ARREPENDER-SE? NÃO NECESSARIAMENTE
Arrependimento é o resultado de uma série de preceitos absorvidos durante as experiências ou instruções recebidas, seja pela família, seja pela sociedade. Ora, dependendo do que recebemos teremos ou não arrependimento disso ou daquilo. Por exemplo, de atirar pedra em cachorro a furtar fruta no mercado. Um terrorista não deve ter arrependimento dos inocentes que mata porque sua ''luta'' o faz ter toda a sorte de justificativas para seus atos.
Dia desses chamei a atenção de uma senhora, de uns 60 anos, que pegava uvas no Bistek sob o pretexto de experimentar pra ver de estavam boas: "A senhora não deveria comer sem lavar!" eu disse. Quer dizer que não compra manga, mamão ou laranja... Há ainda os que chegam ao assassinato durante um acesso de ira e depois, com a cabeça fria, acabam por ver o que fizeram. As tais brigas de trânsito são o maior exemplo.
E não é necessariamente algo bom ou ruim. Pessoalmente há alguns arrependimentos de não ter feito o que seria, de certa forma, mal: aquela porrada que não dei, e aquele respeito pela menina que me fez perder a transa, a viagem adiada pra não gastar e o enfrentamento de dedo na cara que deixei para lá...
Enfim, coisas da memória! Sim, são os registros na memória que nos levam ao arrependimento ou não. Podem nos fazer justificar uma ação ruim: fiz isso por causa daquilo. Mesmo que não seja objetivo, como um trauma que nos leva a um comportamento adverso do senso comum à espécie. Tudo passa a ser relativo, cujo juiz é nossa a maneira de filtrar nossa própria vida.
Enfim, o que vamos repassar, as informações e exemplos, às gerações que nos sucedem tem tudo a ver com isso. Nossa responsabilidade pelo bem ou mal vai além do que fazemos com nossas próprias mãos. Na última eleição em Criciúma mais de 70% dos eleitores deram um recado obscuro, vergonhoso e contrário à Justiça que refletirá por décadas. A aversão aos demais candidatos não explica o ocorrido já que poderiam anular seus votos ao teclar um número incorreto. O que explica isso é uma delirante inconsistência sobre o que é bom e sobre os reflexos do que fazemos, além da desconsideração aos preceitos legais (certos ou errados).
Há ainda os pais que levaram seus filhos a uma vida medíocre sem ao menos entenderem a dimensão de seus atos. Na minha família tem um tio que de tal forma oprimiu seus filhos para serem cristãos devotos que nenhum (isso mesmo: nenhum dos oito filhos) segue sua fé. Se um deles erguesse a cabeça no momento da oração era disciplinado com uma surra. Não somente tem como certo o que fez como recomenda e jamais chegaria ao ponto de pedir perdão por seus atos. Tem também os pais que ensinam seus filhos a não revidarem e os tornam sacos de pancadas em nome de um bom comportamento. Ora, não vejo mal nenhum em defender-se!
O arrependimento na religião está ligado ao que ela mesmo determina por certo ou errado. Assim, nota-se que houve mudanças no que seria a vontade Deus através dos tempos. Hoje, por exemplo, admite-se que os descasados convivam tranquilamente nas igrejas e contraiam novos relacionamentos em total oposição ao que Jesus disse em Lucas 16:18: "Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também". Isso porque admitiram novas interpretações a esse texto. Única forma de fugir ao literal.
As relações de fatos que fazemos em nossa mente nos levam a toda a sorte de ações. Então, se há algo a ser dito ao final está em recomendar uma análise do se faz, ou se deixa de fazer, e os motivos que envolvem essas ações e omissões. Arrependimento pode ser apenas reflexo de algo apreendido, não do fato em si. Ah, arrepender-se é opcional...
Para encerrar veja este VÍDEO.
Abraço!
Os japoneses se arrependeram ao verem o efeito "bom atômica"? |
E não é necessariamente algo bom ou ruim. Pessoalmente há alguns arrependimentos de não ter feito o que seria, de certa forma, mal: aquela porrada que não dei, e aquele respeito pela menina que me fez perder a transa, a viagem adiada pra não gastar e o enfrentamento de dedo na cara que deixei para lá...
Enfim, coisas da memória! Sim, são os registros na memória que nos levam ao arrependimento ou não. Podem nos fazer justificar uma ação ruim: fiz isso por causa daquilo. Mesmo que não seja objetivo, como um trauma que nos leva a um comportamento adverso do senso comum à espécie. Tudo passa a ser relativo, cujo juiz é nossa a maneira de filtrar nossa própria vida.
Enfim, o que vamos repassar, as informações e exemplos, às gerações que nos sucedem tem tudo a ver com isso. Nossa responsabilidade pelo bem ou mal vai além do que fazemos com nossas próprias mãos. Na última eleição em Criciúma mais de 70% dos eleitores deram um recado obscuro, vergonhoso e contrário à Justiça que refletirá por décadas. A aversão aos demais candidatos não explica o ocorrido já que poderiam anular seus votos ao teclar um número incorreto. O que explica isso é uma delirante inconsistência sobre o que é bom e sobre os reflexos do que fazemos, além da desconsideração aos preceitos legais (certos ou errados).
O pecado no cristianismo mudou. Como supor que esteve certo? |
O arrependimento na religião está ligado ao que ela mesmo determina por certo ou errado. Assim, nota-se que houve mudanças no que seria a vontade Deus através dos tempos. Hoje, por exemplo, admite-se que os descasados convivam tranquilamente nas igrejas e contraiam novos relacionamentos em total oposição ao que Jesus disse em Lucas 16:18: "Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também". Isso porque admitiram novas interpretações a esse texto. Única forma de fugir ao literal.
As relações de fatos que fazemos em nossa mente nos levam a toda a sorte de ações. Então, se há algo a ser dito ao final está em recomendar uma análise do se faz, ou se deixa de fazer, e os motivos que envolvem essas ações e omissões. Arrependimento pode ser apenas reflexo de algo apreendido, não do fato em si. Ah, arrepender-se é opcional...
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