JESUS SERIA UM PLÁGIO COM INTERESSES POLÍTICOS?
Seria Jesus um plágio? A fé dos cristãos, nem de longe, aceitaria que seu ícone seja destituído do pedestal que foi posto. Mesmo que para tanto seja preciso fechar os olhos para evidências mais consistentes que as razões de terem-no posto lá.
Transitando pela História já consolidada, indo além de meras suposições advindas da descrença pela descrença, ou da crença pela crença, temos alguns casos que reforçam a tese do mito chamado Jesus. O texto a seguir, que você confere na íntegra AQUI, dá uma luz à questão:
O deus egípcio Hórus, por exemplo: nasceu a 3000 a.C., é um messias solar que luta contra o messias das trevas, Set, rei na noite. Hórus nasceu a 25 de dezembro, é filho de Isis-Meri, uma virgem. Quando nasceu, três reis seguiram as pegadas de sua aurora. Como Cristo, começou a pregar aos 12 anos de idade e foi batizado também aos 30 anos. Tifão (como Judas a Cristo) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou três dias depois.
Transitando pela História já consolidada, indo além de meras suposições advindas da descrença pela descrença, ou da crença pela crença, temos alguns casos que reforçam a tese do mito chamado Jesus. O texto a seguir, que você confere na íntegra AQUI, dá uma luz à questão:
O deus egípcio Hórus, por exemplo: nasceu a 3000 a.C., é um messias solar que luta contra o messias das trevas, Set, rei na noite. Hórus nasceu a 25 de dezembro, é filho de Isis-Meri, uma virgem. Quando nasceu, três reis seguiram as pegadas de sua aurora. Como Cristo, começou a pregar aos 12 anos de idade e foi batizado também aos 30 anos. Tifão (como Judas a Cristo) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou três dias depois.
Na Frígia, temos outro caso: o messias Attis nasce a 25 de dezembro, da virgem Nana, e passa por martírio, traição e calvário como Cristo. Na Índia, em 900 a.C., Krishna nasceu da virgem Devaki, no mesmo dia de Cristo. Tudo igual, também, (...) Dionísio, na Grécia de 500 a.C., o mesmo também para Mittra, na Pérsia, renascido, depois de uma traição, a 25 de dezembro, só que em 1200 a.C. O que nivela os destinos de tantos avatares, tão iguais em culturas tão díspares e tão distantes em seus tempos e latitudes?
As bases históricas para a existência de Jesus, como descrita na Bíblia, são incrivelmente frágeis. Os registros existentes são TODOS posteriores e NADA há do momento em que estaria em atividade. Além disso, são claros os textos do Novo Testamento que atestam a passividade diante do Império Romano. Jesus teria vivido sob o domínio romano e não há uma linha, sequer, em que se insurja contra isso. Pelo contrário, como um verdadeiro aliado ele teria dito "Dai a César o que é de César..." - impostos. Da mesma forma os demais escritos do NT. Por exemplo, Paulo diz em Efésios 6.12: "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." De forma mais acintosa, esse mesmo apóstolo afirma em Tito 3.1: "Adverte-lhes que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra.". Isso aponta para a tese de que havia um interesse de criar, entre o povo, a ideia de que não importava que estivessem dominados, militar e politicamente. A disseminação dessa postura, com ares de verdade divina, é totalmente favorável a quem domina pela força.
Nos meus estudos do NT esse fato saltou aos olhos mesmo quando eu ainda era um cristão devoto. Em 1992(3), numa das edições do programa Canal 5-7-0, da rádio Eldorado, apresentado pelo jornalista Nei Manique, quando o assunto era o envolvimento político dos evangélicos, eu entrei ao vivo, como ouvinte, e dei este parecer, do não envolvimento de Jesus na situação de seu povo. Portanto, Jesus era um ser apolítico, ou um alienado como diríamos hoje. Faz todo o sentido porque ele teria dito: "O meu reino não é deste mundo". Ora, um povo cordeirinho é tudo que um governo estrangeiro, ou uma ditadura, quer.
O fato é que Jesus reúne todas as características do mito: fraqueza histórica, aparecimento não natural, fatos miraculosos, sincretismo com crenças à volta, comportamento não-humano ao mesmo tempo como se o fosse, vitória sobre a morte e por aí vai.
