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    O PODER EMANA DO POVO - EIS O PROBLEMA

    Art. 1º da Constituição
    Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.


    Para exercer o poder é preciso flexibilidade moral e ética. Os eminentemente bons não chegam porque a relação com os demais é de competição dura, acirrada e o jogo não pode ser de regras socialmente aceitas. Ou, na melhor das hipóteses, os que chegam ao poder, sendo bons, são levadas por outros.  O poder requer um certo jogo sujo. Triste? Inaceitável? Imoral? Nada disso. É preciso ler apenas dois livros para entender a dinâmica que, é, pela própria origem desse livros, muito antiga: O Príncipe (Maquiavel) e A Arte da Guerra (Sun Tsu). Além disso, se quiser andar um pouco à volta de pensamentos ensimesmados, leia A República (Platão). Não sejamos tolos, mas realistas!

    Absolutamente atual figura a série do Netflix, House Of Cards. Agressivo, chocante, nada romântico, o seriado é assustador. Ainda mais em se tratando de uma sociedade que, se diz, tem uma Justiça forte e atuante, resolutiva. Claro, o jogo de lá, que uma pulada de cerca faz despencar numa campanha, é diferente do daqui, onde fichas-sujas são eleitos como heróis...

    Antes de seguir no arrazoado reproduzo parte de artigo publicado no portal Mídia Sem Máscara por Bruno Garcia:

    Lobaczewski viveu na Polônia subjugada pelo comunismo. O seu trabalho - que contou com a colaboração de outros pesquisadores do leste europeu - é o resultado desta experiência. Da observação direta, das transformações geradas pelo totalitarismo soviético na vida e na mente dos seus compatriotas, e da análise dos ícones e líderes daquele projeto de poder totalitário. É assim que Karl Marx aparece como um exemplo de psicopatia esquizóide; Lênin, uma amostra de caracteropatia paranóica e Stálin de caracteriopatia frontal. Nestes termos, o trabalho de Lobaczewski é fundamental, porque fornece uma chave para a compreensão da realidade brasileira e da América Latina - dominada pelos herdeiros e cultuadores dos psicopatas e das anomalias descritas pelo psiquiatra polonês. A influência deles sobre o conjunto da sociedade está à mostra: degradação cultural e intelectual; corrupção dos valores morais; desorientação e histeria generalizada; consumo desenfreado de drogas; taxa de homicídios exorbitante; caos social e o império da criminalidade. Isto é o suficiente para reconhecer a importância do trabalho de Lobaczewski. Não para se produzir uma atmosfera tenebrosa e fomentar o desespero. É um passo inicial no esforço para amenizar este estado de coisas, pois a compreensão - semelhante ao processo da psicoterapia - é o princípio da cura da personalidade humana. E para recuperar um senso comum saudável - na esperança de destituir uma patocracia - a busca da verdade é o melhor remédio. (Íntegra AQUI com análise de Olavo de Carvalho em vídeo) 
    Não é o bem ou o mal que está em jogo, mas o poder. Desejar o poder é lançar-se na possibilidade de destruir outro. As motivações podem ser as mais nobres possíveis, mas sem perder de vista que terá dois caminhos diante de si: ocupar um espaço na cotovelada ou aliar-se com pessoas moralmente desagradáveis.

    O exemplo mais retumbante que temos é o de Lula. Um histórico de canalhices, mentiras escrachadas e alianças espúrias permearam sua trajetória. Desde a fazer papel de informante do Regime Militar em nítida traição aos seus coleguinhas, a aliar-se com os patrões quando dirigente sindical. Ah, nada a ver com o discurso, o qual era o que sua classe desejava. Mentiras fazem parte da conduta da Esquerda em todo o mundo.

    Mas a história do Brasil tem mais desses tais a começar do golpe contra Dom Pedro II e a proclamação da República. Efeito contínuo tivemos um Floriano Peixoto, assassino com amparo legal. Mais adiante vimos Getúlio Vargas que lançou-se à guerra armada. Sua ascensão ao poder é claríssima, não só por marchar contra o governo, mas também por exercer o governo como ditador.

    Característica de ditadores à moda antiga: uniformes militares

    O filósofo Olavo de Carvalho faz uma observação adequada a este quadro ao declarar que:
    A saúde mental de uma comunidade pode ser aferida pela dos indivíduos que ela eleva aos mais altos postos e incumbe de representá-la. O mais breve exame do Brasil sob esse aspecto leva a conclusões que já ultrapassam a escala do alarmante e se revelam francamente aterrorizantes.
    Assim, nos remete à outro fator que é a sociedade colocando no poder, de fato, quem a representa. A flexibilidade moral do brasileiro é contumaz e recorrente. Temos uma cultura leniente em relação à corrupção e, deveras, não poderia ficar escondida. Historicamente elegemos o mau carácter para realizar algo que nós mesmo não poderíamos, tal a sanha pelo fácil. O #foradilma deixou claro que era o aumento da energia elétrica, por exemplo, que motivou as manifestações das quais fiz parte. Não era a corrupção já caracterizada com o Mensalão. O berro popular era falso e verdadeiro ao mesmo tempo. Falso pela motivação inicial e verdadeiro por falar de fatos. Houvesse Dilma mantido a economia estabilizada em nada reclamaria nosso povo contra a corrupção.

    Não tenho dúvidas de que Floriano, Vargas e Lula são os legítimos representantes do nosso povo. Cada um conforme seu tempo com algo em comum além do discurso de direitos: apoio popular. O mesmo apoio que levou milhares à ruas pedindo que os militares resolvessem tudo em 1964.

    Estamos numa encruzilhada. Pouco fará diferença se não assumirmos que o Brasil é de seus habitantes e não do governo. Temos uma cultura de distanciamento do poder, ao mesmo tempo de reivindicação de seus benefícios às custas do erário, como se este fosse algo do Olimpo, como se dinheiro público surgisse apenas da vontade de quem está no poder.

    Ou a maioria do eleitorado assume que é agente político ou pouco seguiremos no caminho do progresso econômico e moral.

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