LEI E GRAÇA
Contradição é um negócio louco. Assim é essa questão da Lei e da Graça que se vê nos púlpitos cristãos por aí. É absurdo por si só, mas engolido como se fosse um manjar e recebe todo o tipo de justificativa sob as mais incríveis explicações: Deus institui uma Lei e depois diz que essa Lei não tem mais validade. Esse cadáver precisa ser dessecado tal sua influência.
Graça significa aquilo que é dado ou recebido independentemente do é feito. Difere da misericórdia que é fazer o bem, quando o outro fez por merecer punição. Ambos seriam necessidades humanas se levarmos em conta uma possível dívida para com Deus. Vale lembrar que este Ser é absoluto em si mesmo, não necessitando de culto, de servos ou de que paguemos alguma coisa. Tudo o que o homem fizer em relação a ele não há razão de ser a partir de Sua natureza. Contudo, dizem os teólogos e o senso comum religioso, precisamos Dele. Eis o porque da Graça e Misericórdia. Esse precisar dele existe justamente porque supõe-se uma relação de dependência e de justiça acima da humana. Ora, diante do fato de que outros vivem sem esse mesmo deus descarta-se de imediato a vida (bios) como sendo este fator. Vivemos sem deus, não precisamos dele porque sem ele continuamos vivos (bios), já que ateu também morre de velho e, em muitos casos, acaba por viver mais que crentes. Precisaríamos por causa da vida após a morte. Mas surge aí uma relação mais complexa porque só temos uma ideia sobre isso. Nada temos de concreto que o deus que nos levará pela vida após esta vida seja o cristão. É meramente uma especulação que leva à fé, mas esta pode ser colocada em qualquer objeto. Por isso a enorme variedade de deuses. O fato é: não temos quaisquer garantias do que seja a verdade sobre o além.
Mesmo que Deus tenha mudado de ideia (bestial aceitar essa possibilidade), ou estratégia, é bom verificar que o cristão só será cristão se caminhar dentro de algumas diretrizes, cumprir determinações, agir conforme escrito. Dizer que tem em Jesus seu Salvador e não cumprir com o que o Novo Testamento diz é plenamente aceito entre nós ao mesmo tempo que temos textos e mais textos que dizem para o crente fazer isso e aquilo, agir desta e daquela forma. O que é isso senão uma Lei com o nome de Graça? Encerrar-se-ia a discussão nisso.
O cristão é identificado nominalmente em nossa sociedade, não pelo modo de vida. Tal é o cristianismo no Brasil que pouco ou nada temos de diferente entre nós, exceto pelo excessos (crimes, drogas etc). Esse fato também deve ser analisado. Rituais, ir nesse ou naquele templo, vestir-se dessa u daquela forma não faz parte dos princípios elementares dessa fé.
Há quem diga que naturalmente o convertido ao cristianismo andará na luz de Jesus e seus evangelhos. Caso fosse assim não haveria necessidade de domingo após domingo um sermão ser proferido, chamando o povo a andar nos caminhos do Senhor. Além disso, sequer seria necessário estudar a Bíblia. Estuda-mo-la para conhece-la e assim saber o que fazer, como se isso fosse possível tal a dificuldade a que ela remete. Ora, esse conhecimento é intelectual, na nossa mente, com a capacidade que cada um tem de lidar com textos. Por isso se vê gente aos montes sem a menor condição de falar uma palavra em relação à sua própria fé, já que não passa de um analfabeto funcional. Não fosse assim que razão haveria para o texto ser explicado ininterruptamente há séculos? É básico atentar para o texto.
Afinal, estariam os cristãos sob a Graça ou sob a Lei? Nem eles sabem porque falam da graça e na mesma frase impõe uma série de leis. Em uma única reunião, em qualquer igreja, o que você mais verá serão leis e mais leis a serem cumpridas. É assim que a Bíblia se formou e é assim que ela subsiste. Cumprir a Lei é a única forma de identificar quem é e quem não é cristão, ou em que artigos incorre em erro.
Diriam outros que a Graça é necessária porque nenhum de nós conseguiria cumprir com toda a Lei, nem com o que dizem os evangelhos. Sim, com certeza. Mas que Deus é esse que loca uma regra que sabe não será cumprida? Sob todos os aspectos que tive acesso a única coisa que sustenta tudo isso é a aceitação pela fé por mais que não faça o menor sentido. Isso e nada é a mesma coisa, pois como saber que estou crendo na coisa certa se não a entendo ou se é impossível cumpri-la?
O óbvio não é aceito e as igrejas barulhentas se enchem num frenesi de emoções.
Graça significa aquilo que é dado ou recebido independentemente do é feito. Difere da misericórdia que é fazer o bem, quando o outro fez por merecer punição. Ambos seriam necessidades humanas se levarmos em conta uma possível dívida para com Deus. Vale lembrar que este Ser é absoluto em si mesmo, não necessitando de culto, de servos ou de que paguemos alguma coisa. Tudo o que o homem fizer em relação a ele não há razão de ser a partir de Sua natureza. Contudo, dizem os teólogos e o senso comum religioso, precisamos Dele. Eis o porque da Graça e Misericórdia. Esse precisar dele existe justamente porque supõe-se uma relação de dependência e de justiça acima da humana. Ora, diante do fato de que outros vivem sem esse mesmo deus descarta-se de imediato a vida (bios) como sendo este fator. Vivemos sem deus, não precisamos dele porque sem ele continuamos vivos (bios), já que ateu também morre de velho e, em muitos casos, acaba por viver mais que crentes. Precisaríamos por causa da vida após a morte. Mas surge aí uma relação mais complexa porque só temos uma ideia sobre isso. Nada temos de concreto que o deus que nos levará pela vida após esta vida seja o cristão. É meramente uma especulação que leva à fé, mas esta pode ser colocada em qualquer objeto. Por isso a enorme variedade de deuses. O fato é: não temos quaisquer garantias do que seja a verdade sobre o além.
