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    A SOCIEDADE CRISTÃ É NOSSA BASE

    O cristianismo, aquele que é realmente praticado, não aquele romântico em que só tem amor, mudou tanto nesses últimos 70 anos que está irreconhecível. Não que não tenha mudado antes, apenas não tão rápido. Viesse um cristão dos anos de 1940 (para não ir tão longe) para cá, seja católico ou evangélico, seria tomado de pavor. A única razão é porque a sociedade mudou, a comprovar "quem pode o quê" diante de um "cabeça da igreja" que não manda muito. É um "noivo" cândido e subserviente a esperar pela boa vontade da "noiva".

    A tal "renovação" surgida nos anos de 1980, fruto da insatisfação dos jovens pelos rutais, hinários e sermões moralistas, somado ao aparecimento de pastores que gostavam de barba, guitarra e de bateria, desestabilizou fundamentalistas e pentecostais. Pastores descobriram que cânticos com palmas, e uma dose de liberdade para sacudir o quadril, tinham mais poder que o Espírito Santo.

    O desespero bateu forte nos que achavam que a Palavra de Deus era suficiente para transformar as vidas. Não, não é. Aliás, estudo bíblico é o que menos importa. Nunca importou. Fosse a Bíblia o fundamento da cristandade desde seus primeiros anos o analfabetismo teria sido erradicado. Jamais as missas seriam em Latim. Jamais um pentecostal se valeria de uma suposta influência espiritual para pregar. Simplesmente o estudo desse livro seria a única opção. Ouso dizer que os cristãos não se aperceberam que sua real situação é de abissal incoerência histórica. E quando não se percebe a própria incoerência a verdade passa a ser desconhecida.

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    A família é a base de todos e a sua ruptura traz consequências muito ruins
    O pecado mudou. Princípios doutrinários mudaram. As relações eclesiásticas mudaram. Hoje vê-se uma religiosidade transmudada, se é que em algum dia houve alguma. E antes que me apareça alguém tão profundo quando um pires a dizer que é resultado do afastamento das pessoas de uma tal "vontade de Deus", devo alertá-lo para refletir sobre isso, já que a relação dos cristãos com a Bíblia é bem ruizinha, conforme expus no parágrafo anterior. Além dos que acham que crer em Jesus é diferente de religião.

    Ora, quem quer obedecer? O ponto a ser observado é o que cada um ganha em achar que Jesus salva. Além, é claro, do "cristianismo da prosperidade", aquele em que a matéria é bênção, não para o que recomenda o apóstolo Paulo em Efésios 4:28: "Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade". Claro, melhor seguir 2 Timóteo 2:6: "O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos". Sendo que o primeiro será também o único... Sim, a vontade de Deus é adequável a quaisquer interesses! 

    Para mim o grande lance dos renovados (como acho graça dessa palavra neste contexto) é a liberação do sexo. Não, igreja não virou puteiro. O novo casamento não passa de uma anestesia mental para aceitar costumes pecaminosos, como a união de divorciados. Uma das coisas mais claras que há nos evangelhos é a proibição absoluta de um segundo casamento. Preciso citar o trecho? Pergunto para o seu "líder" espiritual. Essa liberação às uniões entre adúlteros (é como Jesus os classifica) tornou as coisas muito mais fáceis para estes tempos. Ninguém torna-se celibatário por fé. O furor uterino fala mais alto, pois é a mulher que controla o sexo.

    Nada disso é culpa dos humanos. Estão apenas ajustando suas necessidades pessoais, as do grupo etc etc etc. As sociedades sobreviventes são as que souberam se preservar dos inimigos e adaptarem-se rapidamente. Neste sentido as mais coesas, tradicionais, conservadoras, ritualísticas, foram as mais fortes. Pura ironia de leis naturais, nas quais o sucesso vêm daquilo que chegamos a refutar: pouca liberdade para mulheres (que lhes dá segurança, mesmo que se oponham a isso), patriarcado, tradição, pouco espaço para imigrantes de outras religiões e endeusamento da família heterossexual.

    Agora o assunto ficou sério! Nossa sociedade formou-se sob a égide judaico-cristã e destronar essa fonte é demais arriscado. Fora eu cristão faria uma defesa disso como verdade divina. Não, não é. Trata-se apenas de um dos tantos arranjos humanos que geram laços fortes. E como tal estou convencido que quaisquer rupturas serão danosas. Veja a quantas anda a Europa francesa, inglesa e alemã. Perderam a dimensão de si mesmos. E o Brasil está no mesmo caminho.

    A pouca liberdade para mulheres (que lhes dá segurança, mesmo que se oponham a isso), o patriarcado, a tradição (ou tradições), pouco espaço para imigrantes de outras religiões e o endeusamento da família heterossexual é a cola que manterá esta sociedade. Sou agnóstico, mas não tolo a ponto de não ver o óbvio, mesmo que não goste dele em alguns aspectos. Quisera as mulheres tivessem liberdade total sem ameaças e não fôssemos religiosos. Sou fruto de uma família tradicional, meus filhos criaram-se nesse meio e vejo o quanto sofrem os que não usufruíram de tal amparo.

    Só Jesus salva o Brasil.

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