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    CONDENAÇÕES DE POLÍTICOS

    Relembrando. O cara que montou o processo contra o Décio Góes (PT), que resultou na cassação, chama-se Augusto Althoff, filiado ao PP de Márcio Búrigo, vice-prefeito de Criciúma. Na época somente o PMDB quis levar a coisa adiante no intuito de tumultuar a campanha, pois até aquele momento nenhum processo daquele tipo resultara em punição. Nem os petistas acreditaram, nem o povo. Tanto que a defesa de Góes foi pífia.

    Li o parecer do relator do processo no Tribunal de Justiça e tinha a cópia até uns anos. A defesa foi tão ruim, e o processo tão fácil de defender que a surpresa foi geral. Eu mesmo me perguntei à época como aquilo foi possível. Se os peemedebistas não criam que pudesse dar no que deu, tampouco os petistas, ocorre-me que não houve influência partidária no TJ.

    As condenações que se sucederam ao longo dos últimos oito anos abarcaram todos os partidos, nas mais diversas esferas. Foram pegos governadores, senadores, deputados, prefeitos (chega perto de 300 os condenados em todo o Brasil) e vereadores. A lista é enorme de condenações. Pena a população não estar atenta a isso.

    Porém, o que me chama a atenção é que não houve, até onde pude verificar, nenhum partido privilegiado. Ou seja, o poder é do Judiciário. Alguns políticos podemos dizer que tenham se safado como Luiz Henrique da Silveira e Leonel Pavan, por exemplo, e que supõe-se que tenham tido ''forças ocultas'' em seu favor. Ou, de fato, eram inocentes, ou a acusação deixou algum furo no arranjo do processo mesmo havendo o delito. Creio que seja pouquíssimo provável cooptar 6 de 11 ministros do Supremo Tribunal Federal ou Eleitoral.

    O fato é que, cada vez mais, os políticos têm as rédeas menos soltas como dantes. E isso me deixa absolutamente esperançoso.

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