OS OLHOS ENGANAM
O que ronda a tua cabeça? As postagens, sejam no Facebook, sejam no Twitter, revelam muito do que se pensa, senão tudo. Quais papo te atraem, quais te dão repulsa e quais simplesmente não te interessam?
Fiz uns cálculos em cima das minhas postagens no Facebook, as quais saem automaticamente no Twitter. Considerando uma semana atípica com a religião em alta como a Páscoa, das 149 postagens, 25 foram sobre religião, o que dá 16,5%. Na semana anterior foram 129 postagens, sendo oito sobre religião, o que dá 6%. Fica a pergunta: eu falo demais sobre religião?
Vale o registro que 93% dos brasileiros professam fé religiosa e por isso o tema deveria ser recorrente e tranquilo. Talvez o mais citado, pois apenas 17% da população é filiada a partidos, por exemplo. E que outro tema seria de apelo tão universal, que fizesse parte da vida dos brasileiros tal como religião? Futebol?
Fiz isso porque o colega de Face César Bússolo, que me excluiu, fez a seguinte postagem: "Gosto muito de tê-lo como amigo aqui nessa rede social pois em vários momentos li e participei de debates interessantes acerca de muitos assuntos relevantes. Só que me causa desconforto a toda hora (de forma genérica) que atualizo o facebook, tem lá uma opinião sua seja sobre religiões, seja sobre Deus, seja sobre pastores ou padres... Respeito sua opinião, suas informações e frases, mas realmente acho que o assunto acaba cansando. Não sei se fazes isso para fomentar discussões ou exaltar os ânimos das pessoas ou se simplesmente para afirmar sua falta de fé. Simplesmente acho que o assunto perde interesse assim como se todo dia recebesse noticia de gente que morre vítima de acidente ou de político corrupto. Diversificar faz parte para se obter leitores e “seguidores” heterogêneos. Grande abraço." Essa ponderação de Bússolo não é a primeira e, creio, não será a última em meu perfil.Há várias razões para a visão ficar turvada e o que vou dizer não se refere diretamente a este amigo, mas é de forma genérica. Uma delas é que o assunto não é interessante para a maiorira das pessoas justamente porque não há uma relação de fato. Afirmam crer em Deus, dizem ser católicos ou evangélicos (2,7% dizem que não são praticantes), ou de outras crenças. É mais ou menos o que fazem os gamers ou os torcedores de futebol, discutem para firmar posição. Muito diferente da ciência.
O fato é que a religião tem uma característica básica: pacote fechado. E os seguidores de cada uma não precisam pensar, pois dominicalmente recebem na bandeja o que deve rondar suas mentes. Assim sendo, qualquer provocação que lhes seja feita fora desse eixo é incompreendida e intolerada.
É comum que, ao fazer uma ponderação sobre os ritos de fé, ou sobre texto sagrados, haja quem relacione isso com o ateísmo. Ou seja, quem questiona a Bíblia, por exemplo, torna-se ateu. Daí a dimensão da capacidade de pensar dos crentes é absolutamente diminuta. Ora, por que não arrazoar sobre a possibilidade de ser um livro humano e não uma revelação de Deus? Isso é demais, inconcebível para os cristãos.
No Brasil, assim como em países tidos como muito religiosos, como os EUA, por exemplo, é ofensivo não professar uma fé. Contudo, basta 10 perguntas sobre a fé (conteúdo) e constata-se que dela poucos sabem. Fiz esse teste várias vezes e é incrível como não sabem, simplesmente não sabem, o que é aquilo que dizem professar.
Enfim, a religião continua forçando o mesmo de sempre: é preciso ser ignorante para ser praticante.
Fiz uns cálculos em cima das minhas postagens no Facebook, as quais saem automaticamente no Twitter. Considerando uma semana atípica com a religião em alta como a Páscoa, das 149 postagens, 25 foram sobre religião, o que dá 16,5%. Na semana anterior foram 129 postagens, sendo oito sobre religião, o que dá 6%. Fica a pergunta: eu falo demais sobre religião?
Vale o registro que 93% dos brasileiros professam fé religiosa e por isso o tema deveria ser recorrente e tranquilo. Talvez o mais citado, pois apenas 17% da população é filiada a partidos, por exemplo. E que outro tema seria de apelo tão universal, que fizesse parte da vida dos brasileiros tal como religião? Futebol?
Fiz isso porque o colega de Face César Bússolo, que me excluiu, fez a seguinte postagem: "Gosto muito de tê-lo como amigo aqui nessa rede social pois em vários momentos li e participei de debates interessantes acerca de muitos assuntos relevantes. Só que me causa desconforto a toda hora (de forma genérica) que atualizo o facebook, tem lá uma opinião sua seja sobre religiões, seja sobre Deus, seja sobre pastores ou padres... Respeito sua opinião, suas informações e frases, mas realmente acho que o assunto acaba cansando. Não sei se fazes isso para fomentar discussões ou exaltar os ânimos das pessoas ou se simplesmente para afirmar sua falta de fé. Simplesmente acho que o assunto perde interesse assim como se todo dia recebesse noticia de gente que morre vítima de acidente ou de político corrupto. Diversificar faz parte para se obter leitores e “seguidores” heterogêneos. Grande abraço." Essa ponderação de Bússolo não é a primeira e, creio, não será a última em meu perfil.Há várias razões para a visão ficar turvada e o que vou dizer não se refere diretamente a este amigo, mas é de forma genérica. Uma delas é que o assunto não é interessante para a maiorira das pessoas justamente porque não há uma relação de fato. Afirmam crer em Deus, dizem ser católicos ou evangélicos (2,7% dizem que não são praticantes), ou de outras crenças. É mais ou menos o que fazem os gamers ou os torcedores de futebol, discutem para firmar posição. Muito diferente da ciência.
O fato é que a religião tem uma característica básica: pacote fechado. E os seguidores de cada uma não precisam pensar, pois dominicalmente recebem na bandeja o que deve rondar suas mentes. Assim sendo, qualquer provocação que lhes seja feita fora desse eixo é incompreendida e intolerada.
É comum que, ao fazer uma ponderação sobre os ritos de fé, ou sobre texto sagrados, haja quem relacione isso com o ateísmo. Ou seja, quem questiona a Bíblia, por exemplo, torna-se ateu. Daí a dimensão da capacidade de pensar dos crentes é absolutamente diminuta. Ora, por que não arrazoar sobre a possibilidade de ser um livro humano e não uma revelação de Deus? Isso é demais, inconcebível para os cristãos.
No Brasil, assim como em países tidos como muito religiosos, como os EUA, por exemplo, é ofensivo não professar uma fé. Contudo, basta 10 perguntas sobre a fé (conteúdo) e constata-se que dela poucos sabem. Fiz esse teste várias vezes e é incrível como não sabem, simplesmente não sabem, o que é aquilo que dizem professar.
Enfim, a religião continua forçando o mesmo de sempre: é preciso ser ignorante para ser praticante.
Não querendo ser ignorante (e já sendo), achamos a abordagem, ou melhor, análise, do César Bússolo muito pertinente. Não tanto quanto ao mérito, mas enquanto(!) análise. O Bússolo bem que poderia passar no Putz (putzcri.blogspot.com) e diagnosticar nosso conteúdo e defeitos associados.
ResponderExcluir