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    VOCÊ PERTENCE A UMA CLASSE SOCIAL?

    Qual a classe social a que você pertence? Pode desistir. Não dá para saber. Segundo a sociologia, que luta desesperadamente para criar algum modelo que possa abarcar tal definição, para estar numa classe é preciso preencher alguns requisitos, tais como: pertencer a um tipo de produção, estar num tipo de produção; ter uma ideologia (pensamento com forma e conteúdo definido); projeto de poder; e, por fim, ter experiência nessa mesma classe que se sente pertencer. A complexidade disso está demonstrada de forma amadora, sem a linguagem técnica dos estudiosos que você lê AQUI.

    O caso é que fomos condicionados a pensar linearmente, do ponto de vista financeiro, de renda. A única mudança, a partir dos senso demográficos de FHC, é que de renda pessoal passaram a tratar de renda familiar. Ora, é muito pouco para entendermos, caso fosse possível, a que classe pertencemos. Além disso, seria isso necessário? Muda em que ter essa clareza? Pouco ou nada além da academia, haja vista a mediocridade do nosso conhecimento, do patamar intelectual em que vivemos. Nosso povo não sabe, via de regra, usar um extintor de incêndio ou se comportar diante de uma ação da natureza. Não sabe e não quer saber. Exigir mais que isso seria um estupro mental.

    Muito bem, em sendo assim nos vemos diante do não pertencimento a coisa alguma de nada. Mas vou ousar discorrer sobre isso. E, assim, eu mesmo aprender alguma coisa.

    Quando temos uma atividade profissional temos relações com esta em vários níveis: conhecimento técnico, interatividade com os demais que atuam, relação com as necessidades para exercê-la e as demandas como categoria, além dos desafios com o futuro reserva.

    Quando temos uma determinada renda nossa capacidade de consumo nos colocará em contato com pessoas da mesma condição. Desejos possíveis dessa capacidade de consumo serão alimentados e as suas limitações igualmente divididas. Nossos filhos poderão estar em meios que lhes proporcionarão determinadas experiências de grupo. A manutenção do nível de renda traz consigo novos conhecimentos, ou pelo impõe que novos conhecimentos sejam buscados. O fato de queremos a manutenção do status quo que atingimos nos faz agir em grupo. E por agir em grupo a formação de uma classe é natural, ainda mais numa sociedade que gera mecanismos de controle como no caso da Ordem dos Advogados do Brasil, onde os profissionais, a despeito de sua vontade, estão inseridos num grupo que tem, inclusive, eleições. Da mesma forma quem tem uma empresa agirá conforme os interesses de seu seguimento e pelo crescimento do seu empreendimento terá que trabalhar cooperado com outros tantos seguimentos, como a condição dos seus fornecedores em proporcionar o que seus clientes querem.

    Esses são alguns detalhes que nos colocam em vários níveis de relacionamentos, com as mais diversas pessoas (social). Alguns desses relacionamentos estão acima de nossas escolhas por serem imposição do meio em que vivemos. A complexidade é tal que não é possível determinar a que classe pertencemos, exceto se observarmos apenas um dos aspectos: o da renda, ou do gênero, ou da idade. Mas mesmo isso nos remete às muitas variáveis de classes. O fato é que, de uma forma ou de outra, estamos sempre diante da necessidade do pertencimento a um grupo. Não escapamos disso. É da natureza da nossa espécie. Somos, na base de nossa existência, tribais.

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