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    JULGUEM OS OUTROS!

    A persistência recorrente em não se julgar os outros é de uma burrice absurda. É uma negação da realidade que constrange seus propagadores, tal a mentira que dão a si mesmos ou tentam passar uma imagem como se fossem de uma moralidade muito elevada. Duas razões básicas: primeiro é impossível não julgar e, segundo, é absolutamente necessário julgar. Não há relação entre duas ou mais pessoas sem que haja julgamento. Recebemos pessoas no nosso círculo de amizades baseados no julgamento de que sejam boas, uteis aos nossos interesses ou por pura simpatia (um tipo de julgamento bastante subjetivo). O que deve ser discutido são os critérios desse julgamento.

    James Stewart interpreta o fotógrafo L.B. Jeffries, em "Janela Indiscreta", 1954
    Um dos conselhos mais comuns dos bons pais diz que a gente não deve se juntar com pessoas bagunceiras e que gostam de confusão. Ora, o que é isso senão o mais absoluto julgamento? Como chegar à conclusão que alguém é de bagunça sem observar a vida dela e o resultado que isso dá? Educar é ensinar a julgar.

    Temos que ter critérios, já que é impossível não deixar de julgar. Eis alguns que amealhei e que você pode julgar nos Comentários: não chegar a conclusões rapidamente, fazendo observações pelo maior espaço de tempo possível; tentar ver as situações pelo ângulo de quem julgamos; observar a pessoa em vários contextos; e, ouvir outros a respeito dela.

    É a falta de critérios que leva a algumas decepções. É bem claro no casamento. Depois a pessoa percebe que casou com ''outra'', diferente do namoro. O que houve aqui é a falta de observação ou a negação daquilo que estava vendo. Coisa da paixão.

    Não há mistérios. Não há o que esconder ou ficar com uma falsidade ridícula de que não se deve julgar. Aos cristãos devo lembrar seu mestre, quando teria dito em Mateus 7.2: "Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Simples, como você gostaria de ser julgado é a forma como deves julgar.

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