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    VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

    Por que o sofrimento do homem é mitigado e, inclusive, motivo de chacota?

    É comum relatos em rodas de conversas sobre homens apanhando de mulheres e não reagindo porque nossa cultura engendrou que "homem não bate em mulher". Evidente que os bons homens assimilaram isso, porque os descontrolados sabemos muito bem o que fazem. E mais recentemente a Lei Maria da Penha meteu medo. Ao menos supõe-se.

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    No Google imagens de agressão às mulheres sobejam, ao contrário dos homens
    Por outro lado, poucos homens ousam registrar a agressão sofrida. Apesar disso, começam a surgir pesquisas na área e a revelação é óbvia: cerca da metade das agressões domésticas é delas contra eles. Ao menos é o que aponta o estudo feito pela psicóloga e mestranda, autora do livro "Homens, mulheres e violência", Simone Alvim. A autora traz à tona algo sistematicamente ignorado: a violência doméstica praticada por mulheres e como as feministas se omitem sobre este assunto. Também elas "ignoram" a violência entre lésbicas. 

    Com mais tempo de estrada que Simone, a trabalhadora social inglesa, Erin Pizzey, afirma que homens e mulheres se agridem na mesma proporção. Coisa absurda de se pensar diante da massificação de que homens são os agressores, as mulheres são as vítimas e ponto final. (Você pode assistir uma das palestras de Erin AQUI)

    Faz alguns anos perguntei para um dos advogados mais experientes de Criciúma se a pressão/agressão psicológica que mulheres exercem contra seus parceiros contava numa separação litigiosa. Ele disse que não. Ou seja, o que vale é o tapa, o soco, o pontapé que homens desferem. Os arranhões, mordidas, beliscões e objetivos jogados pelas mulheres são solenemente esquecidos. Nem se cogita que a agressão possa ser reação à loucura feminina dentro de casa.

    Segundo o Mapa da Violência no Brasil, de 1980 até 2012, foram assassinados em casa 1.718 mulheres e 6.708 homens. Mesmo que entendamos que muitos assassinatos tenham sido cometidos fora de casa não parece razoável supor que superem a proporção. Além disso, temos os casos de maridos mortos por encomenda.

    Verifico da mesma forma que os próprios homens dificultam o desabafo do gênero, pois é vergonhoso que outros saibam que apanhou da mulher. O homem que apanha de mulher é menos homem. Neste sentido chamei a atenção de amigos que postam vídeos de homens apanhando de mulher e fazem piadas. Ou seja, o sofrimento do homem é mesmo desprezado por ambos os gêneros.

    Por outro lado há muito maior apoio e campanhas midiáticas diante da violência contra a mulher. Mesmo que 91% dos assassinatos no Brasil sejam de homens temos a Lei do Feminicídio. Resta dizer, assim, que a vida do homem tem menor valor que a da mulher e, por mais que os dados apontem num certo equilíbrio de vítimas, o assunto da violência doméstica gira em torno da mulher como se não pudesse ser agente no processo.

    Não me espantaria se alguma imbecil levantasse a bandeira do aborto só de fetos masculinos...

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