SOMOS ALIENADOS
O que vem a ser um alienado? Suponho que pelo uso deveríamos saber. Mas pelo contexto fica claro que a vasta maioria, pelo menos, não sabe usar a palavra. Em sendo assim as discussões e, principalmente, as acusações se perdem num vazio aterrador. Os embates de ideias geralmente esbarram num dizendo de outro: "você é um alienado." E se o sujeito não sabe o que isso significa como o restante da conversa poderá ter sentido? O uso recorrente define uma pessoa que deliberadamente não aceita um determinado pensamento ou só defende um tipo de postura ou ideia.
Muito bem. Alienar é dar a outro sua posse. Isso em linhas gerais. O termo é muito usado em financiamento de bens. Enquanto as prestações não estiverem quitadas o bem estará alienado, pertencerá, por assim dizer, ao banco ou financiadora. Não é totalmente de um ou de outro. Porém, o bem será retirado do adquirente em caso de inadimplência para quitar o saldo, através de leilões. No mundo das ideias é muito semelhante.
O que ocorre é a posse da mente, ou dos pensamentos, por uma ideia pronta. Todo o religioso, ateu, partidário, ideológico, torcedor é um alienado. Isso não é necessariamente ruim. O sujeito entrega a outro seus pensamentos e passa a reproduzir o que foi formatado independente de sua vontade ou de quem quer que seja.
Pode ser uma construção social, algo que sofreu mutações pela sociedade na medida em que a vida transcorreu. Nesse particular vê-se o que se conhece por preconceito. Um dos exemplos foi a gravidez de menina solteira que, de vergonha para a família, tornou-se comum e nem é mais o caso de perturbar as consciências, mas os bolsos e a uma suposta carreira profissional. Tanto no passado, quanto agora, há uma alienação de quem segue conforme o senso comum.
Aliás, poucas coisas são tão alienantes quanto o chamado senso comum. Isso tem extremo poder porque é da natureza humana seguir a maioria, imitar comportamentos e coisas do gênero.
O grande problema é que não é percebido que tal situação é excludente. Quando alieno meus pensamentos a um sistema excluo outros. Mais profundamente deixo de absorver o que os demais têm de bom e, num caso ainda mais extremo, nego o direito do outro de existir. Ora, um cristão rejeita um islamismo como opção religiosa e contra ele atua, faz pregações, busca tirar seguidores - é uma legítima guerra. Da mesma forma na política.
Na minha avaliação não é possível existir alguém que não seja alienado de uma ou de outra forma, com maior ou menor intensidade de um lado ou de outro. Nesse sentido está na liberdade individual escolher suas influências. O frustrante é saber que poucos têm noção disso e seguem suas vidas como se fossem absolutamente autônomos.
Muito bem. Alienar é dar a outro sua posse. Isso em linhas gerais. O termo é muito usado em financiamento de bens. Enquanto as prestações não estiverem quitadas o bem estará alienado, pertencerá, por assim dizer, ao banco ou financiadora. Não é totalmente de um ou de outro. Porém, o bem será retirado do adquirente em caso de inadimplência para quitar o saldo, através de leilões. No mundo das ideias é muito semelhante.
O que ocorre é a posse da mente, ou dos pensamentos, por uma ideia pronta. Todo o religioso, ateu, partidário, ideológico, torcedor é um alienado. Isso não é necessariamente ruim. O sujeito entrega a outro seus pensamentos e passa a reproduzir o que foi formatado independente de sua vontade ou de quem quer que seja.
Pode ser uma construção social, algo que sofreu mutações pela sociedade na medida em que a vida transcorreu. Nesse particular vê-se o que se conhece por preconceito. Um dos exemplos foi a gravidez de menina solteira que, de vergonha para a família, tornou-se comum e nem é mais o caso de perturbar as consciências, mas os bolsos e a uma suposta carreira profissional. Tanto no passado, quanto agora, há uma alienação de quem segue conforme o senso comum.
Aliás, poucas coisas são tão alienantes quanto o chamado senso comum. Isso tem extremo poder porque é da natureza humana seguir a maioria, imitar comportamentos e coisas do gênero.
O grande problema é que não é percebido que tal situação é excludente. Quando alieno meus pensamentos a um sistema excluo outros. Mais profundamente deixo de absorver o que os demais têm de bom e, num caso ainda mais extremo, nego o direito do outro de existir. Ora, um cristão rejeita um islamismo como opção religiosa e contra ele atua, faz pregações, busca tirar seguidores - é uma legítima guerra. Da mesma forma na política.
Na minha avaliação não é possível existir alguém que não seja alienado de uma ou de outra forma, com maior ou menor intensidade de um lado ou de outro. Nesse sentido está na liberdade individual escolher suas influências. O frustrante é saber que poucos têm noção disso e seguem suas vidas como se fossem absolutamente autônomos.
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