"O QUE" GANHA EM OUTUBRO?
Qual é ou qual foi o discurso do PT? Igualdade? Justiça social? Valorização das minorias?
Vamos aos fatos. Lula e seu PT chegaram ao poder por mera identificação do eleitor com uma figura. O fato é que nosso eleitorado, de modo geral, dada sua baixa intelectualidade, não vota em ideias. Era a vez de um retirante, vindo da miséria do Nordeste, pobre que lutava pelos trabalhadores.
Depois da saída dos militares, na primeira eleição, tivemos o "caçador de Marajás". Antes disso, uma série de planos econômicos com Sarney. Em seguida a renúncia de Collor diante do impeachment. E veio Itamar e mais um plano. Este, por sua vez mostrou-se acertado e trouxe, à luz das eleições, um homem desconhecido até então. Fernando Henrique Cardoso é reeleito em nome da economia. E quem não gosta do "poder de compra"? E a Dilma? Bem, a Dilma refletiu a continuidade de Lula no eleitor.
Em todo esse tempo corria por fora o metalúrgico. Com a economia estabilizada a massa do eleitorado ficou compadecida com tamanha insistência, com um "trabalhador", um homem do povo, um guerreiro que veio de baixo... Eu disse que nosso eleitor não vota em ideias. E isso porque não as tem. O brasileiro médio é um ser que não lê e, muito menos, estuda. Isso limita sua capacidade de avaliação. Quer apenas suas necessidades atendidas.
Em todos esses candidatos uma projeção do que o eleitor ansiava naquele momento. Agora, dado o avanço da criminalidade, onde sair à rua é a mais absoluta incerteza de volta, onde o roubo de carro chega a SETE por hora no Rio de Janeiro, que chegamos ao incrível patamar de país mais violento que a Síria que está em guerra, com a Lava Jato mostrando as vísceras do poder, o que nos resta ansiar? Que bandido seja trado como bandido!
Eis que surge Bolsonaro com um discurso na medida exata diante desse quadro. Antes que se ergam os míopes, vale dizer que ele não adaptou o discurso com vistas às eleições. O deputado federal pelo Rio de Janeiro bradava nesse mesmo tom há décadas. Não caiu de paraquedas, apenas passou a ser visto mais do que antes, notadamente por sua cruzada contra o "kit gay" que o sintonizou com a família tradicional e com a ideia de que homossexualidade é coisa de safado. Novamente o eleitor vê o candidato a partir de suas necessidades imediatas.
O mais incrível é que toda essa corrupção política que nos assombra, somada à total falta de medo do bandido nas ruas, nada mais é que uma manifestação (legítima) de nossa gente. A impressão que tenho é de que honestos, sérios, respeitadores das Leis, são uns raros. A impressão que tenho é de que nossa gente é má, essencialmente má, que tem prazer em ferir, em subtrair, em ultrapassar pela faixa dupla contínua. "Mas é rapidinho!" e deixa o carro em cima da calçada...
Bolsonaro não é uma criação, um político sob encomenda. É um cara que protagoniza a ação contrária ao status quo dos últimos 15 anos em que a frouxidão legal, as algemas nas polícias, a leniência travestida em intermináveis recursos judiciais, geraram um Estado onde a impunidade reina. Ora, se a impunidade reina é porque o crime reina.
Do outro lado qual a identidade que os políticos têm? Lula continua sendo um líder. Por óbvio seu séquito é muito forte dada sua trajetória como político. Suas ações pseudossociais e seu pseudossocialismo tiveram forte impacto, pois ajudaram muita gente a não precisar se ajudar. E quem recebe ajuda não esquece de exigir mais ajuda.
Neste ano de eleições o povo vai eleger novamente um reflexo de si, seja lá qual for.
Vamos aos fatos. Lula e seu PT chegaram ao poder por mera identificação do eleitor com uma figura. O fato é que nosso eleitorado, de modo geral, dada sua baixa intelectualidade, não vota em ideias. Era a vez de um retirante, vindo da miséria do Nordeste, pobre que lutava pelos trabalhadores.
Depois da saída dos militares, na primeira eleição, tivemos o "caçador de Marajás". Antes disso, uma série de planos econômicos com Sarney. Em seguida a renúncia de Collor diante do impeachment. E veio Itamar e mais um plano. Este, por sua vez mostrou-se acertado e trouxe, à luz das eleições, um homem desconhecido até então. Fernando Henrique Cardoso é reeleito em nome da economia. E quem não gosta do "poder de compra"? E a Dilma? Bem, a Dilma refletiu a continuidade de Lula no eleitor.
Em todo esse tempo corria por fora o metalúrgico. Com a economia estabilizada a massa do eleitorado ficou compadecida com tamanha insistência, com um "trabalhador", um homem do povo, um guerreiro que veio de baixo... Eu disse que nosso eleitor não vota em ideias. E isso porque não as tem. O brasileiro médio é um ser que não lê e, muito menos, estuda. Isso limita sua capacidade de avaliação. Quer apenas suas necessidades atendidas.
Em todos esses candidatos uma projeção do que o eleitor ansiava naquele momento. Agora, dado o avanço da criminalidade, onde sair à rua é a mais absoluta incerteza de volta, onde o roubo de carro chega a SETE por hora no Rio de Janeiro, que chegamos ao incrível patamar de país mais violento que a Síria que está em guerra, com a Lava Jato mostrando as vísceras do poder, o que nos resta ansiar? Que bandido seja trado como bandido!
Eis que surge Bolsonaro com um discurso na medida exata diante desse quadro. Antes que se ergam os míopes, vale dizer que ele não adaptou o discurso com vistas às eleições. O deputado federal pelo Rio de Janeiro bradava nesse mesmo tom há décadas. Não caiu de paraquedas, apenas passou a ser visto mais do que antes, notadamente por sua cruzada contra o "kit gay" que o sintonizou com a família tradicional e com a ideia de que homossexualidade é coisa de safado. Novamente o eleitor vê o candidato a partir de suas necessidades imediatas.
O mais incrível é que toda essa corrupção política que nos assombra, somada à total falta de medo do bandido nas ruas, nada mais é que uma manifestação (legítima) de nossa gente. A impressão que tenho é de que honestos, sérios, respeitadores das Leis, são uns raros. A impressão que tenho é de que nossa gente é má, essencialmente má, que tem prazer em ferir, em subtrair, em ultrapassar pela faixa dupla contínua. "Mas é rapidinho!" e deixa o carro em cima da calçada...
Bolsonaro não é uma criação, um político sob encomenda. É um cara que protagoniza a ação contrária ao status quo dos últimos 15 anos em que a frouxidão legal, as algemas nas polícias, a leniência travestida em intermináveis recursos judiciais, geraram um Estado onde a impunidade reina. Ora, se a impunidade reina é porque o crime reina.
Do outro lado qual a identidade que os políticos têm? Lula continua sendo um líder. Por óbvio seu séquito é muito forte dada sua trajetória como político. Suas ações pseudossociais e seu pseudossocialismo tiveram forte impacto, pois ajudaram muita gente a não precisar se ajudar. E quem recebe ajuda não esquece de exigir mais ajuda.
Neste ano de eleições o povo vai eleger novamente um reflexo de si, seja lá qual for.
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