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    MITOS DA EDUCAÇÃO DE NOSSOS PAIS

    A ideia de que fomos criados numa educação sexista não corresponde à verdade. Havia, sim, uma certa ideia de que brinquedos eram para meninos e outros para meninas. Mas entre nós, na rua, nos quintais de casa, fazíamos nossas próprias regras e ninguém apanhava por brincar com isso ou aquilo. Quem não lembra daquela amiguinha de dava porrada e enfrentava os guris? E daquele guri que não sabia dar chute numa bola e mergulhava em livros?

    Sim, há mitos, ideias sobre a educação que tivemos que se mantém para que sejamos confrontados como criminosos. Os esquerdas precisam dizer como fomos educados para fundamentar suas ideias. Pensam a partir de ilações, não de fatos. Suas conclusões destoam profundamente do real. Partem da ideia de que nossa educação foi uma imposição, como se fôssemos bonecos, manipulados, sem qualquer vontade própria. É evidente que muitos foram oprimidos, mas muito mais por conta das relações que seus pais não queriam que tivessem com a molecada, do que por conta da tal orientação sexual. Nossas mães berravam conosco, mas por medo de nos machucarmos e nos sujarmos depois do banho, ou mesmo quando estava na hora do almoço. Fomos "criados" na rua, longe dos pais na maior parte do tempo.

    Brinquei muito, com meninos e meninas, de Amarelinha, de pular corda etc
    Lembro claramente de mulheres que comandavam a família. Havia um casal em Jaguaruna que tinham açougue. Chamavam minha atenção porque ela era bonitona, dirigia a pick-up sem medinhos, carneava o gado, usava botas, era forte e decidida, nada delicada. O marido era o coadjuvante nos negócios. Dava a impressão que ela nem o consultava pra fazer as coisas. Isso nas décadas de 1970/80. E a minha tia Armênia, já falecida, que nas décadas de 1940/50 cavalgava como os demais guris e até melhor que meus tios. Com ela não tinha tempo ruim pra lidar com animais. Da mesma forma, contrários aos "tipos", vi homens delicados, de mãos finas, voz mansa, que nada sabiam das grosserias masculinas da rua.

    Na escola, na hora do recreio, o bicho pegava. Tudo junto e misturado até uma certa idade quando meninos e meninas se separavam em grupos de forma espontânea, evidenciando-se os apelos sexuais da reprodução. Mas mesmo assim havia os que eram diferentes. A convivência com gays era tranquila por parte da maioria. Havia, como há, os que são agressivos e fazem chacotas. Os tais são com todos os que não gostam, nada específico.

    A Tatiana Vicente deu o seguinte testemunho:
    Em se tratando de meninas tudo parece mais tolerável, meu pai viajava e trazia carrinhos de madeira pra mim, nunca fiz o estilo princesa de rosa, ralei o nariz empinando pipa, meus joelhos trazem cicatrizes das corridas na rua, jogo de taco, bolinha de gude, lembro das muitas amizades com meninos durante a infância e adolescência. Não lembro de sofrer nenhum preconceito por isso. Se fosse o contrário certamente sofreria mais represálias pra agir como homem.

    Citei esses exemplos de héteros, para contrapor essa ideia imbecil de gênero como determinação social e de que a educação que recebemos foi hetero-sexista. Não fomos impedidos de sermos o que queríamos ser. Além disso, caso a sociedade determinasse alguma coisa jamais teríamos homossexuais entre nós.

    Ora, mesmo em épocas de repressão quase absoluta ao sexo temos histórias que comprovam que não é possível controlar tudo, o tempo todo, como nos escritos do Marquês de Sade ou mesmo a história de Ana Bolena, a mulher que fez a Inglaterra romper com o Vaticano. A Esquerda nega-se em ver os fatos como são.

    Quando as pessoas são fortes e decididas, que interagem amistosamente com os demais e mostram-se firmes, não curvam-se facilmente. As pessoas, mesmo que resistindo num primeiro momento, acabavam por respeitar e aceitar. Os tímidos, infelizmente, recuam e isso vale para todos os aspectos da vida.

    A Esquerda quer contar uma história sobre nós que não nos pertence. Não conseguirão!

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