MISERICÓRDIA NÃO É JUSTIÇA
Deus é justo? Deus é misericordioso? Há alguma diferença entre ser um e outro ou é possível ser os dois ao mesmo tempo? Vale a pena discutir isso? Vale!
Não encaro o ato de crer (fé) como algo distante da razão. Além de ser nosso único caminho, a razão é nossa grande dádiva. A profusão de caminhos de fé está no abandono da razoabilidade e na necessidade de experiências que fogem ao pensamento objetivo para que não seja preciso pensar.
Sem receio algum entendo que podemos e devemos discutir todo e qualquer assunto que diga respeito à divindade, seja ela qual for. Essa possibilidade me faz pensar se Deus pode ser justo e misericordioso ao mesmo tempo. Bem o senso comum diz que Ele é justo e misericordioso.
Misericórdia é a retribuição contrária aos atos maus. Ou seja, o sujeito mata e nem vai preso porque recebeu esse “presente”. Já a justiça se faz na justa recompensa, seja pelos atos bons, seja pelos atos maus. A justiça divina, em tese, seria a justa retribuição por qualquer ação humana. A dúvida reside em que tempo isso se daria. Além disso, é possível pensar que, em sendo essa justiça atuante em tempo real, imediatamente à agressão, não teríamos a menor necessidade de o homem resolver seus embates. Ou seja, matou, morreu. Ninguém, em momento algum, cometeria o mesmo crime duas vezes. Como isso está muitíssimo longe do que se vê na vida, suponho que a justiça divina atue noutra esfera, doutra forma, num tempo que, honestamente, é um prato cheio para criminosos.
A misericórdia, por sua vez, faz mais sentido. Deus não imputa nossa maldade, mas nós queremos nossa restituição na proporção e medida exatas pelo que fazemos de bom. A misericórdia de Deus, em existindo, tampouco é eterna, pois o caos se instalaria.
Por outro lado, ao usarmos dos nossos sistemas jurídicos estaríamos passando por cima da justiça divina? Com certeza. Se deus não mata imediatamente o que cometeu homicídio é porque esse é seu desejo. Ou se Ele não faz estragar o carro de quem acaba de estourar um caixa eletrônico é porque quer que o cara fuja.
Mais complexo é encaixar essa forma de atuação quando há países que não tem pena de morte contra os que têm. Essa discrepância anula totalmente a possibilidade de Deus se manifestar pela justiça humana, porque ela é extremamente diversa. Caso quisesse fazer sua justiça através da nossa parece óbvio que haveria uniformidade na legislação terrena e uniformidade no acesso a essa justiça. Então, sem querer ser taxativo, mas querendo ser, para que serve a misericórdia divina? Até a gora para nada.
Após nossa passagem pela Terra a justiça de Deus se manifestaria. Isso contraria toda e qualquer atuação dele neste nosso momento terreno. Sim, ou ele atua aqui ou atua lá. Complicado seria encaixar a atuação de deus ora aqui, ora acolá.
Seria capaz de ser justo em alguns momentos, para com algumas pessoas e não para outras? Pode ser. Ora, essa possibilidade seria a admissão da sua atuação, não por um conceito de justiça, mas por um conceito de interesses difusos – sua justiça dependeria de fatores que somente ele é capaz de entender e nos impede de, sequer, dizer que ele é justo tal a nossa ignorância sobre ele e seus interesses em cada caso.
Um Deus atuando com critérios de justiça circunstanciais não combinaria com a noção que formamos: um Deus Justo. Esse ser justo não dependeria de nossa fé nele, ou de expressões de culto. Ele atuaria pelo simples fato de alguém ser vítima de outrem. Caso ele atuasse conforme nossa fé nele seria como um negócio em que se recebe o que se compra. Você crê, você recebe a justiça dele – Você não crê, está dependente da justiça do seu país e se for atrás de utilizá-la, com toda a burocracia pertinente. A fé não poderia ser o critério e nisso eu não tenho a menor dúvida, ou Deus é sectário.
Pior dos piores é explicarem tudo pelo respeito dEle ao live arbítrio. Que coisa nojenta! Um Deus que respeita o livre arbítrio de criminosos não compactua com nossa vontade de justiça. Tampouco, respeita a vontade da vítima em não ser vítima. Enfim, um Deus inútil em nossa vida terrena.
Afinal, há ou não justiça divina? Não sei. E não saber é tão triste quanto dizer que não há. Uma coisa podemos arrazoar: nenhuma religião tem resposta à esta questão e, portanto, não são dignas de serem seguidas.
Não encaro o ato de crer (fé) como algo distante da razão. Além de ser nosso único caminho, a razão é nossa grande dádiva. A profusão de caminhos de fé está no abandono da razoabilidade e na necessidade de experiências que fogem ao pensamento objetivo para que não seja preciso pensar.
Sem receio algum entendo que podemos e devemos discutir todo e qualquer assunto que diga respeito à divindade, seja ela qual for. Essa possibilidade me faz pensar se Deus pode ser justo e misericordioso ao mesmo tempo. Bem o senso comum diz que Ele é justo e misericordioso.
Misericórdia é a retribuição contrária aos atos maus. Ou seja, o sujeito mata e nem vai preso porque recebeu esse “presente”. Já a justiça se faz na justa recompensa, seja pelos atos bons, seja pelos atos maus. A justiça divina, em tese, seria a justa retribuição por qualquer ação humana. A dúvida reside em que tempo isso se daria. Além disso, é possível pensar que, em sendo essa justiça atuante em tempo real, imediatamente à agressão, não teríamos a menor necessidade de o homem resolver seus embates. Ou seja, matou, morreu. Ninguém, em momento algum, cometeria o mesmo crime duas vezes. Como isso está muitíssimo longe do que se vê na vida, suponho que a justiça divina atue noutra esfera, doutra forma, num tempo que, honestamente, é um prato cheio para criminosos.
A misericórdia, por sua vez, faz mais sentido. Deus não imputa nossa maldade, mas nós queremos nossa restituição na proporção e medida exatas pelo que fazemos de bom. A misericórdia de Deus, em existindo, tampouco é eterna, pois o caos se instalaria.
Por outro lado, ao usarmos dos nossos sistemas jurídicos estaríamos passando por cima da justiça divina? Com certeza. Se deus não mata imediatamente o que cometeu homicídio é porque esse é seu desejo. Ou se Ele não faz estragar o carro de quem acaba de estourar um caixa eletrônico é porque quer que o cara fuja.
Mais complexo é encaixar essa forma de atuação quando há países que não tem pena de morte contra os que têm. Essa discrepância anula totalmente a possibilidade de Deus se manifestar pela justiça humana, porque ela é extremamente diversa. Caso quisesse fazer sua justiça através da nossa parece óbvio que haveria uniformidade na legislação terrena e uniformidade no acesso a essa justiça. Então, sem querer ser taxativo, mas querendo ser, para que serve a misericórdia divina? Até a gora para nada.
Após nossa passagem pela Terra a justiça de Deus se manifestaria. Isso contraria toda e qualquer atuação dele neste nosso momento terreno. Sim, ou ele atua aqui ou atua lá. Complicado seria encaixar a atuação de deus ora aqui, ora acolá.
Seria capaz de ser justo em alguns momentos, para com algumas pessoas e não para outras? Pode ser. Ora, essa possibilidade seria a admissão da sua atuação, não por um conceito de justiça, mas por um conceito de interesses difusos – sua justiça dependeria de fatores que somente ele é capaz de entender e nos impede de, sequer, dizer que ele é justo tal a nossa ignorância sobre ele e seus interesses em cada caso.
Um Deus atuando com critérios de justiça circunstanciais não combinaria com a noção que formamos: um Deus Justo. Esse ser justo não dependeria de nossa fé nele, ou de expressões de culto. Ele atuaria pelo simples fato de alguém ser vítima de outrem. Caso ele atuasse conforme nossa fé nele seria como um negócio em que se recebe o que se compra. Você crê, você recebe a justiça dele – Você não crê, está dependente da justiça do seu país e se for atrás de utilizá-la, com toda a burocracia pertinente. A fé não poderia ser o critério e nisso eu não tenho a menor dúvida, ou Deus é sectário.
Pior dos piores é explicarem tudo pelo respeito dEle ao live arbítrio. Que coisa nojenta! Um Deus que respeita o livre arbítrio de criminosos não compactua com nossa vontade de justiça. Tampouco, respeita a vontade da vítima em não ser vítima. Enfim, um Deus inútil em nossa vida terrena.
Afinal, há ou não justiça divina? Não sei. E não saber é tão triste quanto dizer que não há. Uma coisa podemos arrazoar: nenhuma religião tem resposta à esta questão e, portanto, não são dignas de serem seguidas.
Caro colega é de grande valia sua observação, porém peço licença para opinar sobre tal assunto.
ResponderExcluirEm relação a esse assunto creio que sua manifestação vem a mencionar o Deus citado no cristianismo (bíblia sagrada).
Em meus estudos, lhe informo que referente citação de que Deus é misericordioso e justo para os convertidos ao cristianismo quando é mencionada a misericórdia de Deus, refere-se aos próprios convertidos se voltam contra Deus e logo após se arrependem. Assim, retornam a seguir a suas normas e diretrizes do Deus cristão como cita a bíblia (Miquéias 7;19).
Do mesmo modo noto em minhas pesquisas que a justiça de Deus será feita quando acontecer à volta de Jesus o cristo onde os que seguem por linha reta o que manda seu livro sagrado (bíblia) subirão aos céus, e nesse dia não haverá mais tempo de se arrepender, ou seja, neste momento será feita a justiça de Deus.
Informo aqui este assunto é ótimo, pois tem a possibilidade de dissertar longos textos sobre tal assunto.
Em conclusão de minha pesquisa lhe informo tudo que ocorre no mundo em que vivemos só pode ser feita a justiça do homem, se Deus influenciar em algo tara tirando nosso livre arbítrio, engana-se aquele que está preso segundo nosso código penal se enquadrando no artigo 121, que Deus pode livrá-lo do cárcere. Como é citado em Romanos 10;3. Deixo meu registro que quando falamos do Deus cristão temos que citar a bíblia devido o fato de ela ser o livro que rege os cristãos. Pois sem a mesma usaremos de discrepância de falar de cristianismo.
Agradeço o espaço cedido
Parabens pelo excelente blog, meu amigo! È sem dúvida muito bom, ter alguem como amigo, que usa a massa cinzenta, para alem da mediocridade!
ResponderExcluirSucesso!