Um cristão, querendo ser zeloso, sequer ergueria a mão em um questionamento sobre os ditames de qualquer administração pública. Além disso, a relação com crenças anteriores mostra mais um sincretismo do que uma Revelação. Ora, uma revelação, vinda diretamente de Deus, não poderia, me parece, conter tais similaridades. Soma-se a isso a dificuldade, exposta como uma fratura, de um arcabouço doutrinário claro. Os textos do NT foram se somando com o tempo até a formatação do Canon como temos hoje. Foram cerca de 250 anos para tal. Ora, em sendo a Bíblia uma revelação divina não poderia ter passado por um arranjo dessa natureza ao mesmo tempo que valida a tese da construção política fomentada por dominadores usando textos aqui e acolá. Para a época, assim como hoje para muitos, divinizar uma informação dá toda a credibilidade para virar ''lei''.
Note que o Egito havia sido invadido por Roma cerca de 100 anos dos primeiros textos cristãos e a igreja cristã Kopta é contemporânea à católica. Fazendo todo o sentido haver uma relação entre as crenças dos remanescentes egípcios e uma nova religião. Da mesma forma os ensinos de Jesus apontam para o Cinismo grego. "O cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates, chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos." (Wiki) Ou seja, não há uma novidade. Ou há uma novidade para quem desconhece outras fontes.
A evolução dessas coisas jamais estará sob o controle total de quem quer quer seja. Neste caso suponho tenha sido uma das formas do Império. Por certo não fazia parte do objetivo inicial que o próprio Império se curvasse à crença. Contudo, se curvou, sem antes formatar um novo arranjo, um novo sincretismo, fazendo surgir os santos católicos como arremedos dos deuses romanos, que por sua vez foram arremedos dos gregos, seguindo o norte da antiguidade de ter um deus para cada atividade/necessidade humana. No caso dos católicos: santos. Note que a sequência dos arranjos tem uma lógica sórdida. Ao converter-se ao cristianismo, o imperador Constantino, tratou de ficar de bem com o máximo de líderes religiosos da época, cristãos e não-cristãos. Em sendo assim buscou uniformidade de pensamento conclamando o primeiro Concílio, de Nicéia (325 dC). Com isso o controle fica facilitado por eliminar a diversidade. Em sua origem o distanciamento do Império é óbvio para o sucesso do empreendimento, daí não haver qualquer registro sobre Jesus e muito menos que houvesse tal determinação. Contudo, podemos ligar os fatos.
Flavio Josefo, historiado judeu-romano, usado como referência para embasar o Jesus histórico, viveu exatamente o momento do surgimento do cristianismo e sua ruptura com o judaísmo, reforça a tese. Relata a revolta dos judeus que culminou na destruição de Jerusalém no ano 70 dC, fala de Jesus como líder e de seus seguidores. Contudo, sua biografia deixa claro o jogo duplo que fazia. Sendo fariseu andou de braços dados com o Império Romano até sua morte, 30 anos depois da queda da cidade-estado. Os relatos sobre mártires que Josefo deixou apontam na direção da criação de heróis, principalmente quando esses são vítimas do judaísmo, o qual decididamente queria destruir. As peças se encaixam. Era preciso dar uma religião à diáspora.
Ao contrário do que alguns poderiam argumentar os imperadores foram, em sua vasta maioria, bons para os cristãos e estes viveram muito bem em todo o território dominado por Roma, como demais crenças. Evidencia-se Nero e Domiciano, um para desviar a atenção e arranjar algum culpado pelos infortúnios enfrentados e o outro vitimado por seus próprios delírios de poder. É preciso ter claro que um esquema desses não seria de domínio de todos os líderes romanos, sendo razoável que houvesse quem entendesse os cristãos como uma ameaça ou um problema, outros como aliados. Mas esta visão era comum em relação a outros tantos povos sob o domínio do Império.
Enfim, tem todo o quadro de uma manipulação. Muitíssimo bem feita, por sinal. Imagino que alguns, senão a maioria, estejam pensando que este texto é uma viagem delirante. Pode ser, confesso. As evidências apontam na direção exposta. Ainda mais que em se tratando de poder as estratégias perpassam pelas mais incríveis insanidades e propaganda.
Mas a fé... bem, essa tanto remove quanto faz surgir outras tantas montanhas. A história está aí para ser lida, analisada e confrontada.
