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    NÃO TEM MORAL PRA FALAR

    É comum ouvirmos essa expressão: "Não tem moral pra falar!" Para entender o que seja moral, o que significa, você lê AQUI.

    Vamos aos fatos. O contexto geralmente é de alguém que indica um erro alheio tendo cometido exatamente a mesma coisa. Por exemplo: quem sonega imposto não pode comentar negativamente de outro que também sonega. Isso é uma negação do direito que um mentiroso contumaz tem de dizer a verdade. Ou de um assassino servir de testemunha de assassinato. Ou de um pai não poder disciplinar seu filho porque aprontou na infância.

    Fazer uma constatação, referir-se a um fato negativo, seria afeto apenas a quem não o cometeu? Evidente que não. Não há como abonar o erro de um porque o outro o cometeu também. Se passei pelo sinal vermelho com meu veículo posso reclamar que um outro condutor fez o mesmo e ocorreu um acidente. Ora, a lógica da frase seria de inocentar alguém que passou pelo sinal vermelho e bateu num outro que no passado fez o mesmo. Sendo que o atingido não poderia reclamar pelo dano porque não teria a moral para isso.

    No caso mais recente, da eleição a prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro não poderia pedir votos tendo  duas condenações por crime eleitoral, independente do Ficha Limpa. Não somente pediu, como recebeu. Isso demonstra a regra geral do senso comum de relativizar seus próprios princípios.

    De minha parte tenho como certo que apontar um erro não depende da vida de quem aponta, pois estaria manifestando um fato e o fato não muda por conta de quem o menciona. A Justiça não depende da moral dos juízes, mas dos preceitos legais.


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