A TENTAÇÃO DE JESUS NO DESERTO
É MANOEL...
O episódio narrado no Novo Testamento, em Mateus capítulo 4, no qual Jesus passa 40 dias em jejum e é tentado por Satanás chama a atenção por alguns detalhes óbvios. Aliás, o óbvio é uma desgraça na teologia, pois ela o nega. Vamos aos tais detalhes.
Primeira situação é de alguém que se intitula Filho de Deus se submeter à tentação. Sugere dúvida sobre sua capacidade e, principalmente, sobre sua idoneidade. Ora, não foi uma imposição dos seguidores para verem do que seria capaz ou incapaz. No caso, de sucumbir aos desejos humanos. Foi uma condução coercitiva: “conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (verso 1). Então estaria Jesus deixando-se por à prova para mostrar a si mesmo que era mais que humano? Ou uma exigência do Espírito por ter dúvidas sobre ele? Além disso, poderíamos supor que foi uma determinação divina, do Pai, porque o tal Espírito agiu por determinação superior (Eis um momento em que a Trindade sucumbe em seu conceito - mas é outro assunto). Coisa que me parece ainda pior, haja visto que Ele conhece a natureza de todos, do que são capazes e incapazes, dos seus desejos mais íntimos. Se parece ruim, pode piorar: o Diabo recebeu Jesus para uma situação em que poderia derrota-lo, sabendo da natureza do Messias? É impossível aceitar a possibilidade de que um cara esperto como o Diabo fizesse papel tão tolo. Isso me faz lembrar de Deus provocando o Diabo para sacanear Jó (leia sobre isso AQUI).
Segunda situação, um acinte à minha capacidade de pensar, dá-se quando o Diabo oferece os reinos do mundo, sua posse (versos 8 e 9). Ridículo pensar que estivesse mentindo justamente para quem sabia da verdade. Mas em não mentindo estamos diante de dois problemas: ele tomou para si ou Deus o deu? Se tomou o fez contra a vontade do Pai. Teria poderes para tal? Certamente que não. O Eterno deixou que acontecesse? Certamente não. Os reinos se entregaram ao Diabo? Só se de forma inconsciente e mesmo assim só se estivessem sem dono. Diriam alguns que pelo pecado transformaram-se em posse do Demônio. Ora, e deixariam de ser pecaminosos se passassem para as mãos de Jesus? Bem, Jesus negou-se em ser dono e quem é dono manda. Teria sido a oportunidade máxima de consertar tudo que havia de errado. Diriam outros, que isso não fazia parte dos planos. Sim, então porque a necessidade de ser tentado e justamente com a possibilidade de por ordem na casa? Bem, Jesus não queria consertar nada...
Outro detalhe: “Vai-te, Satanás… Então o diabo o deixou” (versos 10 e 11). Jesus dá uma ordem e é obedecida imediatamente? Sim, é. E por que não o fez tão logo o capeta o tentou pela primeira vez? Quanto a isso só me ocorre deixar-se submeter à situação. Além de mostrar quem manda, sugerindo que o Diabo está ativo porque esse mesmo Jesus quer que esteja. Quanta bondade para com sua criação!
Como esse tipo de piada nunca se esgota, não só o Espírito levou Jesus, mas o próprio Diabo o faz (verso 5). Que condição tem esse Inimigo de pegar Jesus e levar daqui para ali? Um poder dado pelo próprio Deus a alguém que tem como inimigo. Jesus se deixa tratar assim e isso soa tão normal para esses cristãos que imagino não estar diante dos mesmos fatos. Calma que tem mais: “Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus” (verso 7). Puxa, é mais ou menos o mesmo que dizer para um bandido: “Não furtarás”. Como supor que Satanás estaria interessado em cumprir preceito divino? E como Jesus não cita o texto logo de cara? Tipo, tu não pode fazer uma coisa e eu permito que você faça para depois que você terminar de fazer eu dizer que não podias e com poder para impedir. É um absurdo atrás do outro.