Note que o Egito havia sido invadido por Roma cerca de 100 anos dos primeiros textos cristãos e a igreja cristã Kopta é contemporânea à católica. Fazendo todo o sentido haver uma relação entre as crenças dos remanescentes egípcios e uma nova religião. Da mesma forma os ensinos de Jesus apontam para o Cinismo grego. "O cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates, chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos." (Wiki) Ou seja, não há uma novidade. Ou há uma novidade para quem desconhece outras fontes.
A evolução dessas coisas jamais estará sob o controle total de quem quer quer seja. Neste caso suponho tenha sido uma das formas do Império. Por certo não fazia parte do objetivo inicial que o próprio Império se curvasse à crença. Contudo, se curvou, sem antes formatar um novo arranjo, um novo sincretismo, fazendo surgir os santos católicos como arremedos dos deuses romanos, que por sua vez foram arremedos dos gregos, seguindo o norte da antiguidade de ter um deus para cada atividade/necessidade humana. No caso dos católicos: santos. Note que a sequência dos arranjos tem uma lógica sórdida. Ao converter-se ao cristianismo, o imperador Constantino, tratou de ficar de bem com o máximo de líderes religiosos da época, cristãos e não-cristãos. Em sendo assim buscou uniformidade de pensamento conclamando o primeiro Concílio, de Nicéia (325 dC). Com isso o controle fica facilitado por eliminar a diversidade. Em sua origem o distanciamento do Império é óbvio para o sucesso do empreendimento, daí não haver qualquer registro sobre Jesus e muito menos que houvesse tal determinação. Contudo, podemos ligar os fatos.
Flavio Josefo, historiado judeu-romano, usado como referência para embasar o Jesus histórico, viveu exatamente o momento do surgimento do cristianismo e sua ruptura com o judaísmo, reforça a tese. Relata a revolta dos judeus que culminou na destruição de Jerusalém no ano 70 dC, fala de Jesus como líder e de seus seguidores. Contudo, sua biografia deixa claro o jogo duplo que fazia. Sendo fariseu andou de braços dados com o Império Romano até sua morte, 30 anos depois da queda da cidade-estado. Os relatos sobre mártires que Josefo deixou apontam na direção da criação de heróis, principalmente quando esses são vítimas do judaísmo, o qual decididamente queria destruir. As peças se encaixam. Era preciso dar uma religião à diáspora.
Ao contrário do que alguns poderiam argumentar os imperadores foram, em sua vasta maioria, bons para os cristãos e estes viveram muito bem em todo o território dominado por Roma, como demais crenças. Evidencia-se Nero e Domiciano, um para desviar a atenção e arranjar algum culpado pelos infortúnios enfrentados e o outro vitimado por seus próprios delírios de poder. É preciso ter claro que um esquema desses não seria de domínio de todos os líderes romanos, sendo razoável que houvesse quem entendesse os cristãos como uma ameaça ou um problema, outros como aliados. Mas esta visão era comum em relação a outros tantos povos sob o domínio do Império.
Enfim, tem todo o quadro de uma manipulação. Muitíssimo bem feita, por sinal. Imagino que alguns, senão a maioria, estejam pensando que este texto é uma viagem delirante. Pode ser, confesso. As evidências apontam na direção exposta. Ainda mais que em se tratando de poder as estratégias perpassam pelas mais incríveis insanidades e propaganda.
Mas a fé... bem, essa tanto remove quanto faz surgir outras tantas montanhas. A história está aí para ser lida, analisada e confrontada.
André,
ResponderExcluirLendo este teu instigante post, reflito sobre o quão imaginativa é a mente humana na ânsia de criar mitos, atrelar-se a eles e deles se alimentar... No Egito de Hórus e na Frígia de Attis até se pode dar um 'desconto' haja vista distar cinco e três mil anos, respectivamente,de nossos dias. Mas, agora,em pleno século XXI, com tudo isso que já conquistamos(especialmente a partir do iluminismo,) fruto exclusivo de nossas observações, acumulando experiências( boas e más), sem contarmos com a mínima evidência da participação de Deus e/ou Deuses, quaisquer que sejam, é inadmissível!!! Já passou da hora de darmos um basta desta absurda 'tutela' de Deus e/ou dos Deuses. É preciso que nós mesmos(os humanos), assumamos as rédeas de nossas vidas e as guiemos!! Nós temos condições de resolvermos os nossos assuntos,tchê!!! Parabéns pelo texto e continues a instigar nossos acomodados desejos de subverter o 'status quo'!!! Abraços do Betinho Gaúcho.