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    O ROMBO NA UNESC

    Estive nessa quarta-feira em reunião com a reitora, Luciane Ceretta, a qual fez o convite e com o vice-reitor, Daniel Preve. Fiquei muito bem impressionado com as observações do ponto de vista ideológico, haja visto o recorrente esquerdismo que estávamos acostumados a ver. Quanto aos números a coisa é extremamente preocupante.
    A Unesc está com uma dívida de cerca de 90 milhões com fornecedores, mas principalmente com o sistema econômico (a reitora preferiu não revelar números, mas este blogueiro buscou noutras fontes). Recentemente contraiu mais 6 milhões para o décimo terceiro e rescisões. Do montante, cerca de 36 milhões no curto prazo. Atualmente, 99% da arrecadação de 198 milhões vem das mensalidades dos estudantes e alcançou 67% de envolvimento com folha de pagamento. Ou seja, a universidade está próxima da insolvência e diante do momento a reitoria teve que tomar ações drásticas. Contudo, por mais que a situação esteja à beira do caos, Luciane Ceretta e Daniel Preve disseram estar convictos que superarão o desafio.
    "Quando assumimos não tínhamos ideia de toda a realidade financeira da Unesc", Ceretta
    De imediato ficou claro que a tal "demissão em massa" não existe. Afinal, foram demitidos 127 pessoas, entre professores e funcionários, restando 1.487, ou seja, ficaram cerca de 92%. A auditoria externa, contratada assim que a nova direção assumiu, apresentou ontem suas conclusões aos conselheiros e diretores e constatou que a despesa precisaria ser reduzida em 10%, mantida a receita. Os outros 2% serão conseguidos na gestão das demais despesas, como na manutenção dos próprios, por exemplo. Um dos contratos suspensos é da ordem de R$150.000/mês da manutenção preventiva. Um risco necessário. Dos professores em tempo integral foram demitidos 14, sendo os demais horistas. Essas demissões foram fruto de consulta às unidades de ensino de cada curso. Porém, uma fonte contrariou tal informação, dizendo que as demissões foram decisão de gabinete. O custo dessas demissões será coberto em cinco meses pela redução na folha de pagamento.
    Outra mudança se deu nas negociações com inadimplentes que foi flexibilizada. Ainda não é possível determinar quantos, dos que deviam mensalidades, voltarão. Os valores das rescisões estarão absorvidos em cinco meses através da redução do custo em folha de pagamento. Ceretta afirmou que além de evasão, comum a todos os cursos, a média de matérias contratadas diminuiu drasticamente.
    Os credores estão sendo contatados para negociações. Porém, os bancos são o maior desafio, pois a própria legislação os impede de amenizar o montante de dívidas. A gestão Gildo Volpato contraiu empréstimos, acredite, com todas as instituições financeiras. Até com cooperativas de crédito como o Sidredi. Somente as despesas financeiras chegaram a mais de R$13 milhões em 2016.
    Por volta das 22 horas dessa quarta, 20, um dos demitidos me ligou manifestando a mesma dúvida relatadas por postagens em redes sociais de centro acadêmicos: "Qual o critério das demissões?".

    Um comentário:

    1. Eu ja imaginava que havia esse rombo, porém a instituição nunca pregou a "transparência financeira", fiquei sabendo que dentro da universidade há professores que recebem mais de 15 mil reais, é inviável, uma universidade manter um alto salario desse, para manter professores com esse nível no minimo teríamos que competir com uma PUC da vida, o que tenhamos que ser realista, a UNESC está longe, por mas que tenha crescido no mundo acadêmico, é necessário enxugar os altos salários, por mais que a universidade visa qualidade, tem que lembrar que muitos alunos trabalham para pagar as mensalidades, só que há um bando de filhinho de papai e mamae que não paga nem o assado na DOCE PÃO que acha que é errado haver cortes de gasto..

      Confio da gestão do Daniel e da Ceretta!!

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