NÃO ENTENDO O POVO BRASILEIRO
Há algumas ideias que rondam nossas mentes e que a gente nem sempre sabe decifrar. Uma delas era de uma tentativa de entender a mente do nosso povo, o povo brasileiro. Ora sentia sabedoria, ora estupidez, ora isso, ora aquilo. O fato é que não chegava a um consenso, algo que me satisfizesse além de achar, na maioria das vezes, que é um povo medíocre, sem, necessariamente, ser maldoso. Mais para um bobo alegre, que adora pão e circo.
Creio firmemente que o homem é fruto do meio. Todos os mecanismos de sobrevivência nos fazem captar o ambiente para dele obter o máximo de proveito e sobreviver a esse mesmo meio. Nossa fala, habilidades, capacidade de aprendizagem, enfim somos aptos a sermos do meio. Um porco é sujo se criado na lama, mas limpo se criado na limpeza. Mas o gato? Deixa o gato prá lá senão meus argumentos ficam fracos. Somos fruto do meio e pronto.
Criados em meio a um povo tolo, que se autolimita, que não sabe ser alegre fora da festa ou da igreja, que só melhora um pouco seu comportamento quando a Lei está novinha, como ser diferente? Somos fruto desse meio. Com as raras exceções de sempre.
Minha ansiedade se dá porque sou fruto desse meio. Mergulhado na ignorância comecei a ver um pouco mais além da nossa sociedade burra e eis que a angústia só aumentou. Minhas suspeitas estavam se tornando certezas com as palestras do professor Olavo de Carvalho em dezenas de vídeos que acompanhei pelo YouTube. É sim, há além de acidentes, artistas e situações engraçadas no YouTube.
Além disso li um artigo de Diogo Mainardi que me trouxe um pouco de luz: “Quem compreende a mente e o comportamento dos brasileiros é Valdemar Costa Neto. Quem compreende a mente e o comportamento dos brasileiros é a Mulher Melancia. Quem compreende a mente e o comportamento dos brasileiros é Chico Buarque. Eles sabem o que os brasileiros querem. Eu só sei o que os brasileiros repelem. Eles repelem Antonello da Messina e Memling. Eles repelem Pitágoras e Empédocles”. Pois é, agora “caiu a ficha” do porque não tenho qualquer condição de entender o povo brasileiro. Porque não faço parte do grupo mencionado pelo Diogo.
O ruim, aterrador, permanece. Mainardi disse o que repelem, mas o quê os brasileiros precisam? Educação? Não, pois quem quer tem, busca.
Puxa, eis que voltam as dúvidas! Só não se duvida da paixão pelo futebol (circo)!!!
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