TRÂNSITO - A SAÍDA FORA DELE
Diante das enormes dificuldades de locomoção nas cidades, principalmente as acima de 200 mil habitantes, os engenheiros e urbanistas têm se debruçado sobre estudos para tentar amenizar os impactos dos automóveis, motos, ônibus e caminhões. Com relação ao trabalho desses profissionais não posso inferir. Eles estudam para isso, eu não. Contudo, também penso sobre o assunto e imagino que quanto mais soluções houver, mais carros estarão nas ruas.
Antes faço um registro: não tenho carro, somente moto e uso Uber ou ônibus quando usar a moto não seja possível. Além disso, sou ciclista e vou pedalando para a universidade (Unesc), que fica a pouco mais de 12 quilômetros de minha casa. Estou tão adaptado que dirigir um carro tornou-se um tanto desconfortável.
Os profissionais citados vivem num legítimo "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" tal a conta que jamais fechará. Enxugam gelo! A coisa chegou ao ponto de grandes cidades como Londres e Paris terem tachado usar carro em suas áreas centrais. No Brasil isso seria privilegiamento dos ricos em detrimento dos pobres no discurso ideológico. Na prática é forçar o uso do modais coletivos (trem, metro e ônibus). O máximo que vemos por aqui são os Rotativos tão criticados por alguns.
O Sistema de ônibus de Criciúma foi um avanço, mas insuficiente - Foto: Lucas Colombo (A Tribuna)
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Mas vou para um outro aspecto dessa trama. Uma das alternativas que imagino é ampliar o trabalho doméstico como algumas empresas já fazem. Funcionários trabalham em casa, cumprem horário, recebem treinamento e estrutura. Assim, ganham tempo e tranquilidade, descansando mais na segurança do lar. Eu trabalho em casa e quando tenho que ir ao centro procuro os horários intermediários aos de pico. Para tanto o governo federal flexibilizou as leis trabalhistas.
Uma reorganização das escolas é outro aspecto. As mais procuradas para o ensino médio público em Criciúma estão mal distribuídas forçando o uso do transporte coletivo. Além disso, é um péssimo hábito adolescentes usarem ônibus para percorrerem um ou dois quilômetros, os quais podem ser feitos tranquilamente a pé.
Outra alternativa seria facilitar a ampliação de comércio nos bairros. Minha esposa, desde meados do ano passado, trabalha no bairro onde moramos. Tudo ficou melhor, pois almoçamos juntos e reduzimos os custos de transporte e alimentação fora de casa. Além do descanso ganhar em qualidade.
Outra alternativa seria facilitar a ampliação de comércio nos bairros. Minha esposa, desde meados do ano passado, trabalha no bairro onde moramos. Tudo ficou melhor, pois almoçamos juntos e reduzimos os custos de transporte e alimentação fora de casa. Além do descanso ganhar em qualidade.
Nesse sentido o poder público pode e deve empenhar-se na urbanização de espaços em bairros para atrair e ampliar o comércio. O investimento não é proibitivo. Uma rua asfaltada, com calçadas bem feitas pode gerar o ânimo necessário. Todos os bairros naturalmente concentram comércio em uma ou duas ruas. Não há necessidade de estudos profundos de demanda. O próprio povo, espontaneamente, dará o caminho. Os exemplos são fáceis de serem verificados em Criciúma: as avenidas Luis Rosso (Quarta Linha), Dos Italianos (São Francisco), Assembleia de Deus (Cidade Mineira), Dos Imigrantes (Rio Maina), Universitária (Santa Lusia/São Defende), Osvaldo Pinto da Veiga (Próspera), Santos Dumont (São Luiz) estão consolidadas como destino local de compras. Neste sentido o único prefeito que realmente investiu foi Anderlei Antonelli ao reformar e urbanizar a avenida Universitária em 2007.
São sugestões de relativo impacto que se somariam a outras. Não vejo solução definitiva, mas vejo mitigações. E tais mitigações devem ser abordadas sob vários aspectos. Que a discussão siga!!!
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