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    HÁ 14 ANOS...

    Quando do credenciamento das cirurgias cardíacas pelo Hospital São João Batista, em 1998, acompanhei todas as negociações. Estava tudo muito bem encaminhado até que surgem as irmãs do São José. Reivindicaram o mesmo serviço. Os políticos capitaneados pelo deputado estadual à época, Clésio Salvaro, ficaram numa saia justa.

    O empenho que até aquele momento, numa reunião no auditório da Amrec, era pelo credenciamento, virou para um ajustamento. Agora tinham que flexibilizar, dar jeitinho, para que o HSJ mordesse sua fatia. Estava claro que não havia demanda para dois hospitais. Estava claro que não havia necessidade de credenciar os dois hospitais. Estava claro que a política, muito bem manuseada pelas irmãs (sempre vitimadas pelas dificuldades do SUS e movidas pelo amor), cederia.

    O São José, na época e ainda hoje, menos adequado que o São João, hasteava a bandeira de ser o único a manter-se pelo SUS. Dizia de si: "Nós não roemos a corda..." Ora, estava claro, como ainda está, que o HSJB tem estrutura para a complexidade das cirurgias. Por sua vez o HSJ além de tumultuar a construção do credenciamento, foi buscar mais dinheiro para ampliar suas instalações, pois não as possuía. Não tinha a menor condição de fazer as cirurgias, mas o olho por dinheiro cresceu.

    Enfim, agora estamos prestes a amargar o descredenciamento do São João porque tem que dividir os serviços com as religiosas. A decisão, há sete anos, foi política. E como tal, para manter a regra, não vislumbrou o que seria melhor para a população. O São José segue como um cortiço, de emenda em emenda, credenciando-se primeiro para depois morder o erário público em busca de estrutura.

    E o coração segue... batendo!

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