Os cristãos explicam que as riquezas dos reinos poderiam atrair Jesus e faze-lo mudar seus planos. Puxa, e qual o problema se um não exclui o outro? Como deixar de ser o Salvador porque passa a ser dono do ouro e da prata, a mesma riqueza que no Velho Testamento era de seu Pai? Ora, Deus criou a Terra e isso torna suas riquezas Sua criação e, por óbvio, sua posse. É a ideia de que pra ser bom tem que ser pobre, e ser rico é ser mau.
O episódio narrado no Novo Testamento, em Mateus capítulo 4, no qual Jesus passa 40 dias em jejum e é tentado por Satanás chama a atenção por alguns detalhes óbvios. Aliás, o óbvio é uma desgraça na teologia, pois ela o nega. Vamos aos tais detalhes.
É possível ficar sem comer por 40 dias em ambiente controlado, mas não sem ÁGUA |
Segunda situação, um acinte à minha capacidade de pensar, dá-se quando o Diabo oferece os reinos do mundo, sua posse (versos 8 e 9). Ridículo pensar que estivesse mentindo justamente para quem sabia da verdade. Mas em não mentindo estamos diante de dois problemas: ele tomou para si ou Deus o deu? Se tomou o fez contra a vontade do Pai. Teria poderes para tal? Certamente que não. O Eterno deixou que acontecesse? Certamente não. Os reinos se entregaram ao Diabo? Só se de forma inconsciente e mesmo assim só se estivessem sem dono. Diriam alguns que pelo pecado transformaram-se em posse do Demônio. Ora, e deixariam de ser pecaminosos se passassem para as mãos de Jesus? Bem, Jesus negou-se em ser dono e quem é dono manda. Teria sido a oportunidade máxima de consertar tudo que havia de errado. Diriam outros, que isso não fazia parte dos planos. Sim, então porque a necessidade de ser tentado e justamente com a possibilidade de por ordem na casa? Bem, Jesus não queria consertar nada...
Outro detalhe: “Vai-te, Satanás… Então o diabo o deixou” (versos 10 e 11). Jesus dá uma ordem e é obedecida imediatamente? Sim, é. E por que não o fez tão logo o capeta o tentou pela primeira vez? Quanto a isso só me ocorre deixar-se submeter à situação. Além de mostrar quem manda, sugerindo que o Diabo está ativo porque esse mesmo Jesus quer que esteja. Quanta bondade para com sua criação!
Como esse tipo de piada nunca se esgota, não só o Espírito levou Jesus, mas o próprio Diabo o faz (verso 5). Que condição tem esse Inimigo de pegar Jesus e levar daqui para ali? Um poder dado pelo próprio Deus a alguém que tem como inimigo. Jesus se deixa tratar assim e isso soa tão normal para esses cristãos que imagino não estar diante dos mesmos fatos. Calma que tem mais: “Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus” (verso 7). Puxa, é mais ou menos o mesmo que dizer para um bandido: “Não furtarás”. Como supor que Satanás estaria interessado em cumprir preceito divino? E como Jesus não cita o texto logo de cara? Tipo, tu não pode fazer uma coisa e eu permito que você faça para depois que você terminar de fazer eu dizer que não podias e com poder para impedir. É um absurdo atrás do outro.
Os cristãos explicam que as riquezas dos reinos poderiam atrair Jesus e faze-lo mudar seus planos. Puxa, e qual o problema se um não exclui o outro? Como deixar de ser o Salvador porque passa a ser dono do ouro e da prata, a mesma riqueza que no Velho Testamento era de seu Pai? Ora, Deus criou a Terra e isso torna suas riquezas Sua criação e, por óbvio, sua posse. É a ideia de que pra ser bom tem que ser pobre, e ser rico é ser mau.
Bem, não havia, como não há, maneira de ludibriar a Deus, nem a seu Filho, pois deixariam de ser Pai e Filho se sucumbissem. Também não podemos colocar Satanás como um tolo, já que rivaliza com o Todo-Poderoso. Não havia determinação humana para que Jesus fosse testado. Da mesma forma a incredulidade humana não parece ter diminuído ou aumentado com este episódio. Ou seja, para nada serviu. Ainda mais que não houve testemunhas.
Concluindo. Vê-se que se trata de mais um mito bíblico, da crendice que surge da imaginação humana e, como é fruto da credulidade e tradição oral da antiguidade, não resiste a um mero questionamento como este.
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