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    PM REFORÇA PATRULHAMENTO


    Fotos: Ana Paula Cardoso, Douglas Saviato e Amanda Garcia Ludwig
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    Cerca de 12 horas após os atos de violência registrados em Criciúma na noite dessa terça-feira, o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Márcio Cabral, em entrevista aos jornalistas na manhã desta quarta-feira narrou os momentos de tensão da noite passada e antecipou medidas preventivas quanto á atuação da polícia na cidade nas próximas horas. Desde a madrugada a polícia se mantém nas ruas. Na área Central de Criciúma e nos bairros próximos onde ocorreram os atentados, a presença de policiais é ostensiva.

    O coronel alertou a população para que auxilie na identificação de quem tenha cometido os atos criminosos e também antecipou que no fim da tarde desta quarta-feira os policiais estarão atuando com atenção máxima. “Os trabalhos serão intensificados no fim da tarde, bem como nesta noite. Não está descartada a possibilidade que estes atos se repitam. A PM está atuando com reforço no efetivo para garantir a segurança da população. Trinta policiais a mais estão na atividade em Criciúma".

    Nesta madrugada, o efetivo já havia sido reforçado; profissionais que estavam de folga integaram-se às equipes e atuaram nos bairros mais críticos na região do Pinheirinho. “Os números de abordagens serão maiores nas próximas horas, quem estiver em ato suspeito será revistado. Mas isso deve ser encarado de forma natural”, pontua Cabral.

    Em relação aos autores dos atos criminosos, o comandante não descarta nenhuma hipótese, nem a de que uma facção criminosa, como o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) teria comandado os atos. Conforme Márcio Cabral, acredita-se que a violência tenha partido de imitações, ou seja, por forma de contágio pelas inúmeras matérias negativas de violência vinculadas através da mídia nacional e estadual, e que acabou influenciando atos semelhantes em cidades como Criciúma.

    Os órgãos de segurança como a Polícia Civil trabalham na identificação dos autores destes atos criminosos. Especula-se que os crimes tenham ligação (dos disparos contra o Presídio Santa Augusta e o incêndio dos ônibus) e cerca de oito pessoas estejam envolvidas, inclusive menores de idade. Sobre as linhas investigatórias, segundo Cabral, nada está sendo revelado para não atrapalhar os trabalhos. “A cidade já teve problemas maiores em termos de impactos de pessoas, como os casos de latrocínios, mas este caso, por suas características, acabou chamando mais atenção da população”, explica.

    O coronel acrescenta que na madrugada passada não teve toque de recolher, o que houve foi a orientação de algumas empresas de ônibus retirassem suas linhas da rua para evitar maiores problemas. Para o jogo do Criciúma e para o feriadão que começa nesta quinta-feira, o efetivo reforçado será mantido, e por tempo indeterminado.

    Atos criminosos – “Tivemos uma noite complicada, começando no presídio Santa Augusta, onde disparos foram desferidos contra a guarita. Depois estes atos se expandiram para os bairros da região do Pinheirinho”, avaliou o comandante. Homens pararam um ônibus no bairro Paraíso e atearam fogo. A Polícia Militar que estava nas proximidades por conta de rondas habituais  e percebeu a movimentação através de gritos de passageiros. A partir daí, houve troca de tiros entre policiais e criminosos.

    Na operação, nenhum morador e nenhum policial ficou ferido. Logo depois, outro ônibus foi incendiado no bairro Nova Esperança. Também foi confirmado um ônibus apedrejado no bairro Renascer. Seis vidros do veículo foram quebrados.  Segundo o Coronel foi uma surpresa a ocorrência no bairro Nova Esperança. “Não se tem notícias crimes no bairro, houve apenas um caso de homicídio nos últimos dois anos. Já no bairro Paraíso e Tereza Cristina, o número de marginais é maior, além de ser um local difícil de trabalhar, pois alguns pontos veículo não tem acesso, apenas motocicletas”, salientou.

    População – Cabral lembra que a maioria dos moradores da região do Pinheirinho, local mais crítico, são pessoas de bem e podem colaborar nas investigações através do 190 telefone da Polícia Militar e do 181 da Polícia Civil. “Se as pessoas tiverem informações, que elas nos repassem. Esta iniciativa nos ajuda bastante”, solicita.

    A Polícia Civil de Criciúma também trabalha nas investigações sobre os ônibus incendiados. De acordo com o delegado regional Jorge Koch, esse é o foco da equipe. "Vamos trabalhar dia e noite. Todos os nossos guardas estão em campo para identificar os autores dos incêndios".

    Colaboração Amanda Garcia Ludwig

    Publicado no Portal Engeplus.

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