Mesmo que Deus tenha mudado de ideia (bestial aceitar essa possibilidade), ou estratégia, é bom verificar que o cristão só será cristão se caminhar dentro de algumas diretrizes, cumprir determinações, agir conforme escrito. Dizer que tem em Jesus seu Salvador e não cumprir com o que o Novo Testamento diz é plenamente aceito entre nós ao mesmo tempo que temos textos e mais textos que dizem para o crente fazer isso e aquilo, agir desta e daquela forma. O que é isso senão uma Lei com o nome de Graça? Encerrar-se-ia a discussão nisso.
O cristão é identificado nominalmente em nossa sociedade, não pelo modo de vida. Tal é o cristianismo no Brasil que pouco ou nada temos de diferente entre nós, exceto pelo excessos (crimes, drogas etc). Esse fato também deve ser analisado. Rituais, ir nesse ou naquele templo, vestir-se dessa u daquela forma não faz parte dos princípios elementares dessa fé.
Há quem diga que naturalmente o convertido ao cristianismo andará na luz de Jesus e seus evangelhos. Caso fosse assim não haveria necessidade de domingo após domingo um sermão ser proferido, chamando o povo a andar nos caminhos do Senhor. Além disso, sequer seria necessário estudar a Bíblia. Estuda-mo-la para conhece-la e assim saber o que fazer, como se isso fosse possível tal a dificuldade a que ela remete. Ora, esse conhecimento é intelectual, na nossa mente, com a capacidade que cada um tem de lidar com textos. Por isso se vê gente aos montes sem a menor condição de falar uma palavra em relação à sua própria fé, já que não passa de um analfabeto funcional. Não fosse assim que razão haveria para o texto ser explicado ininterruptamente há séculos? É básico atentar para o texto.
Afinal, estariam os cristãos sob a Graça ou sob a Lei? Nem eles sabem porque falam da graça e na mesma frase impõe uma série de leis. Em uma única reunião, em qualquer igreja, o que você mais verá serão leis e mais leis a serem cumpridas. É assim que a Bíblia se formou e é assim que ela subsiste. Cumprir a Lei é a única forma de identificar quem é e quem não é cristão, ou em que artigos incorre em erro.
Diriam outros que a Graça é necessária porque nenhum de nós conseguiria cumprir com toda a Lei, nem com o que dizem os evangelhos. Sim, com certeza. Mas que Deus é esse que loca uma regra que sabe não será cumprida? Sob todos os aspectos que tive acesso a única coisa que sustenta tudo isso é a aceitação pela fé por mais que não faça o menor sentido. Isso e nada é a mesma coisa, pois como saber que estou crendo na coisa certa se não a entendo ou se é impossível cumpri-la?
O óbvio não é aceito e as igrejas barulhentas se enchem num frenesi de emoções.
Para uma pessoa que se declara ateu você fala demais do Cristianismo.
ResponderExcluirParece-me que ele está incrustado no seu íntimo, essas expressões de raiva misturadas com decepção de ter ao longo da vida encontrado uma religião de regras e legalismo. No fundo você está gritando: Deus! Prova-me que tu existe, faça alguma coisa para que eu acredite!
Com certeza você não teve um encontro com o verdadeiro cristianismo. Conheceu sim, a religião; e esta sempre vai decepcionar o homem.
Na realidade, não existe verdadeiro Cristianismo, pois, o Cristianismo é uma anomalia das doutrinas elementares de Cristo. O cristianismo surgiu como religião através de Constantino... Deus nunca estabeleceu sua ligação com o homem através de uma religião (Lc.17.20, etc.), mas, sempre através de um relacionamento (Sl.25.14, etc.). Os que seguem a Deus dentro de uma religião nunca o conhecerão de fato (Is.28.1.13; 29.10-13);
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirA essência da vinda de Jesus é justamente estabelecer uma religião na acepção da palavra (religare, do latin). Cleideana, o uso incorreto da palavra 'religião' gera conceitos equivocados como o que acabaste de expor. Contudo, estabelecer uma ligação com o homem através de uma religião, mesmo no conceito recorrente, é exatamente o que ocorre com a própria existência da Bíblia, haja vista que se houvesse uma ligação direta entre Deus e os homens não haveria texto ou grupo algum, nem mesmo um Jesus, pois diria a todos a mesma coisa em todos os tempos e lugares. Coisa que jamais ocorreu. Eis porque não há nenhuma opção válida que nos ligue a Ele, muito menos Jesus ou Bíblia.
ExcluirSalve
ResponderExcluirMais um bom texto. Como já vimos anteriormente romper com as crenças envolve muita coragem. Aceitar que se esteve errado toda a vida demanda um desprendimento muito grande, e o fator cultural/familiar não nos permite evoluir tão longe; mesmo porque parece ser mais fácil acreditar e jamais questionar. Neste caso de religião parece tão mais fácil acreditar num Deus improvável que acreditar nas coisas mais evidentes.