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    SITE DE TRAIÇÃO CONJUGAL


    Em um ano, Brasil vira o segundo maior mercado para site de traição
    Com filiais em 25 países, Ashley Madison vibra com o desempenho  em seus primeiros meses de operação no País.
    Por Diego Marcel
    Há pouco mais de um ano, o site americano que promove relacionamentos extraconjugais Ashley Madison chegou ao Brasil. Nesse breve período de operação, o País já é o segundo maior faturamento mundial da empresa, que conta com filiais em 25 países.
    “O Ashley Madison registrou faturamento de US$ 120 milhões em 2012. A receita específica do Brasil ainda não é divulgada, mas posso antecipar que é o segundo mercado mais lucrativo”,afirmou ao blog Eduardo Borges, diretor-geral do Ashley Madison no Brasil. O país ficou atrás somente dos Estados Unidos nos números gerais. A empresa foi criada pelo empresário canadense Noel Biderman.
    Hoje, a filial brasileira do site tem 1,1 milhão de usuários cadastrados. Apesar de ser o segundo mercado em quantidade de usuários, o Brasil é a região onde o site tem a maior disseminação proporcional, segundo Borges. Isso porque o líder em número de assinantes, os Estados Unidos, possui um total de internautas muito superior ao registrado aqui – cerca de 250 milhões de internautas americanos ante 90 milhões de brasileiros.
    O canadense Noel Biderman é o criador do Ashley Madison
    Mulheres cariocas
    Os números referentes ao País se destacam também pela proporção de mulheres inscritas no site. Segundo Borges, o Rio de Janeiro é o Estado que apresenta a maior taxa de mulheres em comparação ao número de homens que assinam o serviço. “A carioca se destaca como a mais infiel do mundo”, afirma.
    O site funciona da seguinte forma: o internauta pode navegar e fazer cadastros gratuitamente. Mas, se houver o interesse por alguém, deve comprar “créditos” para responder a um e-mail ou iniciar um chat. Depois da primeira conversa, o contato entre essas duas pessoas é livre no ambiente do site. Dessa forma, a empresa evita que o usuário migre para o MSN, por exemplo, para continuar o papo e deixe rastros das suas atividades. No Brasil, o pacote de créditos mais barato custa R$ 49 mensais.
    Polêmicas
    O Ashley Madison se tornou um site popular no mundo, mas isso não foi conquistado sem polêmicas.  Várias redes de tevê já se negaram a veicular seus comerciais nos EUA. Em um dos casos mais notórios, as redes Fox e NBC e a Liga Nacional de Futebol Americano se recusaram em 2011 a veicular publicidade do site no intervalo do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano, o evento mais assistido da tevê nos EUA.
    Em reportagem publicada pela revista Dinheiro em setembro de 2011. “O serviço é moralmente questionável, mas é legal”, disse na ocasião Chen Long, advogado e doutor em filosofia e teoria geral do direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. “A infidelidade em si não é crime, pois a Constituição garante ao indivíduo o direito à liberdade e à livre conduta.”

    Publicado em IstoÉ Dinheiro.

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