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    O MITO DO DESCONTO

    JUSTIÇA SOCIAL - Ah, como se fala nisso. Não bastaria ser Justiça? A Justiça é justa e sempre será social. Mas vamos ao caso!

    Meia entrada em cinema, teatro, shows, assim como passagens de ônibus para estudantes, aposentados etc, encarece para quem paga inteira porque banca a diferença. Não existe desconto que ultrapasse a margem de lucro sem sua contrapartida. A exceção nessa relação de mercado seriam produtos com prazo de validade ou "fora de moda".

    A conta é bem simples: o pagamento da metade do preço por parte do consumidor não altera o custo dos insumos, folha de pagamento etc. Ou seja, o montante será rateado pelos usuários com seus patamares. Nas conversas que tive com empresários do setor a passagem sem os tais benefícios poderia ter valor reduzido em cerca de 40%. Ou seja, uma passagem de R$4,00 ficaria em R$2,40. É ou não é significativo?


    A prefeitura determina o preço das passagens baseada numa planilha
    Da mesma forma a entrada em cinemas, shows etc. O cachê do artista é negociado pelo que deseja cobrar e quanto atrai de público. O fato é que qualquer promotor de eventos sabe que precisa cobrar mais de quem paga ingresso inteiro para compensar os descontos.

    Dentre os argumentos estão de que estudante não tem renda em sua maioria. E que aposentados ganham pouco, gastam muito com remédios e precisam desse benefício. Bem, se o estudante não tem renda não é o pagamento de "metade" que fará diferença. Quem não tem renda que não vá pra festa. Aposentado não é sinônimo de pobreza e é de se supor que não use o ônibus diariamente. Contudo, há de se ter opções para cada caso.

    De onde vem a ideia de que dar desconto é de fato um desconto? Da mente prodigiosa de políticos que querem mostrar o quanto estão trabalhando pelo cidadão de menor renda ou, principalmente, por erguerem-se como representantes de grupos ou seguimentos da sociedade. Pura enganação, como desconto de Imposto de Renda para quem tem essa ou aquela doença.

    Tudo muito característico de país de remendos, quando o pano de fundo está na pouca liberdade de mercado para empreender e produzir riquezas. Assim, vivemos num país que força a dependência de esmolas. Político quer poder e numa sociedade em que as pessoas têm boa renda ele vê sua influência diminuída.

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