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    O CASAMENTO

    Entenda que o casamento, esse que chamamos de tradicional, foi concebido sob temperatura e pressão diferentes das que vivemos hoje. O contexto era tão estranho aos nossos dias que fazer qualquer relação torna-se um ato de estupidez.

    A questão é se com um mundo totalmente diferente temos que admitir que essa união de homens e mulheres seja vista como a ideal, necessária ou única opção. Mesmo que a religião imponha que o casamento é instituição divina o próprio ato de aceitar um Deus criado num mundo como o de milhares de anos, seja razoável. Nenhum dos deuses conhecidos combinam com o mundo em que vivemos. São TODOS anacrônicos, exigindo insanidades.


    Na hora que a tradição atropela e a liberdade propicia alternativas vemos que é o casamento, o tradicional, que sucumbe. A liberdade de escolha, que não ameaça a sobrevivência, não quer esse modelo. Paralelamente, os defensores dele apontam para a destruição da sociedade se não o mantiverem. Isso é óbvio. Afinal, se destruo a base o edifício cai. A resposta que não é possível obter nesse momento é se isso é, de fato, ruim. Não temos referências históricas para analisar. Não temos experiências para comparar.

    Não estou a defender nada neste texto. Apenas vejo que, se o casamento fosse a maravilha que os religiosos dizem, não haveria tantos pastores conselheiros matrimoniais, e nem problemas conjugais terríveis. Desejaríamos ardentemente o casamento por vermos que a vida de um casado é muito melhor. E é? Não é. As reclamações superam, em muito, os elogios. Não preciso defender a saúde porque ela é boa em si mesma.

    Há ainda as diferenças biológicas. Homens e mulheres são incompatíveis! Alguma dúvida?

    Além disso, homossexuais querendo o casamento soa ainda mais grotesco. Chegam a fazer cerimônias com vestimentas tradicionais, onde um está com vestido de noiva branco etc. Faltam-me palavras para descrever tal bestialidade.

    Outro detalhe importante são as crianças. Não há dúvidas que a presença masculina na vida de uma criança a faz melhor. Mas qual presença? Como a qualificamos? Ora, um homem morar junto de seu filho não garante "presença". Notem casos de homens, cujos trabalhos os fazem passar muito tempo fora de casa, tais como caminhoneiros, por exemplo. Significa que seus filhos serão rigorosamente problemáticos? Não vemos filhos de políticos que mal passam um domingo à tarde dentro de casa e, assim mesmo, estão bem com os seus. Da mesma forma um "paizão" corre o risco de ter um animal, ao invés de um ser humano, a carregar sua herança.

    Para mim estamos numa transição e os resultados são totalmente desconhecidos. Contudo, se você entende que o casamento tradicional é o caminho, que sigas. Se achas que não precisamos dele, que sigas. O que, definitivamente, não posso entender como sadio é a imposição de vontades. Ainda mais travestidas de divinas vindo de religiões que permitem (ou permitiram) poligamia contra a vontade da mulher. E neste sentido não sobra uma sequer.

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