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    POSSÍVEIS ORIGENS DAS DESIGUALDADES SOCIAIS (1)

    Quem não conhece a origem ou processo de um problema jamais chegará na sua solução. No caso específico das desigualdades sociais, ou níveis de ocupação pessoal na escala social, ou seja lá o nome que queiram dar, o que se vê é muito palpite, poucas opiniões e menos ainda o entendimento claro do que é possível fazer.

    Não cabe a mim apontar as soluções como se fosse capaz. Não sou porque tenho como certo que não há solução. Porém, neste texto tento, de forma simples e até superficial, apontar para as possíveis origens das desigualdades sociais que, nos discursos permeados de ira e burrice, aparece o tal do capitalismo selvagem como pai. Somente a desinformação e até a mais absoluta safadeza podem pensar dessa forma. Vejamos então a que ponto podemos chegar no tempo e espaço.

    Ao retroagirmos no tempo, simplificando as nossas relações para antes da energia elétrica, antes da imprensa, antes da ideia de república, das primeiras noções de política, para antes da escrita... enfim, chegaremos ao tempo em que éramos pequenos grupos em deslocamentos atrás de comida. Está claro que as primeiras organizações sociais, portanto as primeiras vilas, estão no tempo dos Sumérios, há cerca de 6.000 anos, onde hoje temos o Iraque e Kuwait. Ali iniciou-se, por conta dos primeiros ajuntamentos humanos, o fim do nomadismo, a necessidade de registros e por conseguinte a escrita. Em algumas descobertas recentes arqueólogos apontam para o Egito também, Mas nada que seja anterior a esta época. Tampouco podemos ter datas exatas, ou quem seja de fato o primeiro.

    O comércio, na forma de escambo, é mais antigo. A moeda era o produto produzido além da necessidade do grupo, em geral familiar, patriarcal. Animais, peles, utensílios de barro, algum produto agrícola faziam a vida numa época impossível para quem vive hoje. Podemos imaginar que esses povos, as diversas famílias que afluíam para junto das maiores, geraram cada vez mais a necessidade de alimentos, já que boa parte do grupo ficava circunscrita à vila, também pela segurança.

    Aquela região, entre os rios Tigre e Eufrates, vivia de ciclos naturais de chuva e seca. As inundações faziam o calendário com o degelo das montanhas da Armênia (hoje). Assim, havia meses de fartura e meses de penúria. A liderança do grupo tinha que tomar alguma ação para melhorar a condição do grupo que tendia a permanecer num local e esquecer de vez a vida nômade. Apesar que os grupos nômades não desapareceram ainda hoje, muito menos naquele tempo. As vilas constituídas, e passando por elas, para todo o tipo de negócio, os povos da região. Desde a Índia ao Norte da África, dos Bálcãs aos povos do mar Adriático, dos montes Urais ao Golfo Pérsico. Nesse contexto temos a palestina como o grande corredor. Assim formava o mais antigo circuito comercial de que se tem registro, tendo como centro o que viria a se tornar o Império Babilônico, com seu Crescente Fértil, a Pérsia e as tantas ocupações que vieram e que não serão alvo desse arrazoado.

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