoa, um líder que outrora foi libertador. Este líder, como de praxe, espalha sua imagem e institui um verdadeiro culto a si mesmo, como fez Saddam Russein.
Os militares brasileiros instituíram um 'regime'. A diferença está, entre outras coisas, que a Justiça mantém uma certa independência (falo de 'certa independência', pois ainda hoje há dúvidas de sua independência). No Brasil vários dos chamados 'perseguidos' instituíram advogados e se viram livres de acusações. Além disso, o que falam hoje de 'perseguidos políticos' não corresponde à verdade, pois políticos, como Ulysses Guimarães, mantiveram-se ativos e na oposição, com participação partidária. Os perseguidos, que não eram perseguidos no sentido político, eram suspeitos de crimes. O Regime perseguia aos que entendia serem criminosos, como terroristas e assaltantes de bancos. Exatamente como ainda é feito com as diferenças de caso a caso. Havia investigações de pessoas como é feito hoje. Pessoas eram presas preventivamente como ainda é hoje. Havia tortura sim, mas não como uma forma institucional, mas como uma ação dos agentes, como ainda é hoje, só que de forma mais discreta, digamos.
Está claro o interesse nessa confusão para os criminosos do passado manterem-se como heróis da liberdade, quando não foram nada disso. Querem manterem-se como heróis de um passado porque não são hoje. O que me irrita profundamente nisso é ver a imprensa não atentar pra isso. Jornalistas neófitos falam da 'ditadura' sem ao menos entenderem o que de fato houve, sem ouvirem as partes, sem questionarem as histórias contadas e a dimensão dos fatos.
Os militares brasileiros instituíram um 'regime'. A diferença está, entre outras coisas, que a Justiça mantém uma certa independência (falo de 'certa independência', pois ainda hoje há dúvidas de sua independência). No Brasil vários dos chamados 'perseguidos' instituíram advogados e se viram livres de acusações. Além disso, o que falam hoje de 'perseguidos políticos' não corresponde à verdade, pois políticos, como Ulysses Guimarães, mantiveram-se ativos e na oposição, com participação partidária. Os perseguidos, que não eram perseguidos no sentido político, eram suspeitos de crimes. O Regime perseguia aos que entendia serem criminosos, como terroristas e assaltantes de bancos. Exatamente como ainda é feito com as diferenças de caso a caso. Havia investigações de pessoas como é feito hoje. Pessoas eram presas preventivamente como ainda é hoje. Havia tortura sim, mas não como uma forma institucional, mas como uma ação dos agentes, como ainda é hoje, só que de forma mais discreta, digamos.
Está claro o interesse nessa confusão para os criminosos do passado manterem-se como heróis da liberdade, quando não foram nada disso. Querem manterem-se como heróis de um passado porque não são hoje. O que me irrita profundamente nisso é ver a imprensa não atentar pra isso. Jornalistas neófitos falam da 'ditadura' sem ao menos entenderem o que de fato houve, sem ouvirem as partes, sem questionarem as histórias contadas e a dimensão dos fatos.
Nenhum comentário
Comentários com conteúdo agressivo não serão publicados.