O MEDO E A CRIMINALIDADE
Segundo estudo, publicado no jornal PLoS ONE da Public Library of Science, Lab Azim F. Shariff, professor de psicologia e diretor da Cultura e da Moralidade da Universidade de Oregon, fez um inquérito com amostragem de 143.197 pessoas em 67 países ao longo de um período de 26 anos. Os resultados do estudo concluíram que em países onde as pessoas acreditam no inferno e um Deus punitivo, as taxas de criminalidade são menores. Em países onde as pessoas acreditam no céu e em um salvador que perdoa, os índices de criminalidade são maiores.
Por outro lado tivemos a experiência da criminalidade baixa com o Regime Militar em que viveu o Brasil. O medo de cair nas mãos do Poder fazia com que a população vivesse com mais tranquilidade nesse aspecto.
O que notei é que a criminalidade da chinelagem cria maior tensão. O medo de ter a casa invadida, ser vítima de um assalto na rua, perder um patrimônio etc, traz maior desconforto do que crimes contra o erário público, cujos valores são muito maiores. Faz-se aqui a diferença entre medo e indignação passiva. Esta última retratada nas redes sociais.
De qualquer forma o que prevalece é o medo de punição, seja espiritual, seja do Estado. Ou a sensação de impunidade que vem caracterizando o país nas últimas décadas